.....................................................................................................................................................................Porque não só vives no mundo, mas o mundo vive em ti. .....................................................................................................

sábado, 13 de novembro de 2010

Seja gentil consigo mesmo, dê uma paradinha!


Sábado é dia de verificar o jardim, retirar as folhas secas e 
se preparar para a pausa.
A pausa é o descanso que todos precisamos depois 
da semana cheia de experiências e 
compromissos com hora marcada.
A melhor coisa do mundo é acordar quando os olhos abrem-se espontaneamente,
sem a imposição das horas,
da obrigação,
do compromisso.
Nada de ansiedade, do tipo "o que vamos fazer hoje?"
Deixa fluir!
Final de semana é para ser atencioso consigo mesmo e com sua vida.


Bom final de semana e feriado na segunda-feira!










sexta-feira, 12 de novembro de 2010

De onde veio ... a infância

A descoberta de uma nova revista trazida hoje pelo marido, deixou-me encantada e gostei tanto dos artigos nela impressos que trouxe esta pequena mostra para os amigos e dizer que vale a pena conhecer tão interessante leitura sobre a história universal.

-Os primeiros passos- Marguerite Gérard-séc.XIX-


1- Adultos em miniatura

                                                                   Apesar de tão familiar hoje, o conceito de infância é algo relativamente novo em termos históricos.  Até o século XVIII. a criança era vista como um "adulto em miniatura" e, assim que fosse capaz de ajudar os pais nos afazeres domésticos, no artesanato ou nos trabalhos do campo, assumia a mesma carga de responsabilidade que os mais velhos.
Nessa época, as famílias tinham muitos filhos e as taxas de mortalidade infantil eram extremamente altas. Os recém-nascidos eram vítimas das mais diversas doenças, e a falta de higiene dos partos agravava ainda mais o quadro. Para ter uma idéia, 
83% dos parisienses que nasceram entre 1772 e 1778 morreram antes de completar 1 ano.  Essa situação contibuía para o sentimento de desapego dos pais pelos filhos.

2- O nascimento da infância

No século XIX, a humanidade entrou em uma nova era: os avanços na indústria livraram as crianças de parte do trabalho doméstico, e o avanço da medicina levou à queda dos índices de mortalidade.  A população infantil aumento, e a infância passou a fazer parte das discussões de filósofos, psicólogos, educadores, médicos, etc.
Paris foi a primeira cidade a sediar uma discussão mundial sobre a situação da criança.  Chamado de Congresso Internacional da Proteção da Infância, o evento ocorreu em 1890.  A capital francesa também foi pioneira na criação de Instituições de amparo aos mais jovens.

3- O reino dos bastardos

A situação da criança brasileira foi muito similar à da européia: por aqui, foi só em meados do século XIX que se começou a pensar na existência de uma 'infância'.  Essa espécie de 'indiferença' pelos mais novos era agravada pela grande quantidade de filhos bastardos, frutos da relação de brancos com negras e índias, que não tinham espaço na sociedade escravista.

Desde o período colonial, o Brasil conviveu com as chamadas 'Casas de Rodas', instituições que cuidavam de filhos ilegítimos, órfãos e até recém-nascidos que não podiam ser sustentados pelos pais.
A primeira delas, criada em Salvador no ano de 1726, só fechou as portas em 1950.



4- De Invisíveis a Consumidores

Ao longo do século XX, a infância foi ganhando cada vez mais importância.  A criança passou a ser o centro das atenções, e um rentável mercado de brinquedos, roupas, móveis e muitos outros produtos se desenvolveu ao seu redor. Antes invisíveis, os pequenos se transformaram em consumidores.

O crescimento desses novos mercados animou a criação de um setor da publicidade voltado inteiramente para o público infantil.
Dos anúncios que tentam atingir os pais, apelando para sua preocupação com a saúde e o bem-estar dos filhos, às mascotes, desenhos e bonecos que buscam conquistar as crianças, a propaganda mudou após a descoberta do potencial consumidor dos mais jovens.




*Fonte:  Revista HISTÓRIA VIVA - www.historiaviva.com.br

Imagens: Google




quinta-feira, 11 de novembro de 2010

Blogagem Coletiva - Minha Idéia é meu Pincel - III


The Waterfall - Georgia O'Keefe

Evocando os mistérios das brumas de Petrópolis

Quem morou durante anos vendo as brumas envolverem as montanhas verdes nos dias em que o calor excede na cidade lá embaixo e, geralmente nos finais de tarde, quando esta massa quente une-se às massas frias do topo da montanha transformando-se no que alguns chamam de ruço, cerração ou neblina, só quem presenciou isto por longos anos entende, curte e não se espanta.  Gosta até.
Os moradores das serras são capazes de andar quilômetros na neblina sem medo, já que conhecem os caminhos que cortam a cidade, mas quem está a passeio muitas vezes se espanta e começa a sentir frio, afinal a temperatura costuma cair também e então, aqueles que subiram a serra com roupa de 'carioca', ou seja, sandálias, shorts e camisetas, sentem-se desconfortáveis e com medo do frio. Já vi gente que subiu para passear ou fazer compras por lá com sol quente e quando viu a temperatura despencar e a bruma descer, ficar apavorado e querer ir embora correndo. E aí reside o perigo. É preciso cautela e 
um certo respeito às neblinas que baixam sobre a estrada.

Quantas vezes da varanda de minha casa lá no alto da serra eu vi e ainda vejo esta neblina chegando e baixando devagarinho, cobrindo a tudo, como um manto branco envolvendo as casas, as árvores, flores, ruas e até mesmo o meu jardim.  Em certos dias não dá nem para se enxergar mais de cem metros quando ela baixa espessa, densa.

Eu amo a bruma constante de Petrópolis!  Parece que estou na Inglaterra e minha casa é um castelo rodeado de densas nuvens que me protegem contra ataques inimigos.  Ficamos ali escondidinhos, a olhar pela janela, sempre encantados com sua aparição silenciosa e expansiva.  Não costuma durar mais de 3 ou 4 horas, no entanto são momentos mágicos, parece que tudo se congela na fumaça das nuvens.

(Entrada no Quitandinha)

Meu 'Watterfall' fica em Petrópolis, num pedacinho de sonho encravado nas montanhas úmidas,  repletas de avencas, marias sem vergonha, hortênsias e mistérios que só as brumas escondem.  É lá que eu vivo, porque aqui só moro.


Este vídeo (só 42 segundos) é do you tube (desconheço o autor), mas trouxe para vocês verem como é densa a neblina na serra de Petrópolis.



Se quiserem conhecer mais sobre esta linda cidade que fica além das brumas, entre aqui nesta página.




*Esta é minha participação na Blogagem Coletiva inspirada por Glorinha L.de Lion sobre o tema Minha Idéia é meu Pincel.







quarta-feira, 10 de novembro de 2010

Um mal do coração




















Amor é chama que mata,
Dizem todos com razão,
É mal do coração
E com ele se endoidece.
O amor é um sorriso
Sorriso que desfalece.


Madeixa que se desata
Denominam-no também.
O amor não é um bem:
Quem ama sempre padece.
O amor é um perfume
Perfume que se esvaece.


Mário de Sá Carneiro*









(*)Lisboa-=1890-Paris-1916- Poeta, Contista e Ficcionista português, um dos grandes expoentes do modernismo em Portugal.



















terça-feira, 9 de novembro de 2010

Stressou, desamarre o sapato e ande descalço.


"De mãos vazias eu entrei no mundo, descalço vou deixá-lo. Minha vinda, minha ida — dois acontecimentos simples que se entrelaçam” ~ Kozan Ichikyo

A vida urbana aos poucos tira de nós o lado simples e gostoso da liberdade, leveza, simplicidade e alegria - o lado bom e natural da vida.
Uma delas é não botarmos os pés no chão, literalmente falando, não andarmos descalço, não sentirmos esta forma minimalista de ser ou estar.
  
Pense nisso, você que trabalha o dia inteiro e tem que estar calçado.  Vejo aqui em casa como meu marido se comporta logo assim que abro a porta em sua chegada.  A primeira coisa que faz é tirar os sapatos, mesmo que confortáveis, mas que estiveram nele desde as primeiras hora do dia.  E temos uma mania de tirar os sapatos e enfiar os pés nas havaianas logo na entrada, não caminhamos nunca de sapatos dentro de casa, mas também quase nunca descalços, só mesmo se for um super verão escaldante como o passado.
Melhor mesmo, seria se andássemos descalços, mas até nisso já condicionamos nosso comportamento em restrições auto impostas,  raramente andamos descalços, saboreando a natureza, as texturas da madeira do piso, da cerâmica ou mesmo da macia grama do jardim de quem tem uma casa.


Tem gente que diz que quando está descalço sente-se como se estivesse nú ou que todos estão focados nos seus pés. Eu não penso assim e ainda digo para meu marido que experimente tirar os sapatos quando estiver numa daquelas várias reuniões que vive metido no decorrer do dia. Qual o problema?  Todo mundo tem pé não é mesmo e dar uma folguinha para eles durante o dia, tirá-los dos sapatos fechados, amarrados, pode ser uma espécie de filosofia que estou inventando agora para o não conformismo. Liberdade para os pés, é isso mesmo!


Porque estou falando sobre este assunto agora?  Primeiro porque no meu café da manhã lia uma revista que recebi ontem de uma lojinha aqui do bairro que só vende sandálias maravilhosas, anatômicas, leves, macias e vendidas em cerca de 90 países com mais de 5 mil pontos de venda nos cinco continentes. Existe aqui no Brasil há 55 anos e seus produtos evoluiram tanto na anatomia quanto no conforto e beleza. Fiquei boquiaberta com os modelitos modernos que vi na revista e no site aqui.  Visitem se quiserem ou precisarem comprar algo que não detone seus lindos pezinhos cansados de guerra.  Não vou dizer a marca, pois não ganho nenhum 'jabá' para isso. Mas, a cada dia ouço a mulherada reclamar dos estragos que sapatos bonitinhos e da moda, machucam e detonam seus pezinhos. Porque não procuramos sapatos mais confortáveis, anatômicos e não só modinha? Eu sei! Mulher tem dessas coisas e eu mesma sou assim, vou logo pela cara de bonitinho do sapato, mas temos que ver se a tecnologia empregada neles vai ajudar nosso corpo.


E outra coisa que me chamou atenção sobre este assunto de pés descalços, foi esta foto abaixo do presidente dos Estados Unidos, Barack Obama (à dir.), e sua mulher, Michelle, que em visita  ao Memorial de Mahatma Gandhi, em Nova Déli, Índia, perderam uma grande oportunidade de andarem descalços sobre a grama, relaxando melhor seus pezitos viajantes. Pelo jeito, continuam presos nesta invisível rede de protocolos, conformismos e hábitos nada saudáveis para o ser humano. Bobos, não?!


(Imagem-Folha.com)













segunda-feira, 8 de novembro de 2010

Hoje é o Dia do Vamos Esquecer um Livro




Hoje foi 'esquecido' o livro "O Clube do Filme de David Gilmour" num catamarã que faz a travessia da Baía de Guanabara.  Pedi a meu marido que o deixasse lá, num dos bancos para que um próximo passageiro tivesse esta boa surpresa pela manhã.  

O bilhetinho acima, escrevi numa das páginas iniciais e a estas horas já deve estar em outras mãos.  Espero que quem achá-lo curta muito o livro e a idéia.

A amiga Isa do Blog Tantos Caminhos tomou esta iniciativa e hoje é o dia do "Vamos esquecer um Livro".
Estamos juntos com ela neste movimento cultural e social.

Em 2008 fiz várias vezes este movimento e deixei escrito aqui no post "É preciso ler mais", onde contei que quando viajava de ônibus para algum lugar mais distante, costumava deixar o livro de presente para quem o achasse.  A este movimento chamei de "Livro Livre" e hoje, quando mais uma vez esta idéia maravilhosa foi resgatada, uni-me com prazer.

Faça você também este ato, vamos incentivar outras pessoas a criarem o hábito saudável da leitura!


 
Título: Clube do Filme
Autor: David Gilmour
Tradução:: Luciano Trigo
Editora: Intrínseca - RJ
N°de páginas: 239


domingo, 7 de novembro de 2010

Viver não é fácil, não!



Sim, tudo isso é importante para sermos felizes, vivermos bem e estarmos em paz com nossa própria consciência.

Existe algo nestas frases imperativas que você ainda não consegue fazer?

Para mim existe - "Faça aquilo que mais teme." - Sou muito medrosa do desconhecido e já consegui realizar um enfrentamento no ano passado, quando viajei de avião várias vezes e depois naveguei por 9 dias num transatlântico, mas ainda tem um monte de outras coisas que não consigo encarar, como por exemplo, andar sozinha pela cidade em que nasci. Tenho maior pavor de dirigir no Rio.  Falei, pronto!

E você?  Conta aí, vai?