.....................................................................................................................................................................Porque não só vives no mundo, mas o mundo vive em ti. .....................................................................................................

quarta-feira, 30 de julho de 2014

Viver mais e melhor.


-Tumblr-

Este post veio à propósito da nova data criada no calendário para celebrações, O dia dos avós, comemorado alegremente, na maioria, por pessoas de meia idade neste 26 de julho, e lembrando-me de uma entrevista que ouvi da médica brasileira, especialista em Geriatria e consultoria aplicada para a Longevidade, a Dra. Andrea Prates, juntando agora com a edição da revista Época desta semana, que dedica a sua reportagem de capa sobre a busca do segredo dos octogenários que são independentes, produtivos – e felizes. A Universidade de São Paulo cadastrou 130 idosos para estudá-los, entre eles o cardiologista Adib Jatene, o economista Delfim Netto, a atriz Beatriz Segall, a bailarina Ruth Rachou, a professora Cleonice Berardinelli e o escritor Zuenir Ventura.
Exemplos vivos do que vem a ser longevidade nos dias atuais e pessoas inspiradoras para podermos pensar em como viver bem e mais, sendo ou não avô ou avó.

Uma coisa é viver bastante e outra, viver plenamente. Longevidade é viver muito e bem,e é uma oportunidade que estamos tendo agora, de mais vida do que o homem teve nos séculos anteriores.

Estudos científicos comprovam que hoje já vivemos 30 anos a mais do que nossos avós viveram, então o que fazer com esta maravilhosa oportunidade?

Na semana passada em que nos despedimos de três grandes personalidades brasileiras e ainda bastante ativas culturalmente, como foram João Ubaldo Ribeiro (73 anos),  Ariano Suassuna (80 anos) e Rubem Alves (81 anos), este último já com o Mal de Parkinson, mas demonstrava muita vida e lucidez dentro daquele corpo que já não comportava tanto aquilo. 

Disse ele em "Do Universo à Jabuticaba":  "Acabo de voltar de minha longa e cansativa caminhada uma única volta no quarteirão onde vivo ... E não sem cuidadosas precauções. É preciso estar atento aos transeuntes enquanto se anda.  Para evitar colisões. Uma colisão entre jovens é apenas uma colisão. Mas, quando é um velho que colide com um jovem ou uma criança, pode acontecer uma fratura ...
Calçadas são armadilhas, buracos e pedras que desequilibram os pés.  Por isso é importante não largar a bengala que, além de contribuir para o equilíbrio, dá como consolo, um certo ar de dignidade."

E para que esta nova safra de pessoas com idade superior a 50 anos e que está querendo se preparar e ser parceira do tempo aceitando com vigor a velhice, faz-se necessário que haja pequenas intervenções favoráveis para se viver bem e dignamente. Intervenções feitas pela sociedade e pelas instituições, facilitando a vida das pessoas, dando mais mobilidade, como: um entorno mais favorável com calçadas sem buracos e desníveis; veículos urbanos que facilitem a subida e descida sem acidentes; semáforos que demorem um pouco mais de tempo para que as pessoas possam atravessar com calma as ruas, enfim, projetos de cidades amigas dos idosos que não tenham tantos ambientes desfavoráveis e estressantes.

A médica Andrea Prates frisou em sua entrevista a palavra Resiliência, que é  basicamente um conceito de darmos a volta por cima em algumas coisas, manter os projetos de vida, ter curiosidade, estar abertos a manter as amizades ou fazer novas, ter uma rede de apoio na família e na sociedade, manter sempre a função intelectual, refletir sobre a sociedade, exercitar o cérebro e o físico, não perder o bom humor, ser mais positivo e alegre, se conseguirmos fazer as conexões entre os neurônios e prolongar, digamos a memória, e esta função cognitiva e intelectual, teremos assim uma maior sobrevida neste processo de 'reinvenção da velhice'.

Existem também conceitos que precisam ser remodelados em nossa sociedade ainda muito preconceituosa, pois criança é criança, jovem é jovem e velho é velho, oras!  Porquê temos que inventar um monte de nomes para mascarar esta fase da vida?
Agora é Terceira Idade, Melhor Idade, Feliz Idade, termos preconceituosos, afinal vemos aí afora pessoas com mais de 60 anos até, e participando de maratonas, palestras, política ...

A vida passa muito rápido e acaba num piscar de olhos. À medida que vamos envelhecendo, temos mais saudades do passado e mais desejamos fazer o relógio andar para trás, porém sabemos que isto não é possível, o presente tem que ser vivido e o futuro nos espera, no entanto devemos observar e nos inspirar no exemplo de pessoas que conseguiram superar as dificuldades com resiliência, apesar de alguns problemas, como é o caso de quem sofreu um câncer, um enfarto, a perda de um ente amado precocemente ou violentamente, mas superou com vontade de viver em plenitude a vida concedida, buscando coisas que realmente gostem de fazer, ter um encanto pela vida, nunca esquecendo de que tudo vai depender muito de nossa postura diante dela para a tão sonhada longevidade.











Hoje, no Estadão, uma matéria interessante para as mulheres,- a nutrição que impede o envelhecimento precoce através do combate aos radicais livres - Veja Aqui.

E AQUI o primeiro condomínio construído para idosos no Brasil.













16 comentários:

chica disse...

Lindo teu poste citações,Beth! Ecada vez mais vemos velhas cabeças em jovens e jovens pensamentos em velhas cabeças. Tudo depende de como levamos a vida..Há dias em que temos 95 anos, noutros, temos a idade que levamos ou parecendo bem menos. Importante é nunca estradular...E, quando velhos, não querer se passar por jovenzinhos e sim, saber carregar os anos que avida nos deu com alegria e agradecimento!

beijos praianos, tuuuuuuuudo de bom,chica

Célia disse...

Saboreio minhas jabuticabas plenamente com alegria de viver com sabedoria.
Abraços.

Calu Barros disse...

Apurar a sensibilidade para os movimentos da vida e da sociedade deveria ser curso natural de políticas públicas, mas bem sabemos o quanto isto está longe da nossa realidade no país, né Betinha?
Só que mesmo diante de tanto descaso, cresce essa população longeva, ativa, e consciente de seus direitos, querendo viver bem e melhor conforme cada perfeita descrição feita por vc neste admirável post.
Por aqui tudo nos acrescenta!
Bjkas, minha amiga.
Calu

JAN disse...

Oi, Beth!
Sou SEXagenária... as últimas jabuticabas estão bem docinhas.

Abração
Jan

Beatriz disse...

Um belo artigo, Beth!
Na natureza também usamos muito a palavra resiliência, que é o quanto um ambiente consegue resistir sem esmorecer. Acredito que a velhice traz ainda mais sabedoria e é uma pena que justo nesta fase muitos se vão.... quando deveriam perdurar. Meu avô era um homem sábio, dentro de sua simplicidade, e viveu até os 94 anos. Com ele aprendi a vida secreta das abelhas, já que ele era apicultor e um apaixonado pela natureza. A velhice um dia vai chegar, e espero aprender muito ainda até lá...

beijinhos

Bia

Lu Souza Brito disse...

Bethinha,
Estou de volta. E encontrar um post assim tão bem escrito e que bota meus sentimentos e pensamentos em ação me faz lembrar porque gosto tanto da blogosfera.
É isso amiga, não basta viver muito, há que se viver bem. Com qualidade. E todos nós precisamos nos conscientizar sobre a importância de tornar a vida dos idosos mais fácil, menos estressante. Vai desde ao cuidado com as calçadas ao respeito do jovem ao passar por um idoso que anda devagar, pois não preciso resmungar as suas costas ou quase atropelá-lo. Outro ponto são as leis, que sempre dificultam tanto para quem precisa de uma informação, um cuidado. Enfim.
As vezes me sinto uma velhinha e as dificuldades que as vezes enfrento faz com que eu me coloque em seus lugares. Que a alegria seja sempre nossa companheira, assim como a vontade de superar qualquer dificuldade.
Um beijo <3

Maria Célia disse...

Ei Beth
Muito sábias suas palavras, você tratou este assunto, meio "tabu' com delicadeza e realidade.
É assim que penso, superar as dificuldades com resiliência.
Beijo

Luma Rosa disse...

Oi, Beth!
Realmente, o mundo está envelhecendo e as cidades deveriam ser melhor pensadas. Não sei se esse aumento de 30 anos será viável para mim... meus avós morreram com idade média de 85 anos e se somar, dará mais de... deixa pra lá! Mas sei que não será uma feliz idade - nunca tinha visto esse termo - e como diz um amigo: "Melhor idade é o cara___!".
Pensando somente no aspecto físico e mental, é sabido que quem mantém um círculo de amizades consegue viver mais e melhor, pois a vida é mais alegre quando temos motivação. Isso se aplica aos exercícios físicos. Aqui onde moro, pela manhã é animador ver tantas pessoas mais velhas se exercitando.
Temos que ter objetivos a cumprir todos os dias, pois senão o tédio se instala. Deve ser horrível ser velho e também deprimido. Vamos programar o futuro para que ele seja sempre saudável. Prevenção é a palavra!
Beijus,

Anne Lieri disse...

Oi Beth! Vc disse tudo,pois não basta apenas viver mais tempo, mas viver melhor e, para isso as cidades devem investir em boas condições aos idosos. A começar pelas calçadas que andam super esburacadas...rss...um passo,um tombo!Excelente e reflexivo texto! bjs e bom final de semana,

Roselia Bezerra disse...

Olá, querida Beth
Caminho todos os dias e se não começasse bem o dia... viria um desânimo natural mas daí que saio a manhã inteira e só fico em casa na tarde em diante por necessidade mesmo para escrever, fazer minhas coisas... Gosto de ficar em casa também e muito... mas não posso regredir e me atrofiar sem ver gente e fazer coisas pra alegrar à alma...
A cada amanhecer agradeço a Deus pelo Dom da vida e por ter conseguido chegar na Melhor da Minha Idade... Ganhei alma nova...
Bjm fraterno de paz e bem

Marli Soares Borges disse...

Oi Beth,
Há muito que o Brasil deixou de ser um país de jovens. Os jovens envelheceram, o futuro já chegou e pouca coisa foi feita para que a vida continue com qualidade. Talvez daqui a alguns anos, os shampoos e os condicionadores venham rotulados em letras grandes para os velhos conseguirem lavar sua cabeça decentemente. Por enquanto vamos seguindo, tropeçando nas calçadas, tateando nas miniteclas dos celulares e fazendo de conta que vai tudo muito bem nesse Brasil de faz de conta, que ainda não se deu conta que envelheceu e as necessidades agora são outras. Bjs Marli
http://marliborges.blogspot.com.br/

Regina Rozenbaum disse...

Lindeza de postagem e de encorajamento para o envelhecimento saudável e produtivo... com tudo que temos direito! Só desejo que aqui, no nosso país, haja mais atenção e respeito aos idosos.
Beijuuss amaaada

PAULO TAMBURRO. disse...

BETH/LILÁS ESQUECI DE DIZER:

Olá,

Sou seu mais novo seguidor.

Cheguei até aqui através de amigos comuns.

Foi muito bom ter encontrado seu blog ao qual voltarei sempre!

Também, estou lhe convidando para conhecer alguns dos meus blogues cujas temáticas são humor, narrativas de vida e amor.

Amor que transcende,enaltece, valoriza e encanta a vida de cada um de nós.


Confira: e ficaria honrado com sua presença e quem sabe seguir-me:

FALANDO SÉRIO.
http://ptamburro.blogspot.com.br/

FRAGMENTOS DO ACASO
http://paulotamburrosexo.blogspot.com.br


HUMOR EM TEXTOS
http://paulotamburro.blogspot.com.br/


Se quiser conhecer todos os meus blogs, basta clicar, no meu nome, neste comentário, lá em cima ao lado da chave que espero lhe abra todas as portas.

Um abração carioca

PAULO TAMBURRO. disse...

OLÁ SOU SEU MAIS NOVO SEGUIDOR E CHEGUEI ATÉ AQUI ATRAVÉS DE AMIGOS COMUNS!!!

Um vez escrevi :

DESMILINGUINDO.

Este tipo de assunto que é o preferido dos hipocondríacos justifica-lhes o hábito de viverem enchendo a cara de pílulas milagrosas. Dizia o articulista que a partir dos trinta anos, começa o desgaste natural, mais acelerado, dos organismos.

Seu agravamento aos quarenta, aos cinqüenta, e aos sessenta, é ainda, mais evidente. Enfim: você está indo ladeira abaixo. Sendo assim, se já estiver com mais de oitenta anos pare, imediatamente, de ler a matéria, e comece a se apalpar para ter certeza que ainda está vivo.

Aqui faremos um resumo pragmático e não rebuscados de termos médicos, para que você possa saber sem nenhuma complicação, quanto às nossas informações, sem precisar de dicionários médicos especializados.

Vamos começar pelos olhos: a pupila diminui, o cristalino enrijece, e, portanto, há perda de nitidez na visão e na percepção das cores, além do alto risco de catarata. Ou seja, estão apagando a luz! Você está entrando novamente na idade da remela.

Além da luz, o som, também está meio confuso e baixo, parece estação de radio mal sintonizada ou que ninguém mais está perto de você. Isto se chama surdez.

E os pulmões? O cara que fuma, nesta idade já nem deve mais tê-los. Mas, vamos supor que tenha dado uma grande sorte e, ainda, assim mesmo, conseguiu mantê-los. Além de um pantanal de nicotina, nele impregnado, estará ocorrendo perda de elasticidade dos alvéolos. Sente-se falta de ar e pouca vitalidade. Pode apostar que você pode ser premiado com um exuberante enfisema.
Quer mais? Os rins que servem para filtrar as substâncias tóxicas do sangue começam a fazer greve, seu jato de urina que antes parecia uma mangueira de bombeiro, agora está mais para uma bica de casa, sem água na caixa. Se pingar, já é lucro! A sua próstata precisa também de ser verificada através da introdução - sadomasoquista - de um dedo através do seu ânus para procrastiná-la. A sua ridícula posição, neste exame, é numa cama ginecológica, com as pernas escancaradas para os lados, esperando pelo pior. O médico para acalmá-lo, em geral dá aquele sorriso amarelado, enquanto enfia o dedo na vaselina. Para fazer este exame, jamais entre no consultório armado!

Vamos examinar agora as condições do seu cérebro. Ocorre perda de células e a memória vai para o brejo. Em estados mais adiantados você começa a babar, a língua prende e vou lembrá-lo que AVC não é sigla de aviador voando certo, e sim, acidente vascular cerebral. Lembra do seu coração aos 20 anos? Bem, agora está um pouco diferente, pois com perda da flexibilidade muscular, aumenta o risco de insuficiência cardíaca. Entramos na idade das pontes, viadutos, passarelas e outros recursos, com safenas para dar uns anos a mais de sobrevida a este tráfego sanguíneo. Este precioso órgão, sempre serviu de base, para as suas fantasiosas estórias de amor,. Agora,os amores que nele antes moravam, fugiram. Todos com medo de iminente desabamento ou morte por asfixia.

Enfim, você entrou na terceira idade. Será chamado de tio pelas menininhas gostosinhas, verás tudo murchando, caindo e secando. Mas, levanta a cabeça, pois, existem também coisas boas, como por exemplo, não pagar mais transporte, poder furar fila de banco, aposentar-se pelo INSS, ver seus cabelos caírem evitando aquela chateação de ter que penteá-los, é uma ótima idade para jogar bocha, bingo e frequentar um shopping - com aquelas programações selecionadas, como bailinho ou ginástica para terceira idade.

Seja, qual for atividade na qual você se inscreva, tenha a certeza que lhe tratarão como tanto cuidado que, por vezes, terá a impressão de que é um velho, imprestável, inútil e idiota. Seja forte, e tente convencer-se de que, realmente, é a pura realidade.

ValeriaC disse...

Lindo seu Blog, Beth!!! Estou aqui encantada, comecei a te seguir outro dia, mas só hoje, tive tempo de forma adequada, de vir aqui te ler...

Adorei o post e penso que a longevidade está aí, tornando-se realidade diante de nossos olhos, então creio que há de se adaptar cada vez mais o mundo às pessoas... e a cabecinha das pessoas, a essa grande oportunidade de bem vivermos mais.

Eu sempre digo, que se for pra envelhecer...eu quero ser um velhinha bem "louca", claro, no seu melhor sentido... atenta, consciente, por dentro das novidades, ativa, atuante...tem que valer a pena... rsrsr não quero ficar só dentro de casa, como à moda antiga, porque com certeza, temos muita lenha a queimar, não é mesmo?

Boa semana, querida, beijos,
Valéria

pensandoemfamilia disse...

Eu entendo bem sobre o que escreve. Sinto na pele, aos 65 anos muito do que descreveu. No entanto, acredito que a vida em plenitude está diretamente associada a nossa saúde.
Portanto, prezo em mantê-la, ou seja fazer o que for possível para manter-me saudável. bjs
Assunto excelente.