.....................................................................................................................................................................Porque não só vives no mundo, mas o mundo vive em ti. .....................................................................................................

sábado, 30 de julho de 2011

De bateria renovada lá vou eu


Pronto, gente!  Já estou em total sintonia com o silêncio e a paz.  Assim que espero, amanhã minha bateria estará toda carregadinha como a do bonequinho do vídeo abaixo, simplesmente porque estou na minha BatCaverna querida e sossegada e eu já disse a vocês que é aqui que eu vivo de verdade, lá embaixo eu apenas moro, sabem.  E quando digo vivo, não quero dizer ficar só dentro de casa não, pois eu saio bastante, curto muito andar por aqui nos lugares tranquilos que já conheço, é como fatiar uma gostosa torta, cada pedacinho tem um sabor diferente, sorriso de gente amistosa e principalmente tranquilidade para se fazer muitas coisas, já que o dia rende muito mais.

Flores!  Ah, vou comprar muitas flores amanhã também. Depois que vi esta linda ideia acima fiquei me coçando para inventar umas modas por aqui.  Estive pensando num canteiro só de suculentas, que tal?

Então, quero desejar a todos um ótimo final de semana, muito relax e coisas boas em suas vidas e, convido-os para irem se deleitar com o escritor deste final de semana lá no Blog Me and You.  Adivinhem quem estará lá brilhando em poesia?



sexta-feira, 29 de julho de 2011

Só alguns minutinhos


Eu ando com uma grande dificuldade para meditar, fechar os olhos e me transportar, nem que por um minutinho sequer, para um nirvana, um lugar mais zen dentro de mim mesma.  Talvez por estar muitos dias sem sair do centro urbano onde moro e, portanto, não tenho tido este prazer que me faz restabelecida no final de uma semana e pronta para enfrentar uma nova pela frente. Preciso acender minha luz interior e só consigo isso quando me conecto diretamente com a natureza. É nela que está a minha força, minha capacidade de entender melhor aos outros e a mim mesma. Mas, não estou falando de religião, rezar ou algo assim parecido. Não!  Falo da sensação de ficar quieta com minha mente, num estado de completo relaxamento psicológico.

Tenho amiga que diz nunca poder deixar de morar no Rio porque não se acostumaria jamais com a calmaria de cidades menores, e que prefere toda a confusão urbana do que a pasmaceira ou falta de opções que tem uma cidade com menos recursos. E vejo por aí muita gente que pensa assim também e está sempre à procura de algo depois de um dia exaustivo de trabalho, pois quando não arranja um curso para fazer, fica pelo centro mesmo em happy ends ou algum programa cultural ou social.
Na terça-feira passada, conversei com uma vizinha que trabalha todos os dias num lugar bem longe daqui, na região oeste do Rio, e vai pra lá de carro, dirigindo, enfrentando tráfego tumultuado, trabalha o dia todo numa universidade como Pedagoga Chefe e é o tipo exato de pessoa que estou lhes falando, quase uma workaholic, sem tempo, com problemas de insônia, reclamando que nem nas férias consegue descansar, pois justamente aí é que ela acaba se cansando mais porque viaja e é sempre pro exterior, fazendo das férias uma correria atrás de coisas para ver e conhecer.

Quanta gente hoje em dia está assim; ou trabalha muito e fica sem tempo para si ou para a família ou aquelas que não trabalham fora, mas o cotidiano de ansiedade, insatisfações,rotina,  falta de tempo para se cuidar, acaba levando-os para o mesmo buraco negro - não conseguem se sintonizar com algo maior, algo que os façam sentir-se leves e em paz interior.

Buscando no Google sobre meditação e relaxamento, achei este videozinho abaixo, fofo, rapidinho, de uma campanha antiga, feita para criar a paz pessoal num ambiente global de constante caos e mudança, Just a Minute é o que ela sugere, apenas alguns minutos de sintonia com o universo, durante o dia a dia conturbado que todos os humanos urbanóides, estressados e ocupados como nós vivem, podendo fazer com que sua bateria recarregue e passe luz, inclusive, a outros que dela necessitem e que estejam por perto.

Vejam que sugestão fácil e inteligente, sem precisar deslocar-se de sua própria cidade:


Os indianos acreditam que em um minuto de silêncio interior, no final de todo nosso dia mesmo sem nos darmos conta, estaremos mais harmoniosos, tolerantes e em paz. Não custa nada tentar, não é mesmo?




quarta-feira, 27 de julho de 2011

O Convite



 Não me interessa o que você faz da vida.
O que eu quero saber é pelo que você anseia e se se atreve a sonhar com os desejos do seu coração.Não me interessa saber que idade você tem.Eu quero saber se você se arriscaria a parecer tolo por amor, pelos seus sonhos, pela aventura de estar vivo.

Não me interessa saber que planetas fazem quadratura com a sua lua…
Quero saber se você tocou no âmago da sua própria dor e se as traições da vida enriqueceram você ou se você se fechou e retraiu com medo de sofrer mais.
Quero saber se você pode sentar-se com a dor, a minha e a sua, sem um gesto para escondê-la, atenuá-la ou remediá-la.
Quero saber se você é capaz de viver plenamente a alegria, a minha ou a sua, se pode dançar em total abandono e deixar o êxtase penetrar seu corpo, desde a ponta dos dedos, sem que você seja tentado a nos aconselhar cautela ou a sermos realistas ou sequer lembre das nossas limitações humanas.

Não me interessa se o que você me conta é verdade.
Quero saber se você correria o risco de desapontar alguém para ser verdadeiro consigo mesmo.Se aguentaria ser acusado de traição sem atraiçoar sua alma.Se consegue ser infiel e, por isso, digno de confiança.

Quero saber se você consegue ver a Beleza mesmo quando ela não é bela todos os dias.
E se consegue extrair sua própria vida dessa presença.
Quero saber se você consegue viver com o fracasso, o seu e o meu, e ainda assim ficar de pé na margem do lago e gritar para o reflexo prateado da Lua Cheia, ‘sim!’.

Não quero saber onde você mora ou quanto você ganha.
Quero saber se consegue levantar-se depois de uma noite inteira de tristeza e desespero, exausto e ferido, e ainda assim, fazer o que for preciso para alimentar seus filhos.

Não me interessa quem você conhece ou como chegou até aqui.
Quero saber se você ficaria de pé no centro do fogo comigo, sem recuar.

Não me interessa saber onde, o que ou com quem você estudou.
Quero saber o que faz você permanecer inteiro quando todo o resto desaba ao seu redor.
Quero saber se aguenta ficar sozinho consigo mesmo e se ama verdadeiramente sua própria companhia nos momentos de solidão.




Pessoal, hoje tem poeta novo lá no Me and You, não deixem de ver e prestigiar.














Poema O Convite da autora canadense  Oriah Mountain Dreamer
Para saber mais sobre Oriah, visite o blog:http://www.oriahsinvitation.blogspot.com/





terça-feira, 26 de julho de 2011

Quem dera, girassóis em cada janela!

 Japão - Menina, sentada nos ombros do pai, caminha por um labirinto de girassóis em festival de três dias na cidade de Nogi, a cerca de 70 km ao norte de Tóquio. Os visitantes do festival de verão foram recebidos por um total de 200 mil girassóis
(Site Terra)

Achei o máximo esta imagem!  Vejam a quantidade de flores nesta plantação e o mais interessante é que o pai caminha levando a filha nas costas em uma determinada direção, mas todos os girassóis
estão voltados para a frente da foto, com certeza virados para o sol que os ilumina.

Ofereço esta linda imagem à amiga Celina que sempre nos manda beijos com girassóis.

Abaixo, apenas um trecho de Os Estatutos do Homem por Thiago Mello que quando escreveu os mesmos, nos mostrou como tudo seria diferente se a poesia governasse o coração dos homens:

Artigo III
Fica decretado que, a partir deste instante,
haverá girassóis em todas as janelas,
que os girassóis terão direito a abrir-se dentro da sombra;
e que as janelas devem permanecer, o dia inteiro,
abertas para o verde onde cresce a esperança.
(...)





segunda-feira, 25 de julho de 2011

Eu gosto de besteirol, mas dos bons.


Eu já falei por aqui que, a menos da Blogosfera,  não curto redes sociais e não suporto mais receber e-mails com correntes, powerpoints para downloads e todo o lixo que circula pela internet, mas que certas pessoas, as mais novatas então na rede, ou aqueles que não procuram outros caminhos para se divertirem, se deslumbram e pensam que você nunca viu um daqueles pps enormes e chatérrimos, e mandam tudo pra sua caixa de e-mails.  Aí, danou-se!


Levei um baita susto ao abrir hoje uma caixa de e-mail que quase não vejo, uso-a geralmente quando me pedem  em algum estabelecimento qual o meu e-mail.  Acontece que alguns amigos, até gente da minha família, também a conhece e enchem aquele espaço de abobrinhas, muitas, absurdamente muitas.  Para terem uma idéia, hoje, contava 1747 na caixa de entrada. Até para deletar vai me dar um trabalho enorme.
Dei uma olhada de cima a baixo, abri uns 4 que achei poderiam ser importantes, nem isso, e agora vou deletar tudo, tudinho mesmo. 


Sou chata, sou sim!  Acho lindos os powerpoints, principalmente aqueles em que me pedem para refletir, pensar sobre, fechar os olhos e blá blá blá.  Quem tem que refletir é a pessoa que está me mandando uma coisa dessas, ora!  E a maioria que manda isso, não lê blogs, não curte e diz que blogs são coisas bobas. 
Tem cada um que dá vontade de chorar de tanta cafonice e pieguice, borboletinhas pra lá e pra cá, um sem número de baboseiras que fazem crescer o lixo eletrônico, não serve pra nada absolutamente.


Salvei apenas um que trouxe para mostrar a vocês, pois quem sabe ainda pode ter salvação para aqueles sem noção que um dia vão parar e refletir sobre este comportamento compulsivo de encher a caixa dos outros de besteiras.  Se ainda fosse tudo que nem isso abaixo!


BUnitinho, né mesmo? Pelo menos este eu não preciso refletir.











In Memorian de Carlinhos e Emídio

 Barquinho do Poeta Fernando Pessoa. Este trabalho é parte da galeria de:Emidio J.C.Montenegro


A morte

A morte não tem avenidas iluminadas
não tem caixas de som atordoantes
tráfego engarrafado
não tem praias
não tem bundas
não tem telefonemas que não vêm nunca

a morte
não tem culpas
nem remorsos
nem perdas
não tem
lembranças doídas de mortos
nem festas de aniversário

a morte
não tem falta de sentido
não tem vontade de morrer
não tem desejos
aflições
o vazio louco da vida

a morte não tem falta de nada
não tem nada
é nada
a paz do nada

Ferreira Gullar
(1930)


Neste domingo despedimo-nos de dois amigos. Foi triste. Ainda estou triste. Guardo na lembrança  suas fisionomias vivas, alegres e amigas, eram pessoas que exerciam coisas diferentes em vida - um era Maitre antigo do restaurante que vamos há muitos anos em Petrópolis e o outro um Pintor, Artista, Arquiteto e pai de um dos melhores amigos de meu filho. O choro dos que ficaram, o cheiro das flores no cemitério, o abraço aos parentes, todo o ritual de despedida e luto que nós, seres humanos, teremos que enfrentar um dia em nossas vidas, não há escapatória para nenhum de nós, lembremo-nos disso, pois na morte todos somos iguais e como diz o poema de Gullar "a morte ... é nada, a paz do nada".