O primeiro poeta do Me andYou

E hoje eu começo a apresentar minhas descobertas pela rede de ótimos poetas e poetisas.
Você só tem que acessar o Me and You, conhecer o escritor que brilha por lá, ouvir e ler comigo a poesia que ele produziu, depois vale uma visita ao seu blog, pois assim a interação ficará melhor e mais completa. Mesmo que você não entenda o que ele(a) quer dizer com suas palavras, não importa, o que realmente importa é que você faça amor com o poema, que ele revele para você uma imagem que já tenha dentro de si mesmo e estava adormecida, que seja uma experiência mútua na força do poema e das palavras que aquele poeta deixa ali para nosso deleite.

Antes de tudo, leia este trecho abaixo que explica muito bem esta minha proposta de unir poesia, música e voz:

"Os campos da poesia e da música se confundem e se fundem há muito tempo, desde a ‘poiesis’ grega até hoje, Augusto de Campos declarou “depois que Pound morreu o maior poeta vivo americano é músico; John Cage, talvez porque não pretenda ser poeta” (CAMPOS, 1982, p. 9). Cage nunca escreveu poemas, porém revelou “Eu não dou essas conferências para surpreender as pessoas, mas por uma necessidade de poesia” (CAGE, 1961, p. 10). Jean-Luc Nancy em seu livro “Resistência da poesia” diz;” «poesia», antes de ser a designação de uma arte particular, é o nome genérico de toda a arte. Isto implica uma essência dinâmica e plural da própria poesia. É como se não fosse possível falar senão de poesias, já que esta se estende a uma pluralidade de aplicações “(NANCY, 2005, p. 14).

Em "O que é comunicação poética" Décio Pignatari diz: "A poesia parece estar mais do lado da música e das artes plásticas e visuais do que da literatura. Ezra Pound acha que ela não pertence à literatura e Paulo Prado vai mais longe: declara que a literatura e a filosofia são as duas maiores inimigas da poesia. De fato, a poesia é um corpo estranho nas artes da palavra.” (PIGNATARI, 2005, p. 6).
E segundo Barthes: “a poesia moderna … destrói a natureza espontaneamente funcional da linguagem e dela só deixa subsistir as bases lexicais … Das relações ela só conserva o movimento, a música, a verdade.” (BARTHES, 2000, p.43)."

(Revista eletrônica de música)