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quarta-feira, 20 de julho de 2011

I love the silence



Fiquei surpresa noutro dia ao ouvir de minha sogra que sua última faxineira não queria mais trabalhar em seu apartamento por que era muito silencioso.  A tal moça dizia não suportar o silêncio e que o mesmo a incomodava, não estava acostumada aquilo e era muito chato trabalhar assim.  Quack!

Foi aí que me lembrei de um programa que assisti noutro dia pelas zapeadas à noite na televisão, onde um casal de repórteres se propuseram a passar uma semana num determinado local de uma enorme comunidade na cidade de São Paulo.  Os dois tinham que achar trabalho por lá mesmo durante o dia e tentar dormir como qualquer morador dali, pobre, com poucos recursos, com barulho ou sem.  Acontece que não foi fácil, durante o dia com todo o zumbido de fundo de uma sociedade urbana super mega como a grande São Paulo, aliado com o barulho produzido ali mesmo, com música variada de estilos por todos os lados, alto falantes fazendo propaganda no comércio local, o barulho das tarefas cotidianas e o som que os próprios seres humanos produzem, gente que fala alto o tempo todo, tanto em família quanto nas ruas, aos celulares ou que produzem barulho em tudo o que executam.  Um mundo onde nem a noite escapa e não é respeitada, e para quem trabalha cansativamente durante o dia, o descanso noturno é interrompido e incomodado, causando distúrbios de sono, com os sons de bailes funks, pregações de igrejas com uso de microfonia, a falta de privacidade com gente muito próxima uma das outras, casas separadas por apenas uma parede, escolas com crianças gritando no recreio e um sem número de sons que não deixam as pessoas terem um descanso absoluto, necessário para se refazerem por completo para o dia seguinte de trabalho.
O que eles, os repórteres, mais reclamaram eram os bailes noturnos que pipocavam aqui e dali naquela comunidade, juntamente com o calor que fazia nas pequenas casas e que abrir uma janela era impossível, devido ao alto ruído lá de fora.  Acordaram completamente desgastados, como dormiram muito mal à noite, o jovem casal, no dia seguinte, estava um trapo.
E é assim que acontece nestes lugares onde não há lei, não há civilidade. O trabalhador não rende, não produz, vive doente e pede afastamento médico, coisa muito comum.

Bom, ali é o extremo, mas no Rio de Janeiro, São Paulo ou nas grandes capitais, perdeu-se o controle da ordem pública e não é raro ouvir barulho de caminhões de lixo no meio da noite fazendo estardalhaço ou festas em condomínios e casas noturnas que atrapalham o sono da vizinhança. E isso sem contar a falta de noção geral quando um vizinho de prédio, resolve fazer festa, ou melhor, receber amigos na sua varanda, que hoje em dia tem churrasqueira, mesinhas, o chamado 'espaço gourmet'.  Afff!

Uma grande incentivadora do barulho ou da gritaria foi a nossa querida animadora infantil, Xuxa.  Lembro-me claramente dela, em seu programinha diário pela manhã, cantando um refrão que as crianças repetiam aos berros "Vamos pular, vamos gritar, vamos gritar!" e assim estão até hoje, aos gritos falam nas ruas, em suas casas, aos gritos brincam nos recreios e teremos uma nova geração que não mais se expressará em tom de voz normal e sim muito acima do que é chamado 'educado'.  Vejam bem, não estou falando de quem tem uma impostação de voz,  que por conta de alguma profissão, como palestrante ou professor, seja necessária uma voz com um tom um pouco mais alto, mas de quem só se comunica aos gritos ou de forma gutural, como um brucutu da idade da pedra.  Poxa, isso é feio demais!

A paz e o silêncio são direitos que todo cidadão merece para ter uma vida satisfatória, digna e que irá ajudar em muito na integridade física de cada um, principalmente no trabalho diário ou no estudo. Se uma pessoa tem um dia agitado, trabalhoso e à noite não consegue dormir sossegado plenamente, como irá enfrentar um novo dia pela frente?   Isso é realmente danoso à saúde.

Eu lia ainda a pouco sobre uma cidadezinha ao sul de Dresden, na Alemanha, chamada Glashütte, onde assim que se chega, vê-se uma placa na entrada da cidade: "Aqui vive o tempo, seja bem-vindo em Glashütte" e ela é conhecida em todo o mundo por um artesanato muito particular: a produção de relógios de pulso com mecânica das mais requintadas que para o perfeito funcionamento de um relógio desses, muitas peças pequenas precisam ser montadas com exatidão. Portanto, quem trabalha nesta indústria precisa ser muito paciente e zeloso e ter olho apurado e, principalmente, mão calma para ter um bom trabalho de relojoeiro. Conclui-se, logicamente, que este lugar é tranquilo, perfeito para uma pessoa que tenha este tipo de trabalho e que deve e pode dormir um sono reparador durante toda a noite.

Então eu voltei de novo aqui para o nosso estranho país barulhento, com metrópoles estressantes, grandes bares com televisão ligada nos jogos semanais; jovens de classe média com seus carros abertos e com som estridente; com escolas diurnas e mesmo as noturnas funcionando com bares em sua volta, sem fiscalização ou repressão neste sentido, afinal de contas isso não é simpático, não atrai votos, não é um perfil nacional de alegria e integração social.  

Infelizmente, esta degradação de qualidade ambiental parece crescente já que o crescimento populacional é cada dia mais visível nas grandes capitais, mas se dentro de nossas próprias casas, exercitarmos o silêncio ou o falar baixo com nossos familiares e empregados, estaremos incentivando tal atitude para que cresça o hábito sadio e educado para um futuro menos poluído sonoramente.

Neste momento em que escrevo este post (23:31hs), num desses bares com mesinhas do lado de fora e que fica a uns  200 metros de meu prédio, ouve-se um grande falatório, tanto de homens como mulheres que torcem para o bendito Flamengo que está jogando contra o Palmeiras, mas isso não seria nada demais se tivessem um controle melhor sobre este tipo de programação noturna, porém a famosa deusa e que comanda a televisão no país, só começa a transmitir os jogos depois de sua novelinha diária, enfim quem tem trabalho no dia seguinte que se vire, coloque vidros à prova de som ou algodão nos ouvidos. A ordem é gritar, torcer, beber e o resto que se exploda! Seguindo a rainha dos baixinhos berrantes, "vamos pular, vamos gritar, vamos gritar!"




". Assim, quero fazer uma sugestão para acabar com o barulho dos barzinhos. É fácil. Basta que os vizinhos estejam de acordo. Seguindo a sabedoria homeopática que diz que semelhante se cura com semelhante, digo que som alto se cura com som alto. Sugiro, então, que os vizinhos que não podem gozar o silêncio das suas casas se organizem. Arranjem um bom aparelho de som. Coloquem-no na janela de um apartamento, direcionado para o barzinho barulhento. E aí toquem, a todo volume... música clássica. Inimigo maior do barulhos dos barzinhos que música clássica não existe. Sugiro: o 1o. movimento do concerto n. 1 de Tchaikovski, a Abertura 1812, especialmente a parte onde entram em ação os sinos e as salvas de artilharia, o último movimento da 9a. sinfonia, o coro dos ferreiros da ópera Ainda. Garanto que todos fugirão apavorados. “Amantes do silêncio: uni-vos!”


(Rubem Alves-do Quarto de badulaques (XLI) 















26 comentários:

Isadora disse...

Beth, agora mesmo enquanto leio seu post escuto o barulho do caminhão de lixo, e a conversa alta que rola em um bar próximo a minha casa e olha que moro em andar alto.
O silêncio é benção, principalmente, à noite.
Um beijo

Beth/Lilás disse...

Oi, Isadora, há quanto tempo! Saudades!
Pois eu também moro no 11o. andar, mas dá pra escutar e o pior, tem criança acordada também falando em algum play ground por aqui. coisa de doido!
beijos
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cucchiaiopieno.com.br disse...

Oi Beth
Em Goiânia, morei 4 anos em um apt°, no 7° andar que estava numa avenida super movimentada. Foram 4 anos de inquietação! Quando mudei-me para a cidadezinha do interior, onde moro atualmente, fui para o céu!
Ri muito com o teu exemplo da Xuxa - hehehe!
Fiquei preocupada, você sabe me dizer quais problemas essas pessoas tiveram com o facebook?
Bjos
Léia

chica disse...

eU ESTOU AQUI curtindo esse silêncio e a falta do trânsito.maravilha.Nem posso pensar em retornar ...beijos, chica

Lu Souza Brito disse...

Bom dia Beth,

Ah, eu também preciso de silencio quase absoluto para dormir bem, relaxar / descansar.
Por sorte, onde moro, por ser afastado do centro, isso é possível. Depois das 09:30h da noite praticamente nao se vê ninguém na rua. Também nao há bares muito proximos.
Essa é uma das coisas que me incomoda quando vou para Ilhabela. O bairro que minha mae mora é uma bagunça, com gente andando e gritando na rua a noite toda. Carro que passa a mil, gente negociando compra de droga em alto e bom som, além de um boteco bem ao lado e outro em frente, em que os sem noção ficam até de manhã jogando sinuca, bebendo e gritando.

Um beijo

rocosta disse...

Beth aqui não basta ter que enfrentar um ônibus lotada para ir trabalhar ainda tem sempre um sem noção com o celular com uma música (geralmente funk) nas alturas... ninguém merece! Adoro silêncio, principalmente as 7 da manhã kkkkk
Beijos, muitos!

Maria Helena disse...

Querida, o mundo virou um palco ensurdecedor e, para algumas pessoas, mesmo no silêncio. Algumas pessoas, a exemplo da que trabalha com a sua sogra, escuta os gritos do silêncio. Estamos numa roda-viva na qual silenciar significa entrar em contato com as mazelas do dia a dia. E aí uma grande parte foge da realidade através dos barulhos que fazem. É incrível como os barulhos estão aumentando significativamente a ponto de não percebermos mais muitos deles. Amei sua postagem! Ótima para reflexão!

pensandoemfamilia disse...

Oi Beth

Eu também aprecio o silêncio e acho que com a idade, rs,rs, estes sons altíssimos ficam mais desconfortáveis, pois os sons altos invadem e os maiss sonoros não são captados devidamente. É um problema que acho que a geração futura terá muito rapidamente, antes do desgaste natural do tempo.
bjs

Valéria disse...

Oi Beth!
É pertinente este seu desabafo que também é o de pssoas que têm bom senso e educação. Para curtir não precisa ultrapassar os decibéis necessários ao bom ouvido. Noooossa é uma verdadeira falta de educação, de bons costumes. E a geração que vem (ai meus ouvidos!)é que vai ser pior, pois hoje tudo é no grito. Não estamos livres em canto nenhum, só ainda em alguns paraisos de férias em que a natureza ainda é a deusa.

Beijos!

Heloísa Sérvulo da Cunha disse...

Beth,
Eu também acho insuportáveis esses barulhos urbanos aos quais somos submetidos, principalmente em horas de descanso.
Mas dentro de casa tenho um silêncio gostoso, mesmo ouvindo música ou assistindo tv.
Beijo.

Maria Célia disse...

Ei Beth
Somos atormentados diariamente por barulhos de todos os tipos, somos obrigados a conviver com eles.
Ainda que protestemos, a maioria das pessoas gosta, e não pode viver sem eles.
Excelente texto, muito bem escrito.
Bjos

Lúcia Soares disse...

Beth, essa é a realidade das
metrópoles, seja onde for. Mas as cidades pequenas (como Niterói) também sofrem com todo tipo de barulho, que, logicamente, passa pela falta de educação do povo, mesmo. Pode-se divertir, principalmente à noite, sem ser invasivo com quem quer dormir, descansar.
Odeio barulho! (quem gosta??!!)
Ah, tem quem goste, senão não haveria esse post, né? rsrs
Concordo com você. O silêncio é necessário para um bom repouso. Há quem consiga dormir até com som de canhão (marido!), mas a verdade é que é fundamental um bom repouso, para limpar a mente, e este só se consegue com a paz e tranquilidade do silêncio.
A moça que não gosta da casa silenciosa um dia vai sentir falta desse mesmo silêncio que a incomoda agora.
Por que, verdade seja dita, os mais jovens não se importam mesmo com o descanso, muito menos com o bem estar dos mais velhos.
E, olha, não é porque agora já sou uma vovozinha, o certo é que nunca gostei de muito barulho, mesmo sem ser para dormir. Sou da quietude.
Beijo!

Manuela Freitas disse...

Olá querida Beth,
Boa Postagem!
Eu gosto do silêncio...eu gosto de ouvir o silêncio...o que é estranho!kkk
Mas vivendo na cidade!...
Onde vivo de dia o que mais me irrita é os arrumadores de carros sempre aos berros uns com os outros...a circulação dos automóveis parece que já se entranhou...de noite há noites e noites...quando há festas passam todas por aqui...enfim há tb cenas incríveis...automóveis com o volume tão alto, que eu na cama parece que estou numa discoteca! rssssssssssss
Parece-me que muita gente associa a alegria a fazer muito barulho! Consideração pelos outros? Onde vai isso...
Beijinhos,
Manú

Unknown disse...

"O silêncio só existe em contraste com o barulho. Se não há barulho a contrastar, é ele próprio barulhento. E então apetece o ruído para ele ser menos ruidoso."

Beijo.

Cláudia Marques disse...

Beth, como eu te compreendo!
Eu adoro o slêncio, e às vezes é tão difícil encontrá-lo, conseguir estar em silêncio. Todos os dias me queixo desse mal, tantos barulhos incomodativos à nossa volta, e quantos deles seriam evitáveis!
Quanto às crianças, acho o mesmo. Quando vou buscar a minha filha e chego lá na hora do recreio, fico pasma com a gritaria que aqueles miúdos fazem. Tudo bem que é o recreio, mas eles berram que nem uns desalmados. Não sei como as auxiliares que tomam conta deles não ficam com a cabeça a explodir!
Quando eu andava na escola, as brincadeiras eram bem mais calmas! E o pior é que esse berreiro é incentivado, aqui não temos a Xuxa, mas nos espectáculos, por exemplo, sempre incentivam a criançada a berrar mais alto, e isso acaba por se tornar um hábito. Um mau hábito...
Enfim!

Bjs e fique em paz e silêncio. :)

She disse...

hahahahahahahaha muito bom o post Beth! Menina aqui na minha rua o caminhão de lixo faz um baruuuuuuuuuuuuuuuuulho, minha nossa! Não sei o objetivo disso! Beijo, beijooooo ;)

Socorro Melo disse...

Oi, Beth!

Tudo bem? Apesar de chegar atrasada, por ocasião do dia da amizade, desejo-lhe muita paz!
Ei, menina, que post magnífico. Olha, não há quem ame o silêncio mais que eu, e mesmo morando em uma cidade de porte médio, do interior do Nordeste, não estou livre de tudo que está descrito neste artigo. O barulho do transito é infernal, nos bares, nem se fala, e o burburinho nas ruas é coisa de louco, kkk
Adoro curtir um silêncio profundo, e posso até sentir o efeito que a calmaria me proporciona.
Que bom se a cultura do silêncio fosse desenvolvida, ou ao menos respeitada...

Um grande abraço
Socorro Melo

www.comtextosdavida.com disse...

Olá Beth!
Faz tempo que não escrevo no blog e hoje por coincidência escrevi sobre a "capacidade intelectual X silêncio"
Depois de ler o seu post, reafirmo o que Shopenhauer falou.Meu Deus! O brasileiro é mesmo.....
bjs Lais

Wilma disse...

E há alguém que sente falta do barulho a ponto de se demitir por isso?!! Prova que acostuma-se até com o que é ruim. Amo o silêncio, principalmente pra dormir,mas nas cidades isso é um luxo!! Quando morava no Rio muitas vezes acordava com buzinas, ensaios de escola de samba, fogos, sirenes e até tiros!!! Isso na Tijuca, aff!!!

Pitanga Doce disse...

Mas como diria o mineiro: "sem tirar nem pôr". Já no tempo dos meninos eu comentava que a Xuxa devia achar que as crianças eram todas surdas, devido à gritaria que era seu programa e sua voz esganiçada. Hoje temos o Faustão que deve sofrer do mesmo problema. Não o assisto, mas o vizinho sim e vai daí que...

Já as jovens mãezinhas acostumam seus bebês a ouvirem desenhos animados no volume máximo enquanto elas andam com fones de ouvido com seus funks ecológicos ("são as cachorras, uh uh") É um essssspetáulo, como diria Caco Anthibes.

Beijos Beth

Unknown disse...

Pois é, Bethita. Por essas e por outras que eu prefiro me isolar no meio do mato, ouvir grilos e sapos. Acho um desrespeito.

beijoss

Calu Barros disse...

Beth,
como lhe entendo e apoio!
Depois de morar por 15 anos numa rua extremamente barulhenta ,não só em seu movimento diário, mas tbém pela ação das pessoas inoportunas,achava que o silêncio era um bem que eu não dispunha.
Quando cheguei aqui em casa pensei estar no paraíso.Até posso dizer que estou bem perto, exceto por um vizinho desrespeitoso que acha que as festas dele devem ser estendidas a toda vizinhança,queiramos ou não.
Sou alérgica a som alto, barulho demasiado, isso sem falar nos absurdos que a moçada de hoje em dia diz que é música.
Façamos uma campanha:
Ouça seu ruído sózinho e respeite o ouvido alheio!
Bjkas,
Calu

Teredecorando disse...

Olá Beth,
Tentei te ligar e não consegui. Caiu sempre na cx postal. Vou te enviar e-mail.
A viagem foi ótima!
Cada um com seu barulho. Eu estou com sete obras por perto e não tenho sossego para nada. Tudo bem que é durante e dia, mas mesmo assim é insuportável. Estou quase mudando, ainda bem...
Bjs mil

Dani dutch disse...

AS vezes eu gosto de curtir uma musiquinha, mas nada em excesso, também não gosto dessa poluição sonora a qual estamos expostos.
bjuss

ML disse...

Sabe uma das coisas que eu tenho mais "alergia", Beth? É aquela "tribo" que passa com o carro tocando música - sempre mega chata - bem alto! Deviam ser presos sem direito à fiança, bem como quem cospe na rua. Se há 2 coisas na vida que eu acho um "crime hediondo" são essas aí.

bjnhs

http://saia-justa-georgia.blogspot.com/ disse...

ahahahhaha, adorei as tuas sugestoes, mas é isso mesmo. Eu percebo isso quando vou ao Brasil, ao invés de descansar volto mais estressada por conta de tnato barulho. Uma vez fui em época de eleicoes e foi infernal. meia noite o carro com o alto falante berrava e gritava o nome e o número do candidato. Daniel tinha uns 2 anos e ele acordou assustado e chorando.

Muita falta de respeito mesmo. E o pior Beth é que a nova geracao nao sabe o que é isso e nem tá ai para sossego, respeito ao próximo, essas coisas. É por essas e outras que eu nao sinto mais saudades do Brasil. O Brasil que eu deixei nao existe mais.

Parabéns pelo texto, lindamente escrito.

Bjao