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quarta-feira, 12 de março de 2008

Paranóias Ecológicas

Não há como viver os dias atuais sem ter uma percepçãozinha sequer sobre o problema que nos assola - o aquecimento global e suas consequências.

Estamos sentindo isso na pele e aquilo que pensávamos que viria daqui há algumas décadas, já se mostra no nosso presente. Depois então que vi o filme do ex-vice-presidente dos EUA, ambientalista e agora estrela de cinema Albert Gore - Uma Verdade Inconveniente - comecei a me ligar neste problemão global.

Tenho um vizinho em Petrópolis, Matsuguma, que já pensa ecologicamente correto há algum tempo, mas ele pertence a uma civilização bem mais antiga que a nossa, ou melhor dizendo, é quase um descendente dos Samurais. Mesmo já tendo sido pego pelo vírus-bananeira, conserva muito aquelas tradições do seu país milenar.
Muito me admira o modo como ele cuida de suas plantas, fazendo-as florescerem de uma maneira genuínamente nipônica, bem cuidadas e sempre muito vivas. Sus orquídeas são fantásticas!
Ele próprio instalou o sistema de aquecimento solar em sua casa e noutro dia mesmo, pude constatar num inverno bem frio como a água de sua torneira saía super quentinha. É uma ajuda e tanto para a natureza quanto para seu bolso.
Ele cuida também do jardim público que em breve estará cheinho de hortências plantadas por ele e cultivadas durante quase dois anos. Aliás, este jardim foi construído num lugar onde instalava-se uma lixeira pública nojenta e que eu e ele juntamos esforços para retirá-la daquele local.
Fiz várias ligações para a empresa que presta serviços à Prefeitura de Petrópolis, mandei e-mails com fotos da mesma cheias de lixo, liguei para o Jornal local e dei entrevista na frente da caçamba com muito lixo ao redor. Perturbei tanto o tal gerente que ele se viu enrolado com minhas justificativas para que fosse retirada dali aquele monumento asqueroso.
Depois meu amigo Mats entrou em cena, trabalhando ele próprio o local e transformando-o num bonito jardim que é hoje.






Agora estou fazendo minha reciclagem urbana, digamos assim. Tenho uma lixeirinha só para armazenar latas, embalagens packs, vidros, potes plásticos, etc.... Lavo tudinho antes de colocar ali dentro, pois a Maíra (namorada do meu filho) ensinou-me que precisa fazer deste modo para que não se perca nenhuma embalagem.

Outra tentativa para causar menos danos à querida mãe gaia é o fato de estar andando mais a pé, evitando tirar o carro poluente da garagem. Tem dias que esta boa vontade fica só na boa, pois a vontade de sentar no macio e ligar o ar-condicionado é grande........aí eu peco!

Fiz também uma hortinha na varanda traseira do apartamento. Estava cheia de comer manjericão com "tóchico", então a cultivei por uns quatro meses, porque com o verão daqui nada se agüenta por muito tempo.
E ainda dispenso às vezes sacos plásticos em algumas lojas, pois até para embalar um trequinho pequeno que dá na bolsa de mão, os empacotadores enfiam numa sacolinha plástica que vai demorar não sei quantos anos para se decompor no lixão.

Lendo um antigo amigo virtual em seu blog ele nos fala de sua Compostagem, coisa essa que ainda não ousei começar, principalmente aqui, num apartamento. Corre-se o risco de virar
"combostagem" como a dele virou , devido ao mal cheiro que a coisa exala. Isso eu não recomendaria de jeito nenhum. Mas tem gente que vai às raias da loucura com estas tentativas ou, quem sabe, paranóias ecológicas. Afinal, façamos qualquer coisa ou um pouco, pois é como a parábola do beija-flor com a água no bico para apagar o incêncio da floresta.




































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