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quarta-feira, 21 de maio de 2014

Um lugar eco sustentável.


A luta por áreas verdes e despoluição nas grandes cidades como São Paulo e Rio tem sido pouco ouvida pelos responsáveis desta área e ainda nos envergonhamos quando vemos notícias como a de ontem no Estadão, veiculada na capa do New York Times, de que nossa Baía de Guanabara está podre e recomendam aos atletas que não coloquem os pés naquelas águas. E eu como assídua atravessadora desta Baía lhes digo que é a mais pura verdade, tem mesmo muita sujeira e pouca atividade de limpeza e isto não deveria ser uma ação somente da Prefeitura, mas também dos cidadãos que vivem nesta cidade. Falta consciência e sobra falta de educação.

-Estadão-

Por outro lado vemos daqui e dali, pessoas ativistas em prol da natureza e da sustentabilidade, como é o caso da senhora de 80 anos e muita disposição, dona Ana Dulce que luta pela rede social e já arrebanhou mais de 500 pessoas para atos de conscientização do que vem acontecendo dentro da cidade de São Paulo, cada vez menor em seus espaços verdes. Ela diz ter na ponta da língua a solução para os problemas das grandes cidades: "Se pudesse, eu enchia a cidade inteira de flores e árvores. Não é difícil, meu filho, é só plantar as mudinhas." "...acho que os prédios estão engolindo o pouco verde que resta e as pessoas precisam de espaços abertos para conviver. " (página da BBC-aqui).

Dona Ana Dulce se tornou referência em defesa do meio ambiente entre ativistas paulistanos

Sabemos que nosso país ainda é muito jovem e que por muitas razões não conseguimos ainda alcançar o nível de educação e entendimento para muitas coisas, principalmente para não destruir, não sujar, não poluir, não deteriorar nossos rios e mananciais, não deixar queimar e cortar nossas florestas ou matar e extinguir nossa tão rica fauna. 
Sim, somos jovens, mas existem países igualmente jovens que já conseguiram isso, como é o caso da Austrália, da Nova Zelândia e o próprio Estados Unidos da América, e que mesmo diante das forças da natureza, como no caso de um terremoto, se reergue e com força de trabalho do governo e da sociedade, transformam o pó em beleza natural para que as pessoas possam usufruir e interagir mais ainda com a natureza.

Hoje assisti pela tv a cabo o programa "Obras Incríveis" e conheci, impressionada, o maior prédio eco-sustentável do mundo - a Academia de Ciências da Califórnia, no Parque Golden Gate em São Francisco.


"A Academia de Ciências foi inaugurada em 1853. Em 1916, mudou-se para o parque Golden Gate, terreno retangular de 4,1 km² onde se expandiu aos poucos com a construção de novos prédios. Em 1989 foi arrasada pelo terremoto de Loma Prieta, a restauração dos antigos edifícios do museu seria inviável (econômica e arquitetonicamente), então o melhor foi construir um novo edifício. Seu acervo migrou para o centro de São Francisco em 1995 para que fosse demolida e em seu lugar se construísse o projeto do arquiteto genovês Renzo Piano. 

O uso de materiais reciclados começou na demolição dos prédios existentes: 90% dos escombros foram reutilizados, 9 mil toneladas de entulho na construção de uma estrada e 12 mil toneladas de aço na estrutura do novo prédio. Painéis de isolamento termoacústico (muros) foram feitos com o algodão de jeans reciclados.

Sob uma cobertura viva, ondulada, de 10 mil m² existe uma floresta tropical, um planetário, um aquário, além das diferentes galerias de exposição que se diferenciam das galerias tradicionais pela grande quantidade de luz natural a que são expostas. Seu teto, feito de plantas nativas, tem uma mistura de aproximada 1,7 milhões de espécies que ajudam a gerar isolamento térmico sem que seja necessário recorrer a sistemas de ar condicionado. A construção forma um volume de paredes transparentes para facilitar a visualização de tudo.
A água é totalmente reutilizada num sistema de equipamento que recupera a água da cidade de São Francisco, e até a água salgada do aquário é bombeada diretamente do oceano pacífico.
As clarabóias estão estratégicamente colocadas de maneira a iluminar a reserva florestal, o aquário e mais de 90% dos espaços têm luz natural e vistas externas. Janelas automáticas abrem e fecham permitindo entrada de ar fresco segundo a temperatura interior. Sensores de luz que se ativam de acordo com a quantidade de luz de sol, otimizando a luz artificial."






Um verdadeiro espetáculo este museu integrado ao ambiente externo, completamente diferente dos outros museus a que estamos acostumados a ver.

Nosso país precisa urgentemente dessa consciência ecológica, e espaços como este seriam de grande importância para inspirar e ajudar a promover uma cultura sustentável em toda nossa sociedade.




Imagens Google
Fonte: Portal Metalica











13 comentários:

chica disse...

Que beleza, Beth! Como seria bom se essa consciência se espalhasse e aumentassem as D.Dulces nas nossas cidades!

Essa notícia da baía da Guanabara é triste e pena, real. Esperemos que à medida que o tempo passe , as pessoas aprendam a cuidar do m=nosso ambiente e planeta!! TOMARA!!! bjs,lindo dia!chica

ML disse...

Beth: o probRema é o descompromisso de quem está no "poder" por aqui. Li hoje que saiu no NYT e em outro jornal dos EUA um artigo sobre a "qualidade" das praias daqui, onde serão realizadas provas das olimpíadas. Tipo: cuidado pra não cair na latrina. E é verdade! Até euzinha que não me arrisco a ir longe, fiquei com muito nojinho da marola.
Lindo artigo/post, Querida!

bjssss

cucchiaiopieno.com.br disse...

Bom dia querida!
Que triste! Não sabia que a Baía de Guanabara tinha chegado nesse ponto :(
Também não conhecia o trabalho da dona Ana Dulce e ela tem mesmo razão, pois a solução é mesmo simples!
E' realmente incrível esse prédio eco-sustentável!
Te desejo um ótimo dia.
Bjim
Léia

Marli Soares Borges disse...

Olá Beth!
Olha, no meio de todo esse caos tem muita coisa linda acontecendo e você nos mostrou aqui. Amiga, sinto que ainda há esperança... acredito, quero acreditar e sei que a educação ambiental vem sendo implantada no nosso cotidiano e que através dela milhares de pessoas estão despertando sua consciência ecológica.
Amém!!! É isso que a gente quer.
Bjs
Marli
Blog da Marli

Calu Barros disse...

O quanto almejamos o acontecimento desta consciência ambiental, social, ecológica e relacional em efetiva cotidianidade no país.
De fato, muitos outros países estão anos-luz na nossa frente e nos deixando sempre numa inércia doída que só acumula nossa revolta.
As lições são inúmeras, como estas que vc tão lindamente apresentou,e aumentam grandemente a perplexidade diante do descaso que impera há décadas por aqui.
Bjkas, Betinha.
Calu

Unknown disse...

Olá Betty!!!

Passei para deixar um beijo e leio esse texto incrível chamando nossa atenção para descaso. É, somos tão jovens mas deveríamos valoriza o que temos de bonito e saudável! Infelizmente a ignorância atrasa um país e as coisas são assim mesmo! Porque sendo outros países tão jovens e tão evoluídos para assuntos ecológicos e educacionais que conseguem ir em frente. Veja os EUA, a educação é foco.
Muitos beijos amada!
Lindo dia!
Cris

Toninho disse...

Uma bela postagem Beth.
Lamentavelmente estamos cada dia mais convivendo com esgotos e lixões urbanos nos centros das grandes cidades.A imagem é estarrecedora pois mostra o nível de educação de nosso povo, ainda não consciente de sua participação neste Melhora Brasil. Por isso reforça minha opinião de que vamos deixar uma imagem ainda mais feia de nossa desorganização de vida coletiva.
Haja paciência minha amiga.
Bela partilha.
Meu especial abraço mineiro de flor neste dia do abraço.
Beijo de paz amiga.

Luma Rosa disse...

Oi, Beth!
A despoluição da Baía de Guanabara é um processo longo que envolve muito mais do que o visível. Também foram anos de descaso. O processo começa no Rio Irajá e para resumir 64% do esgoto lançado na Baía chegam in natura. Os condomínios, prédios e residências poderiam procurar por saídas ao invés de fazerem o trabalho sujo. Mas é mais fácil jogar a culpa no Estado. Já existe uma norma que diz que não se pode despejar esgoto sem tratamento no mar e algumas estações de tratamento foram feitas e a rede de esgoto não chega até lá, como é a Estação de São Gonçalo. Se isso não acontecer, nas Olimpíadas de 2016 terão que velejar no esgoto.
Beijus,

Cantinho da Selminha disse...

Ótimo post Beth, estava falando sobre isto com minha amiga hoje, os americanos amam tanto o seu País, que cuidar e amar sua terra faz parte do cotidiano deles, é coisa mais linda de se ver, tudo limpo, muito bem cuidado, e isto é de cada um, brasileiro precisa desta conscientização e rápido! Um grande beijo e um lindo final de semana!

Ana Paula disse...

Somos um país jovem mas temos tantos exemplos bons a seguir. Acho sim que a educação ambiental é negligenciada. Além de se ter o exemplo em casa, também é preciso mais campanhas, mais pontos de coleta seletiva.
Curitiba é um belo exemplo de investimento nessa área que hoje já se tornou um hábito cuidar do seu lixo doméstico.
Beijo!

Anne Lieri disse...

Beth,adorei saber dessa senhorinha d. Ana e seu trabalho em prol da natureza! Quanto ao museu é belíssimo e como seria bom se daqui pra frente as construções seguissem esse modelo ecológico! bjs,

Teredecorando disse...

Fico até envergonhada em ver tanta sujeira e descaso das pessoas. Falta muita consciência mesmo de muitos que não se preocupam em jogar lixo em locais indevidos. Um gesto tão simples deixaria os lugares mais bonitos.
Eu também adoro ver cidades com plantas e bem cuidada. Realmente, não é difícil...
Que venham muitas Anas Dulces com atos e disposição para gerar soluções e deixar os espaços verdes e floridos.
Também gosto de ver obras incríveis. Esse prédio é um espetáculo.
Beijos mil

Lúcia Soares disse...

Mais lindas do que estas imagens, só vendo ao vivo, Beth.
Aqui em BH também sofremos com a poluição da Lagoa da Pampulha, são coisas que não se entende, né?
A senhorinha que vai à luta e grita por recursos naturais, para nos aliviar do peso da poluição e ter mais espaço verde, é um exemplo de como cada um tem que fazer a sua parte.
beijo.