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segunda-feira, 21 de outubro de 2013

Conheçam a Teoria das Janelas Quebradas.


"O nome “Teoria das Janelas Quebradas” trata-se da alcunha com que ficou conhecido um estudo publicado em 1982 pelo cientista político James Q. Wilson e o psicólogo criminologista George Kelling na revista Atlantic Monthly, intitulado “The Police and Neiborghood Safety” (A Polícia e a Segurança da Comunidade). O estudo usava a imagem de janelas quebradas e não consertadas para explicar a lógica de decadência social que levava à infiltração da criminalidade em um ambiente até então saudável."

Teoria das janelas quebradas

Há alguns anos, a Universidade de Stanford (EUA), realizou uma experiência de psicologia social. Deixou duas viaturas idênticas, da mesma marca, modelo e cor, abandonadas na via pública. Uma no Bronx, zona pobre e conflituosa de Nova York e a outra em Palo Alto, uma zona rica e tranquila da Califórnia. Duas viaturas idênticas abandonadas, dois bairros com populações muito diferentes e uma equipe de especialistas em psicologia social estudando as condutas das pessoas em cada local.
Resultou que a viatura abandonada no Bronx começou a ser vandalizada em poucas horas. Perdeu as rodas, o motor, os espelhos, o rádio, etc. Levaram tudo o que fosse aproveitável e aquilo que não puderam levar, destruíram.Contrariamente, a viatura abandonada em Palo Alto manteve-se intacta.
Mas a experiência em questão não terminou aí. Quando a viatura abandonada no Bronx já estava desfeita e a de Palo Alto estava há uma semana impecável, os pesquisadores partiram um vidro do automóvel de Palo Alto. O resultado foi que se desencadeou o mesmo processo que o de Bronx, e o roubo, a violência e o vandalismo reduziram o veículo ao mesmo estado que o do bairro pobre. Por quê que o vidro partido na viatura abandonada num bairro supostamente seguro, é capaz de disparar todo um processo delituoso? Evidentemente, não é devido à pobreza, é algo que tem que ver com a psicologia humana e com as relações sociais.
Um vidro partido numa viatura abandonada transmite uma ideia de deterioração, de desinteresse, de despreocupação. Faz quebrar os códigos de convivência, como de ausência de lei, de normas, de regras. Induz ao “vale-tudo”. Cada novo ataque que a viatura sofre reafirma e multiplica essa ideia, até que a escalada de atos cada vez piores, se torna incontrolável, desembocando numa violência irracional.
Baseados nessa experiência, foi desenvolvida a ‘Teoria das Janelas Partidas’, que conclui que o delito é maior nas zonas onde o descuido, a sujeira, a desordem e o maltrato são maiores. Se se parte um vidro de uma janela de um edifício e ninguém o repara, muito rapidamente estarão partidos todos os demais. Se uma comunidade exibe sinais de deterioração e isto parece não importar a ninguém, então ali se gerará o delito.
Se se cometem ‘pequenas faltas’ (estacionar em lugar proibido, exceder o limite de velocidade ou passar com o sinal vermelho) e as mesmas não são sancionadas, então começam as faltas maiores e delitos cada vez mais graves.Se se permitem atitudes violentas como algo normal no desenvolvimento das crianças, o padrão de desenvolvimento será de maior violência quando estas pessoas forem adultas.
Se os parques e outros espaços públicos deteriorados são progressivamente abandonados pela maioria das pessoas, estes mesmos espaços são progressivamente ocupados pelos delinquentes.
A Teoria das Janelas Partidas foi aplicada pela primeira vez em meados da década de 80 no metrô de Nova York, o qual se havia convertido no ponto mais perigoso da cidade. Começou-se por combater as pequenas transgressões: lixo jogado no chão das estações, alcoolismo entre o público, evasões ao pagamento de passagem, pequenos roubos e desordens. Os resultados foram evidentes. Começando pelo pequeno conseguiu-se fazer do metrô um lugar seguro.
Posteriormente, em 1994, Rudolph Giuliani, prefeito de Nova York, baseado na Teoria das Janelas Partidas e na experiência do metrô, impulsionou uma política de ‘Tolerância Zero’. A estratégia consistia em criar comunidades limpas e ordenadas, não permitindo transgressões à Lei e às normas de convivência urbana. O resultado prático foi uma enorme redução de todos os índices criminais da cidade de Nova York.
A expressão ‘Tolerância Zero’ soa a uma espécie de solução autoritária e repressiva, mas o seu conceito principal é muito mais a prevenção e promoção de condições sociais de segurança. Não se trata de linchar o delinquente, pois aos dos abusos de autoridade da polícia deve-se também aplicar-se a tolerância zero.
Não é tolerância zero em relação à pessoa que comete o delito, mas tolerância zero em relação ao próprio delito.Trata-se de criar comunidades limpas, ordenadas, respeitosas da lei e dos códigos básicos da convivência social humana.
Essa é uma teoria interessante e pode ser comprovada em nossa vida diária, seja em nosso bairro, na rua onde vivemos.
A tolerância zero colocou Nova York na lista das cidades seguras.
Esta teoria pode também explicar o que acontece aqui no Brasil com corrupção, impunidade, amoralidade, criminalidade, vandalismo, etc.
Reflita sobre isso!
  (Fonte)

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Pelos comentários das professoras e amigos no post sobre Educação, fica evidente que tudo começa pela 
Família e é ela que está se deteriorando, sem atenção dos pais neste sentido, para formar primeiro seus componentes em educação familiar, e na escola, que aprendam matérias e sociabilidade, interiorizando os valores necessários para manter um ambiente saudável. 
Educação, qualidade de vida, afeto, oportunidades de desenvolvimento pessoal e uma total reformulação da estrutura e funcionamento das Instituições do Estado. Precisamos urgente disso!


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19 comentários:

Unknown disse...

Nossa, não conhecia!

Nina disse...

Que interessante isso Beth. Interessante tbm é haver estudo sobre isso :-) quem pensaria em algo assim?

Mas outro dia mesmo estava pensando sobre isso, noto mt isso na Alemanha. Carros sao deixados em lugares públicos e nunca mexidos, casas exibem jardins lindos, enfeites sao colocados no jardim, na janela, ao alcance de todos, e ninguem mexe. Sempre tao arrumadinho! Mas qd ha coisas quebradas, as pessoas (somente jovens, sempre eles!) fazem questao de mexer, empurrar, chutar... é tbm assim quando há lixo em algum canto da rua, qd aquele lugar é limpo, ele continua limpo por mt tempo, mas basta aparecer um lixinho que de repente surgem varios outros... que engracado isso menina...

chica disse...

Beth, que lindo o modo como te preocupas em trazer temas interessasntes às tuas postagens. Essa teoria explica mesmo muita coisa por aqui...Tantas !janelas quebradas" e isso fica parecendo normal!


Que possamos consertá-las,dar bons exemplos e poder ver as coisas melhores!


beijos,tudo de bom, chica

Marli Soares Borges disse...

Sabes, Beth, para mim essa teoria é tão perfeita que, há muito deixou de ser teoria para virar uma tese. Veja que a própria vida escancara aos nossos olhos essa realidade. Se na casa da gente deixamos qualquer coisa ficar "meia-boca", basta o tempo passar e aparece a dimensão do estrago. Estrago material e social. E a gente vai sentindo na pele a consequência desse desleixo. Uma sensação "down" nos invade, o abandono em pessoa. Tudo consequência daquele ato inercial, que a essas alturas já trouxe a desídia para junto de nós. Estendendo esse mesmo comportamento para a sociedade, sabemos o que acontece, e você expôs muito bem no teu texto. Enfim. Taí a "tese": Somos testemunhas vivas desses comportamentos violentos, dessa criminalidade exponencial. Tem mesmo de haver tolerância zero com qualquer conduta passível de causar qualquer tipo de dano. Se não for assim jamais teremos as tão desejadas comunidades limpas, ordenadas, cumpridoras da lei e e dos códigos básicos da convivência social humana. Parabéns pelo texto, pelo post, por tudo!!! Bjs

Ana Paula disse...

Beth, eu tinha ouvido há tempos uma teoria semelhante cultivada pelo povo japonês. A harmonia, a beleza do ambiente público impediria o vandalismo e estimularia as pessoas a cuidarem daquele espaço.
Essa das janelas quebradas é interessantíssima também. Como poderíamos ter mais beleza e harmonia social ao nosso redor. Descaso do poder público, a falta da educação vinda do lar...
Ótima reflexão nos traz este texto. Beijo.

Márcia Cobar disse...

Oi Betinha,
Que interessante essa teoria, ela faz todo o sentido!
Muito do que somos vem do ambiente no qual estamos. Somos seres de relação, de influência, e nos espelhamos muito em nossa comunidade.
Obviamente há uma escolha interna de seguir ou quebrar o padrão... E mais uma vez reitero que a escolha interna vem de berço, da criação...
Eu gostaria de propor um novo nome à teoria... Se fosse possível, minha teoria se chamaria: a teoria da casa florida.
Quem me visita, Betinha, sai encantada com as flores e o feedback que as pessoas me dão é que elas passaram a comprar flores para suas próprias casas ;)
Bjim
Márcia

Silvana Haddad disse...

Beth:
Creio que ao longo do tempo, valores importantes foram se perdendo.
Se cada um agisse com responsabilidade e arcasse com as consequências dos seus atos, não seria necessário a imposição de normais, regras, leis tão pesadas.
O problema é o famoso jeitinho brasileiro, rsrsrsrsrs.
Basta ver que existe uma oportunidade de levar vantagem, e pronto, as janelas são partidas, ....
Bjs.:
Sil
http://meusdevaneiosescritos.blogspot.com.br/

Bia Jubiart disse...

Bom dia Beth!

Lembro bem da implantação desta lei... A teoria não conhecia, ela faz muito sentido.
Seria um sonho se fosse implanta e funciona-se em nosso país.

Bjossss

Anônimo disse...

Oi Beth
Infelizmente os valores estão se perdendo e a permissividade tem ocupado os espaços onde anteriormente eram colocados limites. Então temos o abuso e os diversos delitos em todas as as esferas sociais. E a família já perdeu o controle sobre o que permitir. Este estudo nos aponta um caminho. É possível aplicar a teoria das janelas e a médio prazo observaremos mudanças importantes em cada indivíduo. Parabéns minha querida pelo brilhante artigo.
Beijos
Gracita

Calu Barros disse...

Betinha,
vejo nesta pontual teoria a base da valorização necessária a todos os ambientes populacionais.Tive conhecimento dela, tempos atrás, através de outro título que focava igualmente a necessidade dos cuidados com os espaços/ambientes públicos para que inspirassem cada vez mais sua conservação e melhorias.
Acompanhei(cheia de inveja) pelos noticiários da época, as oportunas mudanças ocorridas nos bairros sucateados de Nova York e a consequente indução aos bons modos imposta à população.Se deu certo lá porque não daria aqui???
Estamos, pra variar correndo atrás do prejuízo.Vá lá, porém o que não pode continuar é esse descaso ancestral; além de tudo o mais que vem em seu rastro.
Assino abaixo de tuas declarações sobre a Educação que nos falta.
Um bjo, amiga.
Calu

Luma Rosa disse...

Oi, Beth!
Tudo começa na família e quando a família não possui os requisitos básicos para uma boa qualidade de vida, principalmente quando falta moradia e alimento... causa esse efeito de "janelas quebradas". E quando acontece o desrespeito entre os pais, a criança assisti e carrega para as suas relações. O bullying nas escolas por exemplo, é causado pela violência originada dentro da família.
O desrespeito com os bens materiais ou com os sentimentos alheios parte do pressuposto que, o que está depredado ou sendo maltratado não pertence ou não é admirado por ninguém.
Não conhecia essa teoria e sou admiradora do trabalho de Rudolph Giuliani.
Beijus,

Maria Célia disse...

Olá Beth
Sensacional, desconhecia esta teoria das janelas quebradas, e nunca parei pra pensar nisto desta maneira lúcida e verdadeira do texto.
Na minha opinião, a família é a base de tudo isto, os valores morais, espirituais que são transmitidos e passados, através dos exemplos para os filhos e assim sucessivamente.
Beijo

Unknown disse...

Realmente muito interessante.

Ainda preciso refletir sobre isso para comentar. Algumas coisas parecem ser normais quando na verdade a sociedade (de modo geral) tem estado mais tolerante com os absurdos que vem acontecendo ao longo do tempo, a ponto da gente se perguntar em que momento a coisa começou realmente a degringolar...

Kelen Strong disse...

Olá! conheci seu blog através de uma amiga e irmã.
Suas postagens são interessantes e esclarecedoras, e de um modo geral irá produzir frutos.
Continue nesta missão, de espalhar o que de melhor existe: O AMOR!!!

Deixo um mimo para você.

Uma chuva de bençãos desça sobre sua casa!
  
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A propósito, caso ainda não esteja seguindo o meu blog deixo aqui o convite:
Fruto do Espírito

Minha Fan Page

P.S. Convido a conhecer o blog do irmão J.C.de Araújo Jorge.
Mensagens atuais, algumas polêmicas, porém abençoadoras...
Acesse e confira:
Discípulo de Cristo

Em Cristo,
***Lucy***

Felisberto T. Nagata disse...

Olá!Bo..ops bom dia,Beth
...li atentamente seu belo texto, é muito interessante, mesmo, a Teoria das Janelas Quebradas
... penso que, para mim, a mensagem é clara:o comportamento humano, na maneira como as pessoas veem e sentem o ambiente em que se encontram, com isso o rápido contágio, grandes efeitos de pequenas causas, e um momento crucial que determina a mudança.
Nas grandes cidades brasileiras a deterioração da paisagem urbana é lida como ausência dos poderes públicos, portanto enfraquece os controles impostos pela comunidade, aumenta a insegurança coletiva e convida à prática de crimes.
Tolerância Zero à indiferença em relação a pequenos delitos pode levar à tolerância a crimes mais graves... a começar pelos responsáveis por conduzi-las. Quanto "maior" for a autoridade responsável pelo deslize (corrupção, nepotismo, impunidade, criminalidade, omissão, etc), maior deveria ser a punição..., entretanto , Quem no país seria o responsável pela punição?
Bela partilha...Agradeço, obrigado,bela quarta feira, beijos!

Toninha Borges disse...

MUITO INTERSSANTE O SEU POST.
BJU

Verena disse...

Amei o seu post, Beth
Não conhecia esta teoria
Obrigada por compartilhar
Um beijinho de
Verena e Bichinhos

Lúcia Soares disse...

Beth, sou adepta da "tolerância zero". Acho que tudo tem que funcionar como numa orquestra, senão degringola!
Ando meio quieta demais, mas nunca vou deixar as janelas quebradas!
Penso que a impunidade, aqui no Brasil, é um dos maiores males.
Óbvio que quando tudo está em ordem (inclusive as emoções), as coisas funcionam normalmente.
Quanto mais caos, mais caos!
Beijo!

pensandoemfamilia disse...

Sociedade/família se interpenetram asim os acontecimentos são no efeito domino, infelizemente.
A falta de limites (impunidades) estão se alastrando e o "tudo pode" vai descendo o valor do repeito humano por ladeira abaixo.
bjs