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terça-feira, 14 de fevereiro de 2012

O poder do afeto


-Corbis-

Já está comprovado que quando uma criança não tem carinho, afeto, atenção, pode ter uma série de mudanças e complicações em suas vidas, influenciando a parte profissional, a questão da violência, do stress e tantas outras coisas. Pesquisas feitas por universidades americanas demonstram, através de estudos de medição e comparação, que crianças cuidadas e assistidas com afeto e carinho pela mãe, têm uma parte do cérebro chamada hipocampo ligada à memória, 10% maior que as crianças que têm pouco assistência neste sentido.  E daí que questiona-se muito sobre creches ou sobre uma educação mais sofisticada nesta fase da infância do ser humano.  O bom tratamento na infância pode ter uma influência preciosa na vida dos indivíduos.

Hoje vi pelas ruas, nos semáforos da cidade em que moro, crianças que não usufruem deste privilégio que eu e muitos de nós tivemos ou que demos aos nossos filhos.  Alguns vendem balas para ajudar na economia doméstica e outros apenas fazem malabarismos com limões em frente aos nossos carros. É triste e constrangedor, ainda por cima para quem não alimenta este tipo de atividades, pois isso pode acarretar em uma maior acomodação para os pais e essas pobres crianças.

O que será do futuro desses meninos?

Nosso país é considerado a 6a. maior economia do mundo atualmente, crescemos em tecnologia assustadoramente, as ruas estão empilhadas de carros, muitos importados e caros, o governo incentiva a entrada de mão de obra do exterior e recebe de braços abertos centenas de estrangeiros, gasta-se milhões para o carnaval, venderam lá fora a imagem de que o país será a grande esperança para a economia do planeta entre a elite global, mas não é bem isso que vemos ainda pelas ruas das grandes cidades - nossas crianças ainda estão nelas, abandonadas, entregues a 'conselhos tutelares' feitos por gente que nada entende de educação infantil, pois vivem e foram criados nestes mesmos lugares e com os mesmos hábitos e abandono, tanto de pais ignorantes e miseráveis quanto de um governo que não cuida e não se importa com os mesmos.

Como será o futuro deles neste país que já se intitula o País do Presente?




15 comentários:

chica disse...

Belo questionamento e não gosto das respostas que me chegam à mente. Não o vejo como um país do futuro pois está sendo tão maltratado no presente...beijos,chica

Elisa Zambenedetti disse...

Acho q as pessoas estão meio eufóricas com o fato do BR ser o 6º PIB mundial, mas daí a isso se refletir na nossa qualidade vida...
vai demorar um pouquinho.
Texto importante pra refletirmos como estamos construindo o BR de agora e o q colheremos lá na frente.

Beijos, Beth.

Misturação - Ana Karla disse...

Esse é meu assunto preferido: crianças.
Beth seu questionamento é sério e merece atenção não somente das "autoridades" sem autoridades e principalmente da população.
Mantenho a esperança acima de tudo.
Xeros

Socorro Melo disse...

Olá, Beth!

É, de fato, uma situação preocupante e vergonhosa. A riqueza do país, com certeza, permanecerá nas mãos de poucos, e a sociedade, principalmente os mais carentes, continuarão ainda mais carentes, excluídos, à margem da sociedade.
O que se vê, é a falta de compromisso com o social, por parte do governo, que deveria ser do povo, e para o povo, infelizmente...
Grande reflexão, amiga!

Grande beijo
Paz e Bem!
Socorro Melo

Unknown disse...

Será que o que está fazendo de nós a 6ª economia deste mundo é o poder de comprar? O dinheiro é capaz de comprar tudo, menos o respeito, menos o amor, menos o querer bem, e ter esperança de um futuro acolhedor e digno!

Presente maior vem de dentro do coração, e se chama AMOR...coisa que está em falta nesse país que cresce em poder e dinheiro, mas que diminui em dignidade, infelizmente!

Abraço,
Boa tarde pra você

VIVIAN!!! disse...

Oi Beth este assunto é polêmico pq envolve muita coisa do cotidiano. O Brasil sem dúvida nenhuma é um país de desigualdade social, esta estampado pra qualquer um vê. Estas crianças infelizmente não esperam nada do futuro.
Pois não haverá quem dê um futuro a elas.
Elas não terão uma profissão , não terão estudos,não tem boa educação, vão fazer o que no futuro? Roubar, se prostituir, matar?
Vemos reportagem onde mães acorrentam os filhos por causa de drogas, pois elas já não aguentam mais serem agredidas, outros matam os pais sob os efeitos de drogas...
Eu sinceramente não sei onde que "eles" enxergam que o país será a grande esperança para a economia do planeta.
Bjinhos boa semana!!!

Márcia Cobar disse...

Betinha, a questão realmente é complicada... Não é de hoje que o Brasil trata suas crianças e jovens sem as oportunidades e diguinidade que merecem, e isso alimenta um ciclo negativo muito longo e tenebroso.
É fato que o Brasil está melhorando seus indicadores de desigualdade (exemplo o Coeficiente de Gini), mas o que vemos nas ruas é um retrato estacionado no tempo, ao passo que o país acelera a economia.
Cabe a nós cuidar da nossa ninhada e tentar melhorar nossa comunidade com nossa força e colaboração.
Beijos
Márcia

Lúcia Soares disse...

Beth, soluções há, mas vai demorar a acontecer. O futuro é ainda incerto demais no Brasil, quanto à saúde e à educação.
Pra começar, acho que criança deveria ficar na escola em tempo integral. Pelo menos foge das ruas.
O ideal (para começar) seria escolas que recebessem o bebê de 4 meses (depois da licença-maternidade) até os 12 anos.
Depois dos 12 anos, outras escolas com cursos profissionalizantes.
Um menino, ou menina, aos 12 anos, já conhece suas aptidões, e mesmo não as tendo, vai ouvir palestras, assistir bons filmes (tudo no local). Depois do 16 anos, trabalhar e ganhar um pequeno salário. Não adianta achar que 16 anos é pouca idade. Melhor tê-los trabalhando, sem deixar a escola, do que ficarem pelas ruas, roubando, cheirando, etc.
Tem solução e é mais fácil do que possa parecer. Resta boa vontade de todos, governo, privados, etc.
E também não dou dinheiro em sinal de rua.
Beijo!

Beatriz disse...

Oi Beth
Também vejo frequentemente crianças nos sinais de trânsito "se vendendo" por tão pouco....Que grande economia é essa que nós somos, com tanta pobreza, desigualdade e ignorância por aí????? Precisamos, sim, de mais amor e políticas públicas adequadas.
Beijão!!!
Bia
www.biaviagemambiental.blogspot.com

Paloma disse...

BETH, observo que por trás da delinquencia juvenil está sempre o descaso dos pais. E isto tanto faz nos de pouco poder aquisitivo como nos outros mais abastados. Tem muito jovem de classe média alta fazendo o mal e cometendo crimes.No seu histórico familiar está a resposta para o procedimento desumano e cruel.E isto vem desde criança.

Abraços

UBIRAJARA COSTA JR disse...

E, convenhamos, um presente que deixa muito a desejar, não é? Se o presente é tão incerto, imagine o futuro...

Beijos e um bom dia para você.

Calu Barros disse...

O país todo se reveste há tempos de véus factóides__criam-se realidades fora da realidade verdadeira...é a Matrix!!Altamente lamentável.
Esta dura realidade que sabemos alastrada vergonhosamente é escondida atrás dos óculos escuros das autoridades brasileiras desde há dois séculos passados.
Teu alerta é totalmente pontual, e preocupante, para nós todos que temos ética, cidadania e solidariedade como valores presentes nas nossas vidas.
Infelizmente não consigo acreditar que esta situação venha a ter bom direcionamento a curto prazo(talvez, nem a longo).
Bjos minha querida.
Calu

ML disse...

Eu acho que onde não há educação, por mais que o país "cresça" continuará a existir miséria.
Porque quem não é "educado" tem filho demais, não pode cuidar descentemente e é essa gente que se multiplica desordenadamente.
Mas com isso os políticos não se preocupam, porque um exército de miseráveis garante voto fácil.

bjnhs

William Garibaldi disse...

Olha, muito verdadeiro isto!
Como é difícil uma sociedade deseducada, educar crianças num é! Tem que ler muito o Mãe Gaia!
Ensinar e aprender a recomeçar, a nossa vez .. a vez de parar... isto tudo é muito importante!

Bjus Beth!
Saudade.
Quando passar o carnaval eu volto a ativa!

William

Bombom disse...

Betita, quando estive no Brasil, há uns doze anos atrás, houve duas coisas que muito nos impressionaram: As casas que pareciam prisões, cheias de grades e segurança à porta e os bandos de crianças nas ruas e nos supermercados, a tentar ajudar a levar os sacos das compras e quantas vezes para roubar algum. Foi mesmo impressionante, perceber que se eles não roubassem, morriam de fome!
Como é importante reflectir e AGIR enquanto é tempo! Bjs. Bombom