Volta e meia temos uma recaída e toca de lembrar coisas do passado, da meninice, dos dias mais lindos de nossa infância querida que não volta mais. Eita, ferro! Não volta mais, mas recordar é viver e, segundo uma sábia amiga minha lá da serra, que já não tem mais a vida glamourosa da infância rica em todos os sentidos que ela teve, porém, quando pensa que não tem o que deseja agora, fecha os olhos e se transporta pro passado, lembra das coisas maravilhosas que teve na infância querida.
Quando retorna desta viagem maravilhosa, já não sente mais tanta tristeza em não poder ter aquilo que desejava a minutos atrás. Ela é esperta, inteligente mesmo, pois este exercício de transportação mental é o que deveríamos fazer sempre quando achamos que a vida está uma porcaria, que não conseguimos isso ou aquilo. Vamos lá atrás, vamos buscar a vida que está contida dentro de nós e que ficará para sempre!
Mas, como eu ia dizendo, lembrar das boas coisas do passado, faz-nos alegres de novo e se verbalizarmos isso, contando numa conversa com outro amigo, a impressão que dá ao término de tudo, é que ficamos felizes de novo, como se tivéssemos feito aquilo do passado naquele exato momento.
Digo isto, porque hoje fiquei conversando um pouco com uma amiga lá da ginástica e relembrei com ela as pequenas e simples coisas que fazíamos e nos traziam imensa alegria e que ficaram gravadas para sempre na memória.
Lembrei da primeira e de muitas outras vezes em que fui ao Jardim Zoológico com meus pais e meus irmãos. Não era apenas uma visitação aos bichos. Não! Depois que rodávamos todo o parque vendo os muitos animais em exposição, íamos lanchar, ou fazer pic-nic na Quinta da Boa Vista que é onde fica o Zoológico do Rio de Janeiro, na verdade uma Quinta onde residiu a Família Real Portuguesa quando chegou ao Brasil e depois a própria Família Imperial Brasileira e que hoje mantém lá o imenso palácio que virou o Museu Nacional.
-Entrada principal do Parque da Quinta da Boa Vista em direção ao Museu Nacional-imagem daqui-
Neste incrível museu podemos ver um grande acervo histórico e científico de história natural, contendo fósseis mundiais, esqueletos de enormes dinossauros, indumentárias de indios de várias partes do mundo, múmias e esquifes Egípcios, equipamentos e armas de civilizações primitivas e vários objetos e referências aos indígenas Brasileiros.
-Museu Nacional - RJ- Google-
Não me esqueço nunca do gigante esqueleto de dinossauro que tem ainda por lá num dos imensos salões e da tal múmia egípcia que toda vez que a via, passava minutos observando curiosa e antes de dormir ela me assombrava um pouquinho até o sono vir. Mas, isso tudo faz parte de uma infância sadia, tranquila e barata que os pais podem oferecer aos seus filhos, deixando neles marcas gostosas de lembranças e a sensação de terem aprendido muitas coisas interessantes junto com o lazer, levados pelas mãos generosas e amigas de seus pais. Todo mundo quer ter estas lembranças em suas vidas e não precisa ser de presentes de marcas caras e famosas, ou viagens mirabolantes, como muitos pais presenteiam seus pequenos filhos, pensando que estão lhes dando bagagem para o futuro, porém penso que no futuro o que os farão lembrar com mais ternura, amor e carinho, são desses momentos simples e altamente representativos e que ainda ajudarão na formação de seres humanos de qualidade e de bem com a vida.
Faz tempo que não vou ao Zoológico, não tenho mais crianças à minha volta, portanto agora é esperar um dia, o prazer de levar meus netos a esta aventura que sei que ficará para sempre em suas vidas.
Uma outra lembrança, deliciosa, por sinal, foi quando visitei, com meu grupo escolar do primário, a enorme fábrica de sorvetes Kibon. Até hoje visualizo muito bem o super tonel de chocolate líquido, visto sobre uma ponte, e que tive vontade de mergulhar nele e sorver muito daquele maravilhoso néctar dos deuses. E ao final da visita, fomos recebidos, no refeitório da fábrica, com sundaes enormes e brindes para levar pra casa. Delícia para sempre na gavetinha da memória!
-Imagem daqui-
E, hoje, lendo um lindo post da amiga Calú relembrando uma gostosura de sua infância, pergunto a vocês, qual a melhor lembrança de sua meninice?
15 comentários:
Oi querida!
Verdade, muitas vezes me pego recordando coisas do passado e viajo para lá. ADOREI seu texto.
Ando sumidinha, mas quando te vejo lá no Trésors meu coração se enche de alegria.
Beijinho no coração
Muito legal recordar e adorei ver o Zoo por onde tantas vezes passei na infância... Adorei também lá na Calu...
beijos, lindo dia!chica
Vou seguir sua sugestão...quem sabe assim, recordando, minimizo esse bololô de emoções que me invade...Corro o risco de me afogar nas saudades! Beth, amada, recebi o email e tôdentro.
Beijuuss n.a.
Oi Beth
Esses locais também me transportam a meninice, mas estive ano passado noo Jardim zoologico e fiz um post lamentando as condições atuais: o verde está sem cuidados.
bjs
Oi Beth,
Ate que temos lembranças parecidas. Eu tambem adorava ir ao zoologico da Quinta da Boa Vista( que foto divina voce colocou ai, parece em tres dimensoes quase). Mas pensando bem, mais do que o lugar -adoravel para qualquer criança- lembramos das alegrias de estarmos com a familia em um momento de lazer nao é? É tudo junto reunido.
Nao conheci a fabrica da Kibo, uau! Acho que adoraria ter feito esse passeio com a escola.
Me lembro da visita ao "Educandario Vista Alegre". Eu tinha uns 8 no maximo, vi uma porçao de crianças em situaçao precarissima. E para elas fizemos uma peça de bichinhos. Inesquecivel e provavelmente algo que influiu muito no meu modo de ser, escolha profissional, etc. Vem la de longe o que somos hoje nao é?
Lindo teu post, ate a maneira que voce escreveu, me fez viajar nas suas lembranças. E penso que sua amiga faz um exercicio dificil nao é? Lembrar do passado e so ver coisa dura no presente.. Boa sorte para ela!
E boa quinta-feira para nós!
Beijos da Cam
Então amiga, eu sou clichê demais, porque um dos meus lemas é justamente este que te move: recordar é viver!E se formos nos aprofundar no tema, a antropologia e a sociologia afirmam que somos todos seres históricos;já viu que isto tudo é uma caldeirão(tomara que seja igual aquele de sorvete de chocolate)no qual estamos metidos desde a ancestralidade.
Adorei passear pela Quinta contigo.Revi o Zoo, o Museu com os mega-esqueletos, mas sabe o que mais me encantava lá desde menina?Os vasos gregos que a imperatriz Teresa Cristina ganhou durante o II reinado.Eu viajava naquelas figuras perfeitamente desenhadas mostrando afazeres da rotina diária da antiguidade grega.
Vc frisou muitíssimo bem a respeito de momentos preciosos marcados na memória infanto-juvenil;são estes em que se desfrutam horas felizes com a família em lugares cheios de conhecimento e beleza natural.Muitas vezes retornei a este passeio levando os filhos, noutras as turmas de alunos, mas sempre ia comigo, na lembrança, a presença de minha avó, companheira de todas as horas de programas assim.
Vamos um dia desses( quando o clima permitir)fazermos nós, uma visita aos museus do Rio?Que tal?
Agendaremos, viu?
Bjos saudosos,
Calu
"Talvez um dia seja bom relembrar este dia."
Beijo.
Beth,
Que delícia de post.
Com a netinha, sempre estou relembrando de boas passagens da minha infância, e ainda hoje, no meu blog, falei rapidamente de uma delas: andar de patins.
Minhas melhores lembranças são todas das brincadeiras em casa, com meus irmãos.Tempo bom!
Beijos.
Acho que era ir a praia, Beth. Isso acontecia 2 vezes por ano no maximo e a gente - minha irma e eu - nem dormia de madrugada, muito engracado.
E hoje em dia, nos fujimos do sol ; > )
bjnhs!
Rememorar é algo bom demais, não é mesmo? Eu mesma vivo fazendo isso. Lembro-me da casa do nono, da avenida em frente a casa dele. Os janelões, o relógio, a sopa de macarrão, o cheiro de tarde caíndo na varanda. As escadas onde eu gostava de ficar. Sei lá, parece que revivo tudo isso quando lembro. rs
bacio carissima
Nossa, Beth, quantas memórias fantásticas, e eu bem queria ter ido junto nesse passeio a fábrica de sorvete, adooooro.
Eu ando tão cansada, tão sem tempo que nem pra acionar as minhas mémorias estou conseguindo, mas ontem eu comprei um perfume que ganhei do meu marido no primeiro verão que passei aqui, para lembrar do cheiro de folhas e flores, do sol, já que o inverno aqui essa semana deu as caras novamente.
Beijo
Oi Beth
Texto excepcional, você escreve super bem.
Achei um espetáculo a Quinta da Boa Vista, ainda não estive lá.
Lembrança da minha meninice... são tantas.
Destaco uma, fazíamos um piquenique numa local gostoso, cheio de bambus, uma lagoa de águas bem escuras, tinha um barquinho a remo, meu pai ia remando, depois parávamos para comer bolo recheado com doce de leite, refresco de guaraná, pão com salame.
Achávamos o máximo, era nosso programa de domingo.
Beijo e boa noite.
Olá Beth,
Recordar é viver!
Quantas vezes fui na Quinta da Boa Vista. Isso me faz lembrar da mamãe que adorava ver os bichos e sentar no gramado para ver algum espetáculo.
Bons fluidos.
bjs mil
Bpm recordar coisas boas, claro!
Tenho poucas lembranças da minha infância e adolescência, só flashes, nada com muitos detalhes.
Mas ir ao zoológico é uma delas, com pequeniques ótimos, mamãe levava frango, farofa, arroz, frutas, suco e ali fazíamos a festa!
Lembro-me de domingos ensolarados no clube, com meu pai, minha mãe quase não ia, tinha sempre bebês para serem olhados, e cuidar do almoço...
O que me faz bem é saber que foi uma infância sadia, sem muits posses financeiras, mas com alegria de viver.
Realmente, quem sabe o que ficará na memória das crianças de hoje? Jogos do videogame? As novelas impróprias? Os programas sem cultura e muita violência? Cinema em shopping?
Não se lembrarão do que não viverão: jogo de bola na calçada, jogo de "queimada", lotes vagos pra se jogar uma bola, brincadeiras com bonecas, "cozinhadinhos" com as amigas, ah!!! tanta coisa boa que vivemos e já não vivem mais!
Beijo!
Beth
Lindas imagens ilustrando memórias de sua infância. As vezes também elas vem para mim como um filme. Tempos vividos com os meus saudosos pais , com os meus irmãos, primos e amigos da cidade.
Boas lembranças para ti.
Beijussss
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