.....................................................................................................................................................................Porque não só vives no mundo, mas o mundo vive em ti. .....................................................................................................

sexta-feira, 16 de setembro de 2011

La dolce vita


(Livro de Lucrecia Zappi-Mil-Folhas)


 "Não existe conversa enxuta com um prato de brigadeiro para matar na colherinha" (Lucrecia Zappi) 
O Brigadeiro, nosso antigo conhecido, é um doce tipicamente brasileiro e que já está fazendo sucesso por aí afora.  Segundo o site EPTV.com "O Brigadeiro surgiu de uma campanha eleitoral. O doce ganhou esse nome em 1945 durante a campanha política de Brigadeiro Eduardo Gomes, que disputava a Presidência da República. Além de leite condensado, achocolatado e manteiga, o docinho original levava gemas de ovo no recheio e açúcar cristal no lugar do granulado. O "brigadeiro" era feito por simpatizantes como forma de angariar fundos e conquistar a simpatia dos eleitores. Gomes perdeu, mas o doce nunca mais saiu da mesa dos brasileiros."

Mas, não é de Brigadeiro que eu queria falar, apenas o usei como abertura do tema "doce" por ser muito representativo em nosso meio, mas é que noutro dia, quando a querida Léia (grande culinarista) e seu marido, estiveram no Brasil e nos encontramos num restaurante do Rio, ele fez um comentário que eu fiquei pensando e acho que ele tem toda razão, pois disse-me que os doces brasileiros, são extremamente doces e praticamente todos usam o leite condensado e até açúcar junto, por esta razão ficam tão adocicados e ele não gostava justamente disso - do muito açúcar.  
O fato é que meu marido também pensa do mesmo jeito e por isso não come quase nunca doce, raramente ele e meu filho comem doces, a não ser aqueles bem simples, como alguns de frutas feitos em casa, tipo; doce de banana, laranja da terra, abóbora, e vez ou outra o próprio pudim de leite.

Eu sou formiga declarada e meus zóinhos viram todos diante de uma mesa de docinhos de aniversário, mas eu sei que não sou a única, já vi até homens atrás dos mesmos em festas. Esta singularidade revelada pelo gosto doce, remete-nos a uma história de séculos de colonização e o uso direto da cana de açúcar para adoçar nossas mesas e dos europeus,  Numa pesquisa que fiz sobre o açúcar (aqui neste site) verificamos que foi introduzido no Velho Continente pelos árabes e indianos, revelando assim que os nativos realizavam o consumo regular de um suco de cana fermentado capaz de produzir um tipo de “mel” que não exigia o uso de abelhas.  Era um produto altamente caro sendo encontrado nos mercados gregos e romanos e comercializado em pouquíssima quantidade.
O produto só começou a ficar mais acessível no século XVII e consumido com mais intensidade, até chegar aos dias de hoje, onde contribuiu para a obesidade e mais doenças entre humanos, levando-nos do prazer ao remorso e frustração.

O livro que vocês podem ver aí em cima eu descobri noutro dia, folheando numa livraria lá em Petrópolis, e fiquei muito curiosa e com vontade de comprá-lo, pois ele fala sobre a história dos doces, daqueles clássicos do açúcar, como; doces dos conventos portugueses, cheios de ovos, ao sorvete moderno, servido na casquinha, passando pela história do próprio açúcar e tudo isso com uma beleza de ilustrações vintage de deixar 'água na boca'.

Então, ontem, lembrei que há tempos não fazia um doce aqui em casa e saí em busca desta receitinha fácil e deliciosa, bem doce, por sinal, mas que o marido e o filho comeram e repetiram.  Minha mãe me ajudou a fazer e sabem como é mão de mãe, deu um sabor especial e a lembrança de dias adocicados da minha infância, quando ela fazia para nós esta delícia.



(Do Blog Temperando a Vida)





Torta de banana e suspiro

Ingredientes
Doce de banana
7 bananas nanicas grandes cortadas em rodelas
¼ copo de água
1 xícara de chá de açúcar
1 colher de sopa de canela em pó

Creme:
1 lata de leite condensado
2 copos de leite
3 gemas
2 colheres de sopa de amido de milho dissolvidas em ½ copo de água.

Suspiro:
3 claras
6 colheres de sopa de açúcar
Suco de ½ limão

Como Fazer
Caramele o açúcar até dourar. Junte a água e mexa até formar uma calda.
Adicione as bananas em rodelas e deixe cozinhar sem deixar desmancharem.
Junte a canela. Coloque o doce em um pirex.

Creme:
Misture os ingredientes e leve ao fogo mexendo sempre ate engrossar.
Coloque esse creme sobre as bananas em calda.

Suspiro:
Bata as claras em neve e junte o açúcar colher a colher.
Adicione o suco de limão e bata até obter um suspiro durinho.
Espalhe o suspiro sobre o creme fazendo picos. Leve ao forno até o suspiro começar a dourar. Sirva quente ou gelada. 




E se quiser conhecer mais sobre o livro Mil-Folhas veja aqui no Youtube.












20 comentários:

Mery disse...

Legal, Beth, eu amo doces e essa torta de banana já sei que é dos deuses,pois doces com banana são muito gostosos.
Amanhã é dia de comer um docinho, fim de semana eu saio da dieta...ahahah
Brigadeiro, huuumm...vou atacar
Eu acho o máximo, num fim de semana, não dispenso um bolinho com café.
Beijos, está convidada,venha irmã carioca.

pensandoemfamilia disse...

Oi Beth
Como vc já sabe, eu também gosto de doces e esta sua receita já vai para a fita.
Bom final de semana.
bjs

Márcia Cobar disse...

Ai Beth, fiquei com água na boca ao ver a foto dos brigadeiros, enfileirados na caixinha, só me esperando para degustá-los... Adorei saber a origem do nome brigadeiro!!! Muito interessante!
Concordo que nossos doces brasileiros são muito doces, sempre tivemos açúcar à disposição, até hoje somos grandes produtores e exportadores. Nossa herança portuguesa também coloca uma colherzinha de açúcar na receita... Mas enfins, cada país com suas receitas e peculiaridades! Me interessei sobre o livro, obrigada pela dica! Sou formiga = a ti!
Bjs
Márcia

chica disse...

Que delícias por aqui... Espero que tudo esteja bem com tua irmã.beijos,lindo fds!chica

Celina Dutra disse...

Sem intenção de trocadilho infame: Isto aqui está doce, doce! Uma gostosura.

Girassóis nos seus dias.
Beijos

Unknown disse...

Bom dia Beth!

Fiquei curiosa com esse livro...falou em história de comida, eu já me atiço toda...rsss...vou procurar!

Agora, voce como doceira tá de parabéns! Bela torta de banana!

Abraço,
Bom fim de semana!

Palavras Vagabundas disse...

Beth,
esse doce de banana com suspiro é um dos poucos doces que eu sei fazer, rs
Tenho uma amiga que morou na Belgica por 12 anos, segundo ela, nossos doces são mais doces, por que na Europa se usa muito açúcar de beterraba que é menos doce!
bjs
Jussara

Pitanga Doce disse...

Agora me lembrei do Caco Anthibes: "eu gosto é de doce de pooobre: brigadeiro, cajuzinho, beijinho de coco". É isso mesmo. Aquelas coisas carameladas com uva dentro...náá!

Já essa tua torta da banana e mais suspiro! UAU!

Olha, aqui em casa quando uso leite condensado, não uso açúcar não.

Ô Beth, que dia lindo, hein filha???

Bia Jubiart disse...

Beth, adoro suas descobertas!!!

Doces árabes e indianos o maridão entende um pouco...

Venho depois visitar site e copiar receita (maridaão adoraaaaaa banana).

Um big fds in family!

Beijãooooooooooooo

Luma Rosa disse...

Doce! Doce! Doce!
Adoro! Mas sei do mal que faz - vicia, traz sensação de fadiga, irritação, responsável por inúmeros tipos de dores de cabeça, engorda... escrevi sobre essa doçura mortal, já! Se quiser ler: Os males que 'la doce vita' faz
Realmente, o doce brasileiro é o mais doce de todos os doces, até mesmo em geléias, usam o açúcar como engrossante (doces apurados) - gosto de doce menos doce e gelado! Tenho que ter sempre algo doce na geladoeira e a receita veio à calhar. Engraçado, casa de diabético não pode faltar açúcar! ;)

*Sobre a existência de uma petição em prol da libertação de Leonard Peltier, no Avaaz, não existe. Mas existem mobilizações neste sentido. Tem um modelo de carta - Freedom for Leonard Peltier – US Amnesty Political Prisoner
Beijus,

Paloma disse...

BETH, até bem pouco tempo, não havia festa de aniversário sem brigadeiro e cajuzinho. Docinhos simples,mas muito gostosos.

Beijos

Calu Barros disse...

Betinha,
que passeio adocicado vc nos oferece.Irresistível ao paladar e aos olhos.Como sou uma formigona gostei muito da referência histórica, afinal vc sabe que sou chegada aos fundamentos(rs).
Estou ficando uma compradora compulsiva de livros. Olha que eu era mais comedida, mas diante de dicas tão bacanas,não dá pra resistir.
E que maravilha de torta, heim?
Fiquei com água na boca, amiga.
Muitos bjos e ótimo domingo.
Calu

Anônimo disse...

Ola,
Nao sou chegada em torta com frutas. Mas em compensação um brigadeiro, preciso fingir que nao existe agora que estou de dieta, por que é minha paixao e eu mesma faço eles muito bem, em todas as modalidades, heheheh.
Essa historia de eleiões do Brigadeiro é boa!!! Quem sabe se inventassemos um doce( de jaca?) para os nossos politicos a coisa ia pra frente?!!! Bom domingo e boa semana!
Cam

ManDrag disse...

Hum.. mnham mnham... o doce de banana e suspiro parece delicioso!

Eu, que sempre fui um guloso por doces, fiquei muito surpreso ao chegar ao Brasil e comer os doces daqui. Era tudo extremamente adoçado e confeccionado à base de leite condensado. Sempre gostei imenso de leite condensado, mas juntar açúcar ao que já é doce não vai muito com o meu paladar. rsrsrs

Abraços gastronómicos

Anônimo disse...

aeeeeee mãe Gaia! doce! eu adoro doce, de tudo qto é jeito! e essa torta hein, deve ter ficado uma delícia.

sabe, qdo tem festa de criança brasileira, geralmente tem brigadeiro né. os japas e europeus não conseguem comer os doces, o bolo. gostam do sabor, mas acham açucarado demais.
dai qdo o povo faz as receitas com menos açúcar, não sobra um doce na mesa rs.

bjs

Caca disse...

Oi, Beth! Eu acho que o cara que inventou o açúcar está entre os maiores gênios da humanidade. Tudo bem que engorda mas é terapêutico. A gente está alegre, come doce. Está triste, come doce. hahaha!

O mel já existia há milênios mas era para poucos e de difícil acesso, então popularizaram essa adorável guloseima e acho até que ajudou um pouco a melhorar o ser humano, do ponto de vista de que ele passa a descontar um pouco de suas raivas e frustrações no doce em vez de fazê-lo com outro ser humano. rsrs

Abração e ótima semana.

Glorinha L de Lion disse...

Acho que vem daí o fato de tb sermos um povo "açucarado", carinhoso e receptivo com os que chegam...Essa mistura de sangue português corre em nossas veias em meio à muitas gemas e claras...rsrs Acho que a grande maioria dos homens não é chegada à açúcar...felizes deles! Já eu, uma abelha buscando mel, sempre! Quero esse livro! Beijos,

cucchiaiopieno.com.br disse...

Oi querida
Desculpe-me a falha!!!
Amo brigadeiro, mas para "variar" o Michele acha muuuuito doce, então o jeito é comer tudo sozinha - hehehe!!!
Muito obrigada pelo "grande culinarista", quem sou eu amiga?! Mas um dia chegarei la'!
Que belo livro, muito interessante!
Essa receita parece muito com uma que amo, de uma confeitaria de Goiânia, e chama-se "delicia de banana"! Com certeza farei.
Um grande abraço
Léia

Valéria disse...

Oi Beth!
Vim agradecer suas visitas mesmo na minha ausência. Aqui tudo voltou ao normal!
Amei esta receita, desde pequena que adoooooro doce de banana!
Havia um primo de meu pai já velho na minha infancia que era adepto de uma alimentação mais saudável, mas que como recebiam muito havia sempre muitos bolos, doces e como frequentávamos muito sua casa adorava comer os doces deliciosos de lá e ele falava naquele tom bem autoritário, menina, doce envelhece!
Ouvi tanto, que quando como me lembro.rsss
Beijinhos!

MA FERREIRA disse...

Venho do Blog da Celina..

Chego aqui e ja fico com agua na boca!!!

Adoro doces.mmas sei que temos que comer com um certo equilibrio, pelo menos tentar..rrsrs

Esta torta de banana da receita abaixo..vou faze-la...
so nao gosto do suspiro..mas vou fazer uma adaptcao.

Te sigo..

bj