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sexta-feira, 17 de junho de 2011

A Reverência Final

-Londres-

Apesar de meu nome ser mais conhecido porque é o nome da rainha da Inglaterra, sua origem é hebraica e o significado quer dizer,  'consagrada a Deus'. Pelos sites que dizem algumas coisas sobre meu nome, indicam o número 7 como sendo da sorte dentro da numerologia.
Tudo bem!  Eu não ligo muito para estes detalhes, mas fico chateada quando escrevem errado meu nome, principalmente se fizerem uma barbaridade como noutro dia num supermercado, quando um desses meninos que ficam atrás da gente, tentando ganhar clientes empurrando um cartão de descontos e resolve me seguir, quase implorando para eu fazer o tal cartão. Eu disse que não queria e que estava com pressa (estava mesmo), mas ele disse que poderia ir preenchendo o formulário enquanto eu ia colocando minhas compras no carrinho.  Eu disse ok e ele foi me seguindo com a prancheta nas mãos e começou com a pergunta do meu nome.
Respondi que era Elizabeth e aí ele me perguntou se era com s.
Como já sei que existe uma outra forma de escrever este nome, tive paciência e exortei-o que o meu era com z e th.  
Meio desconfiada de suas habilidades com a nossa língua, dei uma espiadela na prancheta e quase caio dura, quando vejo que ele separou meu nome nos quadradinhos, ficando assim - Eliza Beth -
pode ser até que hoje em dia já tenham inventado uma forma de escrever este nome desse jeito, mas eu juro que nunca vi.
Santa Carochinha, a quantas anda a educação em nosso país!
Para encurtar o papo, peguei a prancheta da mão dele e consertei tudo, ainda preenchi em menos de 5 minutos todos os outros campos restantes, senão estaria até agora lá com o bonitinho, todo trabalhado a 'la Neimar', com o cabelinho bem cortado, mas quase sem conhecimentos básicos.  Brinquei com ele que ia lhe dar um cascudo se continuasse fora da escola, que poderia trabalhar ali no supermercado, mas que não deixasse de se instruir, completasse sua educação e se formasse para ter um futuro melhor.
Ele sorriu um lindo sorriso branco na sua juventude cheia de esperança e sem medos, e agradeceu-me muito ter-lhe quebrado o galho, fazendo o cartão e poupado-lhe tempo e mais constrangimento naquele trabalho 'difícil' que arranjaram para ele.


Bem, mas voltando ao nome Elizabeth que me foi dado pelos meus pais em homenagem à rainha quando aqui esteve em 1953 e que, imagino, muitos pais fizeram o mesmo,  o que eu queria na verdade era falar-lhes sobre esta novidade que li noutro dia  no Jornal Daily Mail, sobre uma integrante do clã real inglês que está chamando a atenção da mídia no mundo todo, ao lançar um livro, uma autobiografia, chamada "The Final Curtsey" (A Reverência Final), cheio de fotos incríveis e curiosas da família real britânica. 
O nome dela é Margareth Rhodes e é prima e amiga de infância da rainha Elizabeth II. 
Ela tem 86 anos, mora numa casa nas cercanias do parque de Windsor e quem lhe deu esta propriedade foi a rainha mãe em 1980.
As cenas e a narrativa são deliciosas, por revelarem um lado tão íntimo da rainha Elizabeth e sua família, como podem ver nas fotos abaixo em que ela aparece em sua propriedade na Floresta Balmoral, comendo ao lado da prima Rhodes, com um pratinho no colo, num banco do lado de fora do chalé de madeira, completamente informais, descontraídas como duas senhorinhas de qualquer subúrbio londrino.


(Clique para ampliar)

Alguns trechos traduzidos do livro:

"A rainha-mãe tinha o incrível dom de fazer as pessoas acreditarem que durante uma conversa elas eram as únicas com as quais ela gostaria de falar no mundo. Uma mulher que nunca admitia uma doença e que “considerava a aspirina uma droga perigosa”.
Outra curiosidade é que a rainha-mãe não se importava com as pessoas fumando ao seu lado. Dizia que isso a fazia lembrar-se de seu marido, de seu pai e de seus irmãos, todos fumantes.
“À noite, enquanto jantávamos sozinhas, ela gostava de assistir TV – particularmente ‘Two Fat Ladies’ (‘Duas Senhoras Gordas’) e programas de humor”.  
Segundo Rhodes, a rainha-mãe recebia inúmeras correspondências – e nenhuma delas era ignorada. Além de responder a todas as missivas, a rainha tinha “uma caverna do Alladin de presentes”, um armário cheio de bibelôs que vez ou outra eram embalados e mandados juntos com a carta.












23 comentários:

Lúcia Soares disse...

Beth, eu gostava muito da rainha mãe. Achva-a espirituosa e muito além do seu tempo.
Esta atual Elizabeth me parece mais sisuda, não sei, mais inserida no papel de rainha mesmo.
De todo jeito, não sabia deste livro e vou lê-lo pois deve ser fascinante.
A gente imagina que ser rainha é ainda como nos contos de fada, mas a coisa não é bem assim, não é nada fácil.
Beijo e bom fim de semana!

Liz - Como as Cerejas da Minha Janela... disse...

Ai, Beteh, não fica chateada comigo, mas ela é uma pessoa de quem não gosto muito. Sei tudo o que ela representa e a sua importância, mas, para mim, eles tiveram posturas perante alguns assuntos que jamais irei concordar.
Passei para lhe desejar um ótimo fim de semana!
Bjs, com carinho!

Dani dutch disse...

Web-mãe, me perdoe, mas eu tive que rir Elisa Beth, nossa !!!
E não sei como é agora se ainda continua naquele mesmo sistema dos estudantes não reprovarem de ano.
Isso é um absurdo, pois muitos não tme vontade de estudar e ainda mais com o sistema os favorecendo dessa forma.
Muitos não pensam no futuro, quando precisarão procurar emprego se sustentarem, ou sustentarem uma família.

bjuss e otimo fim de semana

Bia Jubiart disse...

Que charmosas! O livro deve ser muito interessante...

O pior da questão dos nomes escrito errados é quando os pais vão no cartório fazer o registro... Quando lecionava via cada nome... Barbaridade!

Um super fim de semana p/ vc!

Bjsssss

Zélia Guardiano disse...

Beth, minha querida
Aqui está, sem dúvida, um dos mais belos posts que já vi!
Admirei demoradamente as magníficas fotos, li mais de uam vez o texto traduzido, fui ao jornal, e estou encantada.
Vontade enorme de ler o livro, que, em inglês, infelizmente não é para mim. Sou da turma do the book is on the table....rs...
Grata, amiga, por repartir comigo este tesouro...
Tenha um lindo sábado!
Bjs

Beth/Lilás disse...

Pessoal,
Duas coisinhas:
1- Eu também, como algumas pessoas, não sou admiradora da atual rainha como fui da mãe, mas gostaria de ler este livro, como leio coisas relativas a esta família real, justamente pelo elo de ligação de ter ganhado meu nome baseado no dela e na sua visita aqui no país naqueles idos, e por que também sempre é bom que vejamos outros lados de uma pessoa e não fiquemos somente com o que a mídia influencia, fora isso são figuras eternas que ficam para história e adoro biografias, seja de um bárbaro ou de um herói.
2- Também sou do tipo 'the book is on the table', mas existe agora algumas formas de tradução que nos ajudam via on line e uma delas, que considero muito melhor do que a do Google, é o Tradukka. Entrem lá e experimentem.
beijos e bom final de semana!

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Unknown disse...

Todos nós temos um lado da Lua que não mostramos a ninguém...

Grato pela dica.

Beijo.

pensandoemfamilia disse...

Querida

Escrevi e o blogger deu erro, é mole, mas os finalmente, é que nosso nome tem mais influências do que imaginamos. Saber sua origem e significados vale muito.
bjs

Luciana disse...

Beth, seu nome é belíssimo, estiloso e classudo, eu gosto.
Já o menino... Tadinho, inovou mesmo, porque pode até existir essa forma que ele escreveu, afinal no Brasil a galera inova na hora de dar nome aos filhos, mas com certeza não é o usual.
Beijo

Palavras Vagabundas disse...

Beth,
adorei sabe tantas coisas e achei as fotos fantásticas.
bjs e bom domingo!
Jussara

Toninho disse...

Esta coisa de nome as vezes nos apresentam pérolas famosas.Mas esta nova maneira ainda noa inha visto, pode ser que até ja tenha uma Elisa.
Um abraço Amiga.

ML disse...

Eu sou mega lesada com filmes (imagina com livros!), mas ontem finalmente, assisti O Discurso do Rei (que era marido da Elizabeth I, certo?),e fumava "para relaxar a garganta - recomendação médica : > ).
Não gosto muito de cinema, não (não pode dar "pause", abaixar o som, aumentar a temperatura do ar condicionado, amo assistir DVDs no meu "lar doce lar" : > )

Quanto a erros de grafia, a tchurma sabe nem votar, culpa o "brilhante" Presidente FHC por "sei lá?", como é que vão querer se dedicar a escrever corretamente? Querem mais é um "cala-boca família" no final de cada santo mês. E fazem filhos: nascem porque "Deus" quiz, se morrem é porque "Deus" quer...

bjnhs, Elizabeth

Socorro Melo disse...

Oi, Beth!

Eu sempre achei muito bonito e bem imponente o nome Elizabeth.
Às vezes, temos impressões erradas das pessoas porque são poderosas, e até julgamos, achando que por isso são também arrogantes. Mas,nestes relatos, percebe-se que a rainha era uma pessoa elegante, simples, delicada, atenciosa... para os que compartilharam do seu círculo de amigos.

Um abraço
Socorro Melo

Paloma disse...

Sempre digo que nossa sorte já começa pelo nome, que nos dão. O seu é um nome muito bonito. Nome de rainhas.

Anônimo disse...

Ai que delicia essas senhorinhas,mesmo que seja Rainha e prima, amiga o que for, sempre sao senhorinhas, com suas belas historias de vida.
Quando a Elisa Beth, essa foi forte, hehehehe. É uma "ignorança" messs, nem sei que fazer ou pensar mais sobere qual a soluçao e se tem.
Beijos e bom domingo!
Cam

She disse...

Hahahahahaha me diverti!
Bjbj

Márcia Cobar disse...

Oi Beth, adorei a forma que descrevestes o encontro com o mocinho do cartão de crédito... E acho que depois dos cascudos psicológicos ele de fato aprendeu a escrever Elizabeth de uma vez por todas!!!
Lindas as fotos da rainha mãe!
Bjs
Márcia

Márcia Cobar disse...

Oi Beth, adorei a forma que descrevestes o encontro com o mocinho do cartão de crédito... E acho que depois dos cascudos psicológicos ele de fato aprendeu a escrever Elizabeth de uma vez por todas!!!
Lindas as fotos da rainha mãe!
Bjs
Márcia

Caca disse...

Oi, Eliza Beth. hahahah! Desculpe a brincadeira, Beth, não resisti. Eu tenho uma irmã (mora aí no Rio, também Elizabeth e ela nasceu em 54) Acabei de enviar uma mensagem para ela se o nome dela também tem a ver com esta visita citada.

Quanto à vida da corte, é realmente uma maravilha. Não trabalhar, não governar, ter o título de nobreza, muitos súditos, muito dinheiro, muito glamour e uma vidona que todo mundo gostaria. Eu gostaria de passar pelo menos uma semana no palacio de buckingan só para ver como é isso tudo de perto. abração. Paz e bem.

Maria Célia disse...

Ei Beth
Elizabeth é um nome muito imponente, a despeito de ser da rainha da Inglaterra ou não.
O livro deve ser mesmo muito interessante e curioso.
Quanto ao rapazinho do supermercado, ele é o legítimo representante da precariedade do nosso sistema educacional.
Bjo e boa noite.

Glorinha L de Lion disse...

Oi Betita, sem querer ser estraga prazeres: dizem que a rainha mãe era chegada a um goró e os dentinhos dela eram pretinhos pretinhos...podrinhos mesmo...mas era bem simpatiquinha...hehehe Eu adoro toda a pompa e circunstância dos reinos europeus...ah, como todo mundo gostaria de viver naquele mundo nababesco...ui....delícia!beijos

Heloísa Sérvulo da Cunha disse...

Beth,
Com certeza, esses momentos simples, como o do prato no colo, devem ser os melhores da vida da rainha.
Não dá para saber se ela também pensa assim.
Beijo.

ManDrag disse...

Mas que delícia de artigo, minha amiga Elizabeth.
Eu sei como é escreverem o nosso nome errado. Aqui, no Brasil, respondo sempre, quando me perguntam o nome, Manuel com "U"; mas invariavelmente escrevem sempre com "o". Nada a fazer, senão encolher os ombros e olhar para o lado.
Quanto à tua homónima (ou deverei dizer xará? rsrsrs), a rainha do Reino Unido e da Comonwealth, recordo aqui uma cena dum documentário televisivo sobre ela, na intimidade de pessoa comum, que mostrava ela indo às compras numa aldeola onde passava férias, acompanhada por uma aia, que tinha a função de fazer os pagamentos (pois segundo dizia o redactor do documentário, não é permitido à rainha manipular dinheiro). E lá ia a soberana mais famosa do mundo, com o seu lencinho cingindo-lhe os cabelos e firmemente apertado sob o queixo, sorrindo e dialogando com o padeiro, o merceeiro e outros comerciantes que a atendiam, assim como a outros aldeões seus vizinhos, trocando aquelas banalidades sobre o tempo e a família. Afinal somos todos soberanos da nossa boa disposição...

Abraços, desde um nordeste chuvoso