Um mergulho no Azul

Falar do Azul hoje é mais uma proposta da Blogagem Coletiva que a amiga Glorinha de Lion deixa para a gente nesta segunda-feira.

Particularmente não sou muito chegada em usar azul, pois não acho que esta cor me deixe prá cima, ao contrário do que diz aquela famosa musiquinha "Vesti azul e a sorte então mudou". Não.  Acho que fico pálida e gosto de tons mais aquecidos.  No entanto, existe uma das nuances do azul que gosto muito. É o Azul Turquesa, que foi considerada a cor de 2010 para itens fashion.

 Do Azul californiano ao turquesa, clarinho ou o tom mais profundo, todos vão muito bem na decoração, produzindo um efeito relaxante, tranquilizador, já que o Azul 'promove serenidade e elimina tensões, estresses e dores de cabeça.'  Só não é recomendável para quem sofre de quadros depressivos ou melancolia.

O Azul sempre lembra os vastos oceanos da nossa Gaia e outros elementos de água que nos remetem à natureza, seja no céu ou no mar.  Assim, pintores maravilhosos deixaram eternizados em suas telas a variedade de tons azuis em suas marinas e um deles que amo é Edward Hopper. 

Como seria maravilhoso se este mundo fosse todo na calmaria do Azul, sem guerras, violência, mortes absurdas como as que temos visto neste últimos dias!  Já imaginaram uma cidade onde o Azul predomina?

Ela existe, fica no norte do Marrocos, continente africano, e chama-se Chefchaouen e eu lhes mostrei há tempos neste post aqui.

Suas paredes e portas em variados tons de Azul, emitem calma e frescor em meio de montes, pedras e pó daquela região montanhosa.

Aproveito o momento Azul e re-edito a poesia que deixei com o vídeo que poderão ver por lá.

Então, pintei de azul os meus sapatos

por não poder de azul pintar as ruas,

depois, vesti meus gestos insensatos

e colori as minhas mãos e as tuas.

Para extinguir em nós o azul ausente

e aprisionar no azul as coisas gratas,

enfim, nós derramamos simplesmente

azul sobre os vestidos e as gravatas.

E afogados em nós, nem nos lembramos

que no excesso que havia em nosso espaço

pudesse haver de azul também cansaço.

E perdidos de azul nos contemplamos

e vimos que entre nós nascia um sul

vertiginosamente azul. Azul

(Soneto do desmantelo azul, de Carlos Pena Filho)

E para terminar este mergulho, literalmente Azul, deixo dois grandes marcos de significado na minha vida e de meu marido. 

Primeiramente, estas duas telas de Jayme Aguiar, duas marinas, compradas há muitos anos e que meu marido adora:

E, por fim, a música que marcou um Azul inesquecível em minha vida, ao som de violino, flauta e piano, determinando o término da cerimônia de nosso casamento em dezembro de 1982.  L'amour est bleu com o maestro Paul Mauriat.

Desejo a todos uma semaninha bem Azul.