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segunda-feira, 18 de janeiro de 2010

Eu acredito no casamento


(Terra)


Abdullah Adiguzel e Elif completam 90 anos de casados, na província oriental de Malatya. Eles têm 112 e 110 anos de idade, respectivamente, viram juntos a queda do Império Otomano, acompanharam o surgimento de novos países e sonham em continuar unidos até que a morte os separe


Fiquei um certo tempo olhando para esta foto hoje e um misto de muitos pensamentos me vieram à cabeça, tais como: que incrível, como puderam estar vivos e juntos há tanto tempo!; caramba como se parecem até!; quanta coisa passaram nesta vida e sempre juntos! 
E assim fiquei divagando, até observar o narigão de turco que cada um tem, aí vi que estava fugindo da cena e retornei ao cerne da questão, assim minha atenção ficou mesmo no fato concreto que a fotografia insere, isto é, o casamento duradouro destes dois centenários e logo me transportei para os dias atuais, onde casamento, união, matrimônio ainda existem, mas são raros os que passam verdade, que transmitem o amor entre si e duram até que a morte os separe.


Há mães que dizem com franqueza e displicência - Ah, se não der certo, separam!  E filhos que ouvindo isso desde sempre, casam e não têm a menor paciência ou persistência em segurar uma relação e logo, dizem adeus um ao outro e todo o esforço feito para realizar aquele casamento acaba-se sem mais nem menos.   Já vi cerimônimas caríssimas e lindas , mas que a união durou um breve espaço de tempo.


Sabemos que o casamento foi mudando muito em sua estrutura, posto que o patriarcado era o que dominava até o  início e meio do século XX e muitas mulheres não tomavam iniciativas para uma separação por medo do que a sociedade da época fazia a elas, punindo-as com o isolamento e a desonra de ser chamada de 'mulher desquitada'.  Depois, a partir da década de 70, com a inserção da mulher no mercado de trabalho, trouxe a liberação em quase todos os sentidos, inclusive no casamento e a falta de tolerância para mantê-lo.


Sinto que o egocentrismo parece ser o fator primordial nas relações humanas de hoje e até mesmo entre marido e mulher.  Já observei mulheres que competem com seus maridos quando falam de seus trabalhos e maridos que reclamam do fato de serem chamados ou reconhecidos como o 'fulano, marido da sicrana'.  


A coisa tá meio errada e precisamos orientar bem nossos filhos para suas opções no futuro, não induzi-los a uniões que poderão se fazer rápidas e se desfazerem em um piscar de olhos, deixando pessoas tristes, magoadas e cada vez mais individualistas.





Este post foi feito para pensar e interagir, portanto, deixo algumas perguntas: Como você vê o casamento hoje em dia?  Acredita que devemos trabalhar a tolerância e o exercício de dividir e não priorizar nossas vontades individuais?




24 comentários:

Flávia Fayet disse...

O amor é lindo, mas hoje em dia está muito banalizado! Dizer "eu te amo" é tão comum como dar bom dia e acho errado! Vivemos anos ao lado do "amor da minha vida", e amanhã ele chega e diz q não me quer mais porq tem outra há 3 meses... Descobrimos então que não conhecemos quem nos "ama"!
Espero viver o resto da minha vida ao lado do meu namorido, cada vez mais cheia de amor, mas sinceramente tenho medo dessa banalização toda! Bjs BEth e uma semana cheia d amor

Unknown disse...

Infelizmente nós estamos assistindo a sociedade do "descarte rápido". Se não der certo separa...a fila anda...se encher o saco leva um pé na bunda etc. Mas acredito que tudo isso tem um fundo mais complicado ainda...o prazer imediato. A cada nova geração vc pode notar que as pessoas estão cada vez mais desesperadas na busca frenética de prazer...e tudo tem que ser agora..já...at the moment. Não existe mais a questão de saborear etapas. Além de outra questão muito séria também, pessoas atualmente se tratam como imagens, STATUS, mídia...tudo muito rápido e passageiro. Não são só os artistas globais não...a moçada está completamente absorvida dentro desses valores. Toda construção leva tempo e precisa de paciência, e isso é tudo que as pessoas não sabem administrar...infelizmente.
Abraços

Fernanda disse...

Oi Beth. Eu acho importantissimo valorizarmos o casamento, e casamento exige sim muita tolerancia, adaptacao e flexibilidade, tem vezes que um cede, outras vezes o outro cede. Acho legal demais quando um respeita os sonhos e vontades do outro, acho que por isso eu curto demais muito meu casamento, mesmo nao sendo um mar de rosa e tendo seus dias dificeis; porque meu marido me apoia nos meus gostos/hobbies/sonhos, e eu jamais me senti sufocada ou presa por ter casado, e olha que casei bem jovem. Por outro lado, nesse tempo passado, nem tao distante assim , em que a vida da mulher "acabava" se ela se separasse, muita gente sofreu a vida toda abuso, agressao, traicao, etc, sem ter a perspectiva de refazer a vida. Entao eu acho que tem que haver um equilibrio, nem a banalidade de hoje, nem o radicalismo do passado. Acredito muito que vale a pena a gente se dedicar e lutar pelo casamento diariamente, lutar pra que o respeito e o amor nao acabem. E uma vez ouvi uma frase legal que nunca esqueci: Um bom casamento eh a uniao de dois perdoadores.
Beijinhos!

Anônimo disse...

Web-mae,
que post lindo!!
olha, eu sou do pensamento de antigamente... por isso mesmo ainda nao me casei, e nao tenho filhos... quando eu me casar, quero que seja pra sempre. Meus pais ainda estao juntos e me espelho neles para a minha vida de casada. Ha pessoas que me chamam de careta e estao sempre me apressando para que me case logo!! Eu falto perder a paciencia!! :) Logo essas pessoas que nao estao bem das pernas em seus proprios casamentos!!
Mas sabe que ateh me inspirei pra fazer um post desses!! :)
Assim que tiver um tempinho, vou escrever sobre isso!
beijo grande!

http://saia-justa-georgia.blogspot.com/ disse...

Beth querida, gostei muito desse seu post e da imagem escolhida por você.
Eu acredito no Amor, nas mudancas de comportamento, mas tudo isso sem ser regado pelo amor nada sobrevive.

É difícil manter um casamento por um longo tempo, ou a vida toda. Por que? Porque certamente um vai se doar muito mais que o outro e é ai que eu vejo que a nova geracao nao tem paciência. Nao quer se doar, nao quer ceder, nao quer se dar, que só receber.

Um beijao e parabéns pelo post!

Dona Flor disse...

O divórcio é muito banalizado. As pessoas se separam por qualquer problema, para entrar em uma nova relação que vai trazer os mesmos problemas, porque muitas vezes ele está na pessoa.
A vida de casados é um exercício constante de auto-conhecimento, de paciência e também de saber dividir. Dividir coisas boas e ruins e saber abrir mão de desejos pessoais pelo bem dos dois. É pensar por dois (ou mais, quando existem filhos).
Boa semana pra você!

Luciana disse...

Ei também acredito em casamentos, mas acredito em divórcios também, acho que por isso meu casamento é tão bom, e talvez eu acredite em casamento por ter um casamento bom, antes eu não botava muita fé.
Vejo muitos casamentos se arrastando sem amor, sem parceria, sem cumplicidade, sem confianca, sem muitas coisas que são fundamentais para um casamento harmonioso, mas vão se arrastando por muitos motivos, geralmente dinheiro e acomodacão, ou filhos na jogada, acho triste isso e daí acredito que divórcio é uma boa saída.
Acredito em felicidade e sou feliz, então se meu casamento não estivesse bem e eu não estivesse feliz, não iria me prender a ele.
Por acreditar em casamentos felizes, em pessoas felizes, e em divórcio, tenho um casamento feliz e harmonioso.
Quanto à tolerancia, paciência, saber dividir, etc, temos que trabalhar isso em todas as relacões, pais e filhos, marido e mulher, amigos, ou é assim ou as relacões não funcionam.

Beijo

Heloísa Sérvulo da Cunha disse...

Beth,
Ótimo texto para reflexão.
Acho lindo saber desses casamentos duradouros, que passam a ideia de um companheirismo arraigado. Veja na foto os dois centenários de mãos dadas.
Como você disse, hoje impera o egocentrismo. Individualização em alto grau, com pouquissima abertura para o outro.
Acho que a tolerância é fundamental nas uniões. Ela permite a compreensão.
E o importantíssimo é o empenho. É preciso querer que o casamento dê certo. Mas querer de verdade, empenhando-se diariamente. E eu ia esquecendo do respeito, que tem que ser mantido a todo custo.
Penso que um casal que viva nessa linha irá festejar muitos anos de vida em comum, com felicidade.
Beijo.

Dani dutch disse...

OI WEb-mãe, tudo bem?
Eu acredito no poder do amor, e casamento pra mim é como se fosse um time, ambos andando lado a lado, se um cair o outro segura,
se um tem um dia díficil o outro apoia, amizade acima de tudo,
Companheirismo, mas pra isso tudo acontecer amor e respeito é fundamental.
Mas amor verdadeiro, não aquele dito da boca pra fora.
bjusss

Bia disse...

Beth, parte da minha opinião vc j;a viu lá no blog que por coincidência tinha comentado sobre casamento.
Meus pais são casados há quase 29 anos, e são super felizes (com seus altos e baixos, claro).
Eu sempre fui muito romantica, daqueles que ama o amor e estar apaixonada, mas sinceramente, ultimamente isso tem se mostrado mais como um defeito do que uma qualidade.
Se eu acredito no amor? Acredito. Se eu acredito no casamento? Não tenho tanta certeza assim. Simplesmente pq hoje em dia uma grande maioria diz "eu te amo" como diz "bom dia", ninguém quer ficar sozinho, mas tb ninguém que se dar ao trabalho de investir tanto numa relação que e bem provável que não vá durar muito.
Nesse momento da minha vida e devido a algumas experiências ruins que tive, agora, não estou afim de investir em relacionamento nenhum. Simples quanto penso no trabalho que é uma relação, não vale a pena para mim.
Sozinha eu fico mais focada em mim e no meu futuro. Apaixonada eu perco o foco demais.
E quanto ao casamento... eu espero mesmo que eu esteja errada e que casamento ainda vá ser algo que vá durar bastante e se algo bom para as pessoas que embarcarem nessa jornada.

bjs

♕Miss Cíntia Arruda Leite ღ disse...

Eu acredito no amor, no respeito, na união de dois seres, no amor que não se ensoberbece, não se ufana, não conta seus próprios interesses, eu acredito no amor, fiel, no amor que não arde em ciúmes, no amor paciente, no amor que TUDO SOFRE, TUDO CRÊ, TUDO ESPERA E TUDO SUPORTA, EU ACREDITO NO AMOR PARA VIDA TODA!
Mas infelizmente não é o que vemos por aí.

beijos e saudades de vc!

Lu Vaz disse...

eu acredito em casamentos por amor. creio que podem durar uma vida inteira e passar por diversas estações. creio que pode ser legal sempre - e qdo não estiver pra alguém,a través de uma boa comunicação e esforço mútuo, reconstruir o pedaçinho capenga. creio que se for assim - cada um fazendo o máximo, funciona sim. acho lindo casais que estão há anos juntos e ainda se respeitam, se amam e se tratam com gentileza e cordialidade. amo cerimonia de casamentos de casais de cujo amor sou testemunha. e amo fotos de casamento onde a energia do que há entre os 2 pode ser sentida pelo observador.
Deus fez a gente pra viver junto - é nisso que eu creio; pra ter uma família legal que forme gente legal, que não corte a corrente do Bem.

falei muito, né?

Glorinha L de Lion disse...

Amiga, vc é o máximo!
Adorei tudo, texto ,foto e mensagem!
Ri muito sobre o nariz dos turcos...rsrsrsrs...que narigão menina!
Eu acho que falta hoje é paciência, aceitação do outro, e, principalmente, muito amor...ser transigente com os defeitos e falhas do companheiro/a, pensar que ele tb tem que nos aturar...que mulher às vezes é chata pra caramba...
Como vc falou, nesse mundo egocêntrico, quem quer levar essas coisas em conta?
Beijos, irmã!

aminhapele disse...

É um tema muito bom para debate e reflexão.
É a minha opinião,que vale o que vale,tendo já 3 filhos(entre os 43 e os 37).
O amor,com todas as suas dificuldades,tem que andar ao lado do respeito.Por esta via,fortalece-se o companheirismo.
O amor tem que estar sempre presente.
Conheço casais divorciados,com grandes litígios,que nunca perderam o amor.
Um abraço.

rocosta disse...

Ainda não me casei então não posso opinar.
Beijão!

Lúcia Soares disse...

Beth, todos os comentários acima foram perfeitos.
Não dá pra saber se um casamento vai dar certo ou não, mas há alguns que a gente, de cara, sabe que é furada...
Acho que o principal é existir respeito, amor, compreensão.
Já com 35 anos de casada (óbvio que no princípio não pensava assim...o negócio era "me amor e uma cabana...)sei que o grande trunfo do casamento é o respeito e a compreensão, pois estes alimentam o amor.
Não existe amor que chega depois de uma amizade? É porque ali havia admiração, carinho...O amor chega depois. Mas é difícil falar sobre isso. Dá um post! (outro). Boa ideia que você me deu...Bj

gabriela disse...

Gostei desta imagem do casal centenário.Eu acredito no amor, afinal eu estou casada á 35 anos, sou feliz com altos e baixos. penso que tudo isto se conquista com muito dialogo, respeito um pelo outro, confiança, claro que ao fim de tantos anos de vida em comum existe o companheirismo, o amigo o confidente, tudo isso se completa.
Por exemplo o meu inicio de casamento, foi bastante dificil chorei muito os nossos feitios não se entendiam, dei por mim a pensar muitas vezes o quanto eu estava arrependida por me ter casado, eu era uma miuda e ele um homem feito, logo a nossa maneira de pensar era diferente.
Mas eu sabia que se fosse ter a casa do meu pai a chorar ele me dizia(A ESCOLHA FOI TUA AGORA TENS QUE AGUENTAR) e foi o que fiz e não me arrependo de nada, sou muito feliz tenho um marido que me ama muito meu amigo capaz de dar a vida por mim, e juntos conseguimos dar a volta por cima, o nosso lema de vida foi formar uma familia feliz e conseguimos com muito amor, se voltasse atrás voltaria a fazer a mesma coisa, desculpa Beth já me alonguei, eu quando começo a falar não me calo mais beijinhos muitos

Unknown disse...

Oi Beth
Sou cunhada da Mila Viegas e ela já me falou muito em vc...sempre visito o blog milasville e sempre vejo seus comments e aí resolvi te visitar, espero que não se incomode. Achei seu post maravilhoso !

Anônimo disse...

Não é um bom dia pra eu falar sobre isso, to zangada com a invasão do meu marido, ele não anda respeitando um minimo de privacidade minha! to zangada

Ana disse...

Que foto e histórias impressionantes!!

O que tenho a dizer é que um alívio a possibilidade da separação, até porque fica claro que só permanece casado quem está feliz!

Beijão!

João Videira Santos disse...

A foto e a sua história são bem interessantes. No mais diria que numa relação há que ser tolerante, compartilhar e nunca anular a personalidade e a liberdade individual da/o parceira/o.

Anônimo disse...

Beth:
Nossa! Muito tempo sem vir por aqui.
Mas, vamos por partes.

Também penso que as pessoas podem dividir suas vidas.
Se tivermos boa vontade e amor, pode sim dar certo. Mas os dois precisam acreditar nesta possibilidade. Certo?

Agora, feliz 2010 para você.
Beijos.
Anny.

Ivana disse...

Beth, querida, desculpe meu sumiço aqui do seu cantinho que eu tanto gosto! Ainda estou envolta com caixas, tudo muito bagunçado. Ainda não tenho armários para as roupas (chegará o primeiro só daqui 15 dias) e ando numa agonia. Sempre que quero algo, tenho que buscar em caixas e fora aquilo que a gente não consegue achar, porque não lembra em que caixa ficou. Mas ok. Vamos levando.
Beth, hoje os relacionamentos de uma maneira geral estão banalizados. Entre homem e mulher, então, nem se fala! É tudo muito fulgaz!
Mas olha, acredito realmente que ainda é possível viver um relacionamento estáavel, especial, sincero e amoroso com alguém. Mas há de se ter aquela certeza de que estamos investindo em quem vale a pena, em quem nos ama e em quem amamos de verdade. Baseado nisso, as dificuldades da convivencia podem ser administradas, sempre com muito dialogo.
Hoje, quando olho para o Aurélio, me vejo velhinha ao lado dele... Tenho realmente aquele sentimento, aquela sensação de que ficarei com ele até o fim...
Beijo!

Sonia H disse...

Beth,
Aos poucos vou atualizando a visita ao teu rico e lindo blog - rico de informações e reflexões também! E lindo por que é sempre colorido, e eu amo cores! (risos)
O post sobre o casamento! Eu também acredito! Ontem eu e meu marido fizemos 19 anos de casados! E todos sabemos que muitas vezes não é fácil manter uma relação duradoura com aquele mesmo brilho do início. Precisamos estar sempre lapidando, cuidando, revigorando esse amor. E não é impossível não! Acho que quando existe amor, amizade e sempre uma espécie de 'estado de alerta' para dialogarmos sobre tudo o que nos deixa infeliz, insatisfeita com o outro, mas acima de tudo, existe o respeito mútuo, acredito que o casamento pode perdurar.
Das turmas de meus filhos, por exemplo, mais da metade dos alunos são de pais separados... Parece até uma epidemia ....
Na semana do Natal, vinha do Hortifruti com minhas compras quando vi um carro estacionar em frente a um prédio e dele saíram duas meninas com o pai. E as duas se despediam meio tristonhas e chorosas e o pai dizia assim: "No próximo ano, vocês passarão o Natal comigo, está bem?..." E aí eu entendi tudo... Pais separados e o revezamento dos filhos nas festas de fim-de-ano...
Faltam valores essenciais à nossa sociedade, encabeçando nessa lista a falta de amor - que virou algo descartável...
Esta foto me impressiona - wow - 90 anos de casados, nem sei que tipo de Boda seria essa, pois eles venceram tudo, as doenças principalmente, e todas as adversidades dos tempos. Só restou o que? l'amour... Sem amor, amiga, acho que nada perdura.
Amei o post!
Beijos,