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quinta-feira, 10 de dezembro de 2009

Oinc! Oinc!




Atos absurdos como este acima, vez ou outra assistimos e ficamos indignados, principalmente se o ultraje for praticado por alguém dentro de um veículo de uma marca tão suntuosa, já que partimos do princípio que gente rica não suja as ruas por aí,  mas existem e tem aos montes rodando nas estradas ou meios urbanos deste país varonil.
Carro caro e roupa de grife não sinalizam o que um indivíduo tem dentro de sua cabeça ou a educação que possui, pelo menos por aqui.  Lembram do caso Daslu?

Hoje pela manhã quando fui para ginástica, aproveitei o breve momento de estiagem e andei rapidinho para a academia logo aqui perto.  Entre uma poça e outra tentei não molhar muito meu tênis que havia lavado na semana passada num dia de sol radiante.  Ao atravessar uma das avenidas principais, notei que o bueiro da esquina estava com a grade meio quebrada, enfiada para dentro e um aglomerado de copos descartáveis, de sorvete e uma ou duas garrafinhas pet, tudo junto, quase entrando bueiro abaixo com a força da água que os empurrava.  A vontade que me deu foi de me abaixar para catar aquelas porcarias.  Fiquei pensando que é por essas e outras, que enchentes como a de ontem na grande São Paulo, causam tanta confusão e até mortes.  Em frente ao tal bueiro fica uma padaria, grande, não muito bem cuidada, o dono parece já ter ganho muito dinheiro e com medo de se modernizar ou mudar alguma coisa, prefere manter aquilo de um jeito meio desleixado e também não colabora para que o entorno de seu estabelecimento tenha um aspecto limpo e bem cuidado, tanto é que o tal bueiro é bem em frente à sua padaria e aquele lixo, com certeza, adveio dali, jogado por criaturas que não aprenderam ainda esta lição.  Mas, se eu fosse dona daquela joça, a primeira coisa que faria quando sentisse uma tempestade formando-se, seria observar se tem lixo nos bueiros à volta da esquina.  Mas, não, nem ele, nem nenhum de seus empregados estão nem aí!
Assim como não estão nem aí, quase todo mundo.  E aí você vai dizer que ele não tem nada a ver com isso, porém o ato de fazer pelo bem comum deveria estar presente nos nossos pensamentos e ações. E eu segui em frente pensando sobre esta questão, esgueirando-me pelas marquises e protegendo-me de levar um banho quando os carros passassem.

Pois bem, em frente à Academia, quando já ia entrar no prédio, vi um lindo carro prateado vindo na minha direção, alguém abriu a janelinha e jogou um troço que não sei bem o que era, talvez um papel embolado, não dava pra ver, mas quanto mais ele se aproximava rente ao meio fio, percebi que poderia jogar-me água,  naquela brincadeira idiota que alguns fazem em molhar os pedestres em dias assim.  Daí, baixei o guarda chuva na altura do corpo para não ficar molhada, mas não adiantou muito, porque acabei levando gotas  de água suja na cara.  Nem preciso dizer o que eu pensei, né!  &%$##@!

O amigo Léo na Finlândia, que está sempre antenado aos percalços do nosso dia a dia e conhece bem a natureza das coisas por aqui, levantou um tema parecido com este sobre os bueiros entupidos e o que maus hábitos trazem de transtorno para a vida dos cidadãos nas grandes cidades.  Na verdade, os problemas que paulistanos, cariocas e outros em grandes centros sofrem, estão intimamente ligados à nossa maneira de interagir com o meio ambiente e a natureza.  Ouvi hoje numa reportagem que além da sujeira que  o povo  faz em vários pontos das cidades, há também uma invasão do homem ao habitat sagrado dos rios, que ficaram espremidos entre inúmeras construções  e com isso não  têm como escoar suas águas, já que o número de habitações, prédios, comércio e viadutos ajudam a aumentar  o volume de águas usadas.  Assim, não há bueiro que aguente!

Uma das formas da gente ajudar a melhorar tudo isso é o bom papo, ensinar às pessoas que não percebem todo este contexto e que acabam achando que só ações políticas irão resolver tudo. Precisamos usar da educação que tivemos para educar outros, mesmo que seja  mais velho, tentar fazer a mudança de hábitos enraizados ou fazer como meu amigo japonês faz lá na serra, botando suas botas, pegando carrinho e pá e indo catar folhas e limpar o jardim público que ele fez praticamente sozinho, com suas próprias mãos. Eu ajudei um pouquinho, dando lajotas e plantas, enviando e-mails para a Prefeitura retirar do local a horrorosa caixa de lixo que ali tinha, mas nunca fui lá botar a mão na massa, porque este não é um hábito nosso, não fomos direcionados com este pensamento de coletividade e acima de tudo, nos envergonhamos de catar lixo e arrumar as ruas.  Deixamos isso para que a Prefeitura e o dinheiro dos impostos que pagamos façam por nós.

Enfim, acabei entrando na Academia e indo direto para o banheiro lavar o rosto e depois ainda passei álcool para me desinfetar.  O tênis sobreviveu e agora à noite, quando passei em frente a tal padaria, o bueiro continuava com a grade quebrada e o lixo....... bem, o lixo foi pro ralo!

Tá feia a coisa!  E o verão se aproxima com as mesmas chuvas torrenciais!  E o bueiro....



(Aqui neste link, poderá ver o que o Prefeito do Rio pretende fazer qualquer dia desses nas praias cariocas)





19 comentários:

Flávia Fayet disse...

É Beth, realmente to com meu humor bem aguçado hj! Hahaha Há quem diga q seja humor negro, mas temos q ser realista, a morte chegará para todos, mais cedo ou mais tarde, espero q o mais tarde possivel! Ah quero ver essa foto tua!
Qto ao seu texto, adorei! Que dizer, vc expos mto bem o q acontece em todas as cidades, a sujeira, o povo mal educado q joga lixo... E a natureza nos retribui desse jeito, chuvas torrenciais, temporais, calor do cao... E por falar em povo educado hj (ontem) me acoteceu uma coisa chata tb! Fui ao supermercado que fica 2 quadras da minha casa e na volta vinha com algumas sacolas, a minha rua é mão única e bem na frente da minha casa uma moça mto mal educada gritou: Sai da frente! Estava na contra-mão de bicicleta! Ainda bem q era bike senão essa hs já estavam escolhendo minha foto... Ainda saiu me xingando e parou mais adiante, achei q ia voltar e me agredir! Sendo q a errada era ela! Entrei pra casa furiosa... Beijosss

Beth/Lilás disse...

Flávia,
Tsc tsc, quanta gente estúpida por aí!
Às vezes eu penso que tem mesmo é muita gente louca solta neste mundo, mas louca de pedra meRmo!
beijão

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Léo C. disse...

Oi!

Da próxima vez pega os copos! :)

Pega os copos e olha na cara das pessoas que passarem perto de você. Acho que isso vai ser choque. Vão te chamar de doida por se importar com isso, vão dizer que é trabalho da prefeitura...vão dizer um monte de coisa que você poderá usar pra argumentar.

A Sônia Braga fez isso há um tempo atrás numa praia do Rio: pegou a vassoura e comecou a varrer. Daí falaram um monte de besteira: que era pra ter visibilidade, que era coisa de dondoca, que isso e aquilo...mas foi uma puta ação civil. E sobre SP, tem gente colocando a culpa no Kassab, como se fosse ele entupindo tudo que é Rio e bueiro. Ele pode ser corrupto, mas a porcaria num vem só do gabinete dele nao...rs

Beijos do freezer!

Dona Flor disse...

Beth, já viajei muito por esse mundo e o que sempre me choca ao voltar pro Brasil é a sujeira. Nenhum lugar que eu fui tem as ruas tão sujas (tá bom, não fui pra lugares como Índia), mas um país que julga que pode ser uma potência, que diz que tem uma economia entre as 10 maiores do mundo, não pode ter tanta gente mal-educada, em todas as camadas sociais. Acho triste demais.
Queria ver se lá fosse igual aqui: coleta de lixo a cada quinze dias (só orgânico) e de plástico e papéis a cada mês. Vidro só levando em uma coleta específica e ainda separando por cor... e mesmo com todo esse "trabalho", nada de lixo na rua! Nunca nem vi um gari!
Beijos!

Heloísa Sérvulo da Cunha disse...

Beth,
Acho incrível essa falta de educação de jogar lixo pelas ruas. Quando vem de dentro de um carro, como você descreveu, o fato parece ser mais revoltante ainda. Será que essa turma joga lixo dentro de casa?
Impressionante é quando vemos alguém passar ao lado de um coletor de lixo na rua, e jogar o papel que tem na mão, ou copo de sorvete, ou outro tipo de lixo, na rua.
Uma vez estava caminhando atrás de uma família que tomava sorvete, andando. A mãe terminou e, embora estivesse a um passo de uma lixeira, jogou o copo na rua. Não resisti e, com jeito, disse-lhe que logo à frente havia uma lixeira. Bom, ouvi o que não queria. E tudo isso, na frente de dois filhos, crianças, que assim estavam se formando.
Então, a questão é a seguinte: educação. Só com ela, muitos problemas serão resolvidos.

rocosta disse...

Beth quando vejo um tipo como esse num carro jogando lata pra fora da janela perco a fé na humanidade, sério! :-(
Beijão!

Unknown disse...

Ouvi pelo rádio que o sr. prefeito chamou nós cariocas de porcos... hahahahaha... Oh coitado! Agora está aguentando as inúmeras críticas da palavra mal colocada em sua frase. Mas o mais incrível foi que o programa de rádio fez uma enquete nas ruas perguntando aos pedestres se eles tinham o costume de jogar lixo no chão. E aí, muitos (a maioria mulheres) disseram que não jogam, que procuram uma lixeira ou guardam seu lixo dentro da bolsa até encontrar um local apropriado para jogá-lo.
Eis que um grande idiota disse exatamente assim:
"Eu não sou um porco, mas eu jogo sim lixo nas ruas... afinal se eu não jogar como é que os garis vão ter trabalho para fazer? Acho que é um jeito de eu ajudà-los a manter seu trabalho. Se as ruas fossem todas limpas, os garis estariam desempregados. Então não sou porco, estou sendo solidário com esses trabalhadores!".
Faça-me o favor!!! Eu nem acreditei nisso quando ouvi! Com esse tipo de pensamento comprovamos que existe muito idiota que tem essa visão completamente errada da coisa.
E quem sofre somos todos nós que ficamos a mercê dos alagamentos e a qualquer chuvinha que caia, morremos de medo de sair nas ruas.

beijocas

Natália Fera disse...

Olá Betty
Não sei se gostas de desafios,mas tenho um para ti no meu blogue,gostava que aceitasses.
beijinhos

Natália Fera disse...

Betty não tinha visto
obrigado pelas tuas palavras no meu blog. vou passar a outra amiga.
beijinhos.

Lúcia Soares disse...

Beth, nem sei mais o que pensar da falta de educação do povo em geral. Faço a minha parte e deixo o resto com cada um...Mas eu já vi isso mesmo que você, entrei no estabelecimento e pedi uma vassoura emprestada, limpei o bueiro e aí o dono (era um bar) pediu ao ajudante dele pra levar um saco de lixo e a pá e recolheu o que tirei do bueiro. Mas as pessoas que passavam me olhavam como se eu fose no mínimo uma louca! E tinha risinho de lado, como se eu tivesse fazendo "pra aparecer". Nunca mais fiz nada parecido, mas sempre cato papel na rua e jogo em lixeira próxima. Bj

Ivana disse...

É Bethinha, a coisa tá feia mesmo! A falta de educação (em todos os sentidos) é uma pandemia. Impressionante! E pensar que estas pessoas (adultas) tem filhos e imagino o que ensinam a eles...
O tal dono da padaria deve pensar realmente que o probrema do lixo no bueiro em frente a padaria dele não é responsabilidade que caiba a ele... ah, mas se o bueiro enche, invade a padaria maeldêta e causa um baita prejuízo.... Hummm, daí ele grita e diz que a culpa é do governo!! ah ah ah!

Silvia Masc disse...

è... minha amiga, as vezes essas situações me faz ter pensamentos ruins, é aquele xororo por causa das enchentes, e na estiagem toca a jogar lixo na rua. Por outro lado, não sei como é no Rio, mas aqui em sampa, são poucas as lixeiras no centro, e quando existem, estão abarrotadas. No meu bairro elas nem existem, mas as ruas são limpas, e percebo na minha caminhada pela manhã, que os varredores recolhem muito mais folhas do que lixo. Como você fico indignada quando vejo alguém jogar lixo na rua. E quando é na minha calçada, peço ao porteiro um saco, enfio na mão e recolho, me sinto mais "cidadã" rs
Uma outra coisa que poucos se lembram, é a questão do chiclete, você sabia que muitos pássaros morrem por causa disso? Principalmente em dias quentes o chiclete cola no biquinho deles levando-os a morte. Sugiro como tema para o Movimento Natureza.
beijinho,

Deixei no longevidade, uma resposta para você.

Bia disse...

Beth na minha primeira viagem para fora do Brasil, uma viagem para Disney, lembro que tinha um grupo brincando com os panfletos do parque. Brincadeira vai e vem, uma das crianças derrubou um panfleto e não pegou do chão. Um dos guardas do parque na mesma hora veio e reclamou com o menino. Isso ficou gravado na minha memória e me marcou em relação a diferença do Brasil e outros países.
No Brasil meu pau vivia reclamando que meu carro era cheio de papel, mas é melhor do que jogar na rua. Aqui tb (não tenho carro), mas papel de qualquer eu guardo na mochila até chegar no lixo do trem!

bjs

Wilma disse...

Beth, o comerciante da Favel é analógico, não tem e-mail, rsrsrsr mas o end: Rua Gal. Castriolo,9 Largo das Barradas - Niteroi e R. Cmte Ary Parreiras, 1752 - Paraíso - S.Gonçalo tel:2712-7503.
Qto ao post, é estarrecedor mesmo ver gente dentro de um BMW jogando coisas pela janela, deve pertencer áquela categoria de gente que joga ponta de cigarro da janela do apto, a embalagem dos biscoitos e até latinhas de refri...às vezes eu até penso que não é falta só de educação não, porque não é possível alguém chegar aos 30 anos e não perceber que lixo é no lixo, acho que é algo mais profundo, que só os antropólogos poderiam responder...hahahah - viajei.
Outra coisa que observo é no supermercado, como tem gente que tira tudo do lugar, não leva, larga no primeiro balcão, nem se importa se é refrigerado ou não, tá nem aí...Acho que é por isso que dizem que o Brasil é o melhor país pra se viver, todo mundo faz o que quer!!! Lá em Copenhague o cidadão tem que levar o seu lixo reciclável, separar, etc Não me incomodaria de ter essas obrigações, mas aqui é só pagar impostos e nada mais!!!

gabriela disse...

Amiga hoje estás de parabéns tu e o teu maridex, que esse amor dure para sempre, foste jantar para comemorar?27 anos não são 27 dias há que festejar.
Que sejam muito felizes muitos beijinhos

monica lidizzia disse...

A "única" coisa que eu concordo, tangencialmente, com este prefeito do RJ, criatura almofadinha, hipócrita e situacionista, 100% velho de direito, embora 50% apenas de fato, tão funcionalmente "careta" quanto o governador "fashionoso" (dado que fashionista é que ele e sua "tribo" não são por mais que se esforcem) da porcaria do RJ é que o carioca é um sujeito porco.
Injustiça, a bem da verdade, para com os suínos, bichos limpinhos o quanto conseguem, mega carinhosos e tão sociáveis quanto os cães, só não mais urbanizados por conta do preconceito ignorante dos animais injustamente classificados "racionais".

bjnhs Bethe já que já é quase Natal, que tal ganhar do seu amigo "oculto" um novo (e limpo) par de tênis?

aminhapele disse...

Gostei do post.
Como sabe,há anos,fui dono de um bar(ainda hoje existente) na Sé Velha.
Ao tempo,podia-se fumar e todas as mesas tinham cinzeiros.
Um dos jovens frequentadores,ignorava os cinzeiros e atirava a cinza para o chão(madeira de carvalho inglês).
Uma noite,peguei num cinzeiro grande e fui colocá-lo no chão,mesmo debaixo da mão do cigarro.
O jovem,atrapalhadamente,pediu-me desculpa e passou a utilizar o cinzeiro da mesa.
Acredita que,esse jovem,chegou a deputado da nação,secretário de Estado e euro-deputado??!!
Um abraço.

Meire disse...

Beth e isso nao é privilegio do Brasil, por aqui vejo coisas de arrepiar, mas o povo é mal educado, resppndem de q adianta um fazer e os outros nao, nao entendem que alguem tem q começar...
Enfim, da medo de pensar no mundo em que vivera nossos filhos.
Bjs

http://saia-justa-georgia.blogspot.com/ disse...

Uma das coisas que o Christian logo observou quando nos conhecemos é que cada papelzinho de picolé que comíamos, ia para dentro da minha bolsa. Ele, ficou abismado, pois eu era a primeira brasileira que fazia tal coisa. Todas as outras pessoas que ele conheceu e olha, gente formada, jogavam o lixo na rua.
As criancas aqui em casa já sao educadas para colocar o papelzinho da bala ou do bombom dentro do bolso da calca ou entao a procurar a primeira lata de lixo que estiver por perto.
Depois, brasileiro quer reclamar de enchente, pode nao.

Bjao e parabéns pelo tema! Amei.