.....................................................................................................................................................................Porque não só vives no mundo, mas o mundo vive em ti. .....................................................................................................

segunda-feira, 7 de dezembro de 2009

Ai, como cansa!






Por estes dias não há quem não repita o de sempre: "Tô correndo feito louca; Não tenho tempo pra nada;
Ainda não comprei nem um presentinho; Não fiz minhas luzes e meu cabelo tá horrível"  e um monte de outras frases que parecem mostrar vidas muito iguais ou similares no seu todo.


A mulherada anda cansada, stressada, não tem tempo para si própria e eu não sei se isto é um problema de um país como o nosso, que tudo é meio difícil para se fazer, jornadas de trabalho grandes e cansativas ou locomoções distantes, filhos para atender nas provas finais, compras de final de ano que cansam com as imensas filas nos shoppings.


O texto abaixo, recebi faz um tempinho, nem sei quem é o autor(a), mas acho que vai bem como reflexão e lembrar com saudades dos tempos da nossa vózinha..  Se alguém souber a verdadeira autoria, mande um recado, ok.

Desabafo da Mulher Moderna


São 6h. O despertador canta de galo e eu não tenho forças nem para atirá-lo contra a parede. Estou tão acabada, não queria ter que trabalhar hoje. Quero ficar em casa, cozinhando, ouvindo música, cantarolando, até!
Se tivesse filhos, gastaria a manhã brincando com eles.
Se tivesse cachorro, passeando pelas redondezas.
Aquário? Olhando os peixinhos nadarem.
Espaço? Fazendo alongamento.
Leite condensado? Brigadeiro.
Tudo menos sair da cama, engatar uma primeira e colocar o cérebro pra funcionar.
Gostaria de saber quem foi a mentecapta, a matriz das feministas que teve a infeliz idéia de reivindicar direitos da mulher e por que ela fez isso conosco, que nascemos depois dela.
Estava tudo tão bom no tempo das nossas avós, elas passavam o dia a bordar, a trocar receitas com as amigas, ensinando-se mutuamente segredos de molhos e temperos, de remédios caseiros, lendo bons livros das bibliotecas dos maridos, decorando a casa, podando árvores, plantando flores, colhendo legumes das hortas, educando crianças, freqüentando saraus, a vida era um grande curso de artesanato, medicina alternativa e culinária…
Aí vem uma fulaninha qualquer que não gostava de sutiã tampouco de espartilho e contamina várias outras rebeldes inconseqüentes com idéias mirabolantes sobre:
“vamos conquistar o nosso espaço”.
QUE ESPAÇO!!??
Você já tinha a casa inteira, o bairro todo, o mundo ao seus pés.
Detinha o domínio completo sobre os homens, eles dependiam de você para comer, vestir, e se exibir para os amigos, que raio de direitos requerer?

Agora eles estão aí todos confusos, não sabem mais que papéis desempenhar na sociedade, fugindo de nós como o diabo da cruz!
Essa brincadeira de vocês acabou é nos enchendo de deveres, isso sim!
Antigamente, os casamentos duravam para sempre. Por que, me digam por que, um sexo que tinha tudo do bom e do melhor, que só precisava ser frágil, foi se meter a competir com o macharedo? Olha o tamanho do bíceps deles, e olha o tamanho do nosso… Tava na cara que isso não ia dar certo.
Não agüento mais ser obrigada ao ritual diário de fazer escova, maquiar, passar hidratantes, escolher que roupa vestir, que sapatos, acessórios, que perfume combina com meu humor, nem de ter que sair correndo, ficar engarrafada, correr risco de ser assaltada, de morrer atropelada, passar o dia ereta na frente do computador, com o telefone no ouvido, resolvendo problemas.
Somos fiscalizadas e cobradas por nós mesmas a estar sempre em forma, sem estrias, depiladas, sorridentes, cheirosas, unhas feitas, sem falar no currículo impecável, recheado de mestrados, doutorados e especializações.

Viramos “super-mulheres”, mas continuamos a ganhar menos do que eles…
Não era muito melhor ter ficado fazendo tricô na cadeira de balanço?
CHEGA!!!
Eu quero alguém que abra a porta para eu passar, puxe a cadeira para eu sentar, me mande flores com cartões cheios de poesia, faça serenatas na minha janela…
Ai, meu Deus, são 6h30, tenho que levantar!
E tem mais… que chegue do trabalho, sente no sofá, coloque os pés pra cima e diga: “meu bem, me traz uma dose de whisky, por favor?”, pois eu descobri que é muito melhor servir. Ou pensam que eu tô ironizando?
To falando sério!
Estou abdicando do meu posto de mulher moderna…
Troco pelo de Amélia.
Alguém mais se habilita?
Antes eu sonhava,agora nem durmo mais direito…




 

18 comentários:

Lúcia Soares disse...

Ahahahahah Conheço esse texto, Beth, e ele é ótimo! Fala direitinho do que pensamos...Não entendo esse papel da mulher de hoje, que abre mão do mais importante - criar os filhos - para se cansar por aí, às vezes ganhando o que paga pra uma escolinha ou uma empregada...Mas parece que ser "apenas" dona de casa virou um tabu...
Saí pra trabalhar fora quando meus filhos já tinham mais de 10 anos de idade. Mesmo assim não foi fácil...Como eu queria era saber tricotar e bordar" ("Crochetar" eu sei...) Bj

Elianne Goff disse...

Amei este texto, eu tambem acho que as mulheres estao sobrecarregadas, e no Brasil infelizmente as mulheres se cobram muito , e acham que so trabalhando fora sao valorizadas, eu amo ficar em casa cuidar da familia , embora agora eu trabalhe meio periodo fora , nada como ser dona de casa .

Mila Olive disse...

kkkkkkkkkkk... Há alguns anos atrás eu recebi esse texto num email de uma amiga. Sinceramente, eu não sei muito o que pensar a respeito... rs.
Na verdade, eu não nasci para ser dona de casa. Definitivamente não curto muito lavar, passar, cozinhar. Me sentiria perdida se vivesse apenas para fazer tais coisas e não trabalhasse em meus projetos pessoais e profissionais. Acho que não seria feliz sem a minha profissão.
Porém, nunca pensei em fazer coisas que não cabem a mim. Desempenhar papéis que não são meus. Gosto de usar sutiã (rs) e gosto de me livrar deles no final do dia e relaxar.
Sinto prazer em cozinhar pra minha família algumas vezes. Adoro comer a comidinha do meu marido, gosto quando ele me surpreende com a louça lavada e a roupa molhada estendida na corda. Mas também gosto de lhe preparar o café e arrumar as roupas que o meu filho vai vestir.
Embora, a correria seja algo típico dessas últimas décadas, a informação vem para nós na velocidade da luz e as pessoas estão sempre com pressa, eu busco o meu equilíbrio. Busco o meio termo. Não me vejo nem de um lado nem do outro, mas admirava a minha avó cuidando de todos com o maior prazer do mundo.
beijinhos!

Lucia disse...

Hahaha, super engracado, mas nem morta eu gostaria de ter tido a vida de minhas antepassadas! Tenho pavor de depender de qq pessoa e esperar pelas coisas serem feitas. Se tivesse que ficar em casa sem fazer nada e completamente entediada, acho que estaria me metendo em encrencas o tempo todo, rsrs.

Bjos

Beth/Lilás disse...

Mila e Lucinha,
Sabe, também acho que não seria tão bom assim ficar só em casa, lavando, passando e cozinhando, mas reconheçam que aquela mulher que trabalha fora todos os dias, enfrenta reuniões, viaja pra lá e pra cá ou pega um batente pesado que não dá tempo nem pra ver a luz do dia e ainda quando chega em casa tem que dar atenção pra filho e marido, não é mole, não!
Tem que ser no meio termo, né Milinha!

beijos

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Flávia Fayet disse...

Já conhecia esse texto, é bem legal! Como o tempo voa ne? Não temos tempo para nada, antigamente parece q o tempo era mais devagar...
Tb to com tudo atrasado pro Natal, presentes nenhum ainda, cabelos sem pintar... Beijos

Fernanda disse...

Tem dias que eu me sinto exatamente assim, exausta e com vontade de ser dona de casa (que nao deixa de ser exaustivo, eu sei) rsrs. Nao sei nao quando eu tiver filhos...acho que vou ficar com doh de levar muito cedo pra day care (as creches daqui). Complicado, mas ao mesmo tempo, se eu fico muito tempo em casa eu enlouqueco.
Beijinhos!

Bia disse...

Oi Beth!
Conheço esse texto, recebi da minha mãe por email há uns meses atrás! Eu acho muito bom todos os direitos que a mulher conquistou ao longo de todas essas décadas, mas para ser bem honesta, as vezes é bom não ter que fazer nada!

bjos

Liza Souza disse...

Beth,
concordo com voce: tem que ser meio termo. Nao é bom ficar apenas dentro e casa, principalmente para mulheres que nao gostam de ser apenas dona de casa. Agora encarar um dia duro de trabalho, chegar a noite e ainda ter que cuidar de filhos, marido, casa (pq mesmo que se tenha uma ajudante vc tem que fazer muita coisa) é estressante. Sempre trabalhei fora e para falar a verdade nao tenho o menor dom para lavar, passar, arrumar. Porém estou aproveitando o maximo a minha fase de dona de casa e me dedicando muito ao meu filho nessa fase da infancia que acho essencial a presenca da mae. Agora vamos falar a verdade: mulher nenhuma tá satisfeita com nada, né? Que é dona de casa vive sonhando em trabalhar fora e quem trabalha fora sonha em ficar em casa. Vai entender!
Beijos

♕Miss Cíntia Arruda Leite ღ disse...

Esse texto é o maior barato, eu inclusive já postei, a parte que mais gosto é aquela " a vida era um grande curso de artesanato, medicina alternativa e culinária..." hahahaha que delícia!!

Sabe que muitas vezes penso nisso, e inclusive já falei com meu marido, queria ficar em casa, cuidando do lar, dos filhos, acredito que eu ía adorar.
O meu medo é não suportar, não ter uma renda, isso não sei se aguentaria, porque trabalho desde meus 13 anos, já me acostumei ser independente...

Mas valeu, esse texto é o maior barato!!

Ah retoquei minhas luzes e cortei a franja, tá lindinha!!

beijos

Dani dutch disse...

Mamys sempre que leio este texto, eu concordo com a autora e assino embaixo, pois ganhamos "liberdade" e em troca veio o dever de trabalhar fora, supermercado, filhos, filas imensas, engarrafamentos e além de tudo a auto-cobrança, seria muito melhor mesmo ficar em casa e ter mais qualidade de vida, poder ligar a televisão, sentar no sofá e ficar lá sem preocupação nenhuma ( coisa que não faço a seculos)
bjusss

Wilma disse...

Beth já conheci este texto e penso que já o postei no blog, MAS nunquinha gostaria de ser Amélia, trabalhar nos afazeres domésticos e ter alguém pra prover tudo que preciso, nem sei como deve ser isso, vi a experiência de minha mãe que todo dinheiro que tinha era provido por meu pai, e mais tarde ela fazia uns bicos justamente para ter alguns "luxinhos", não, não e não saberia esperar que alguém me passasse dinheiro para comprar tudo que preciso pra viver. Quem trabalha pode pagar uma secretária do lar e escolher fazer o que mais lhe agrada, e a Amélia q não tem opção? não há mais como retroceder. Penso que tem que ter o equilíbrio e sanidade, ninguém precisa se matar de trabalhar, ninguém precisa ser TOP em nada, tem é que ter opções, trabalhar ou não, usar sultiãn, espartilho ou não, nenhuma mulher precisa se escravizar nem pelo maior salário nem pelos trabalhos domésticos e Viva a liberdade de Escolha!!!

Wilma disse...

Ihhhh Beth fiquei empolgada com o texto, que não concordo, e esqueci de falar que detesto esses movimentos que parece que todo mundo faz tudo igual, como sempre fiz parte daquele grupo que não é padrão em nada, continuo aqui tentando não me estressar, para mim o Natal será daqui há tres meses, tô nem aí: difícil é fazer as pessoas próximas entenderem, e por essas eu tenho que fazer algum sacrifício, como comprar uma boneca pra minha sobrinha, quando não seria essa minha escolha, mas não dá pra se excluir totalmente do movimento coletivo e padrão, infelizmente, é mais fácil do que me fazer entender. E a vida continua, bela de qualquer jeito!!!

Mila Olive disse...

Então Beth,
Por isso que, quando o meu filho chegou, eu recusei várias propostas de emprego para poder me dedicar a acompanhar seu desenvolvimento. Também acho loucura trabalhar fora desse jeito, sem tempo nem pra cuspir. E muitas vezes não se ganha o suficiente para manter os filhos numa creche... e vamos combinar, que não é o ideal deixar a responsabilidade da educação dos filhos nas mãos de estranhos.
Buscar o meio termo é a melhor solução e é o que eu tenho feito diariamente.
Beijocas

Anônimo disse...

Adorei!

Silvia Masc disse...

É... e nem me perguntaram se eu queria queimar o meu sutiã... rs
A vida por aqui tb. anda uma correria só, eu ganhei de presente uma sogra, e quando digo presente, não é ironia não, ela veio se recuperar de um AVC, e a estou descobrindo como uma grande pessoa,já que antes não tínhamos contato, com o marido na Finlândia, ela tem sido uma ótima companhia, mesmo com a mudança da minha rotina que naturalmente aconteceu. Hoje entendo o porque te ter há 1 ano atrás ter me interessado pelos assuntos da 3a. idade, com conhecimento, tudo fica bem mais fácil.

beijo querida.

Elaine Gaspareto disse...

Beth,
O texto é um primor de realidade!
Eu gosto de trabalhar mas gosto de cuidar da casa. Sou bem um produto do século 20, isso sim: gosta de ser dona de casa mas sente a pressão para ser supre mulher.
Credo, quero não...
Beijos.

ML disse...

Eu não conhecia este texto, adorei!

Eu tenho crise com despertador também: vou apertando o snooze umas 10 vezes, que vergonha!

E o moço, quando está por aqui não se faz de rogado: "amor, pega isso, aquilo, onde está um pé do sapato, etc..."

Caramba, quantos anos estas "crianças" têm a vida inteira?

E ainda dizem que cuidar de cachorro dá trabalho!

bjnhs