Ahh, não sei vocês, mas tem dias que tenho vontade de sumir de cidade grande, de ir para um lugar tranquilinho, não ouvir buzinas nervosas nem ter que ficar dando voltas num trânsito complicado no bairro em que se mora. Ainda há pouco dei três voltas num mesmo lugar só para achar um lugarzinho para estacionar. Tudo cheio, gente demais nas ruas, cachorrinhos pelas coleiras, carrinhos de bebê aos montes, velhos aos montes também e atravessando fora das faixas, carros demais e motoqueiros que buzinam como se fossem aquele Papaléguas do desenho animado, lembram?! E tais motoqueiros, viraram 'praga' de cidade e não ficam no lugar onde deveriam, como os carros uns atrás dos outros. Não! Eles passam entre os carros com aquela buzininha pi-pi, irritantes! E os espigões crescendo e a cada dia uma linda casa com terreno e jardim vão ao chão à marteladas para dar lugar à especulação imobiliária ferrenha.
Ahh, queria tanto uma colina, um cachorro véio e viver de brisa como já dizia o poeta!
Vamos viver no Nordeste, Anarina.
Deixarei aqui meus amigos, meus livros, minhas riquezas, minha vergonha.
Deixarás aqui tua filha, tua avó, teu marido, teu amante.
Aqui faz muito calor.
No Nordeste faz calor também.
Mas lá tem brisa:
Vamos viver de brisa, Anarina.
Manuel Bandeira
(1886-1968)
14 comentários:
Ai Beth, aqui é do mesmo jeito. Tanto carro, tanta moto, tanta gente.
Tem dias que isso deixa a gente tão cansado.
Beijos
Pois é minha amiga!!! Loucura louca, como dizia um amigo meu. Mas a gente sobrevive.
Tive um professor de Reiki e etc. que me dizia assim: "Fácil é meditar na montanha com tudo tranquilo e calmo ao redor. Porém, o desafio real é fazermos o mesmo nos grandes centros. Quem consegue meditar mediante a este caos urbano, pode bater no peito e dizer que conseguiu uma grande façanha!".
Tem razão. O desafio é este!!! Inspira, prende, conta até cinco, expira, prende, conta até cinco... O oxigênio é um bom aliado nos momentos de pico de estresse.
A gente já está tão acostumado a estar estressado que se você perguntar a si mesma: "Por que estou acelerada, estressada, ansiosa?", não vai conseguir dar uma resposta única, específica.
É o estresse urbano... esse emaranhado de pequenos conflitos diários que acontecem a todo tempo em nossa volta.
Ultimamente, quando pego trânsito e vejo gente fazendo caquinha (tanto pedestres quanto motoristas) eu penso: "Ei legal, mais tempo para relaxar, tirar o pé do acelerador, e continuar ouvindo a minha música preferida!". Fazer o que se ainda não inventaram carros alados??? rsrsrsrs.
beijos grandes!
Beth, sinto tanta falta de cidade grande, do agito, de nao precisar dirigir por horas pra encontrar a "civilizacao"...mas ao mesmo tempo, depois de 3 anos morando no "mato", me acostumei a tranquilidade....mas quando penso bem: noooooo! Eu quero voltar a cidade grande hahaha!
Ah, viver de brisa deve ser tudo de bom. Mas só uma brisinha mesmo. De leve. Não gosto de "muvuca" mas não aceito a paradeira de uma cidadezinha do interior, bem interior mesmo.Tudo tem que ter um meio termo.
Oi Gente!
Claro, este é umpensamento radical! Não é bem isso, viver numa cidadezinha esquecida do mundo, mas quem sabe num lugar gostoso, a poucos quilômetros de uma grande cidade, que tivesse o mar e a montanha ou um lago!
E ter uma pousada?! Era tudo o que eu queria!
Já vi gente que largou tudo e foi fazer a vida assim, menos estressante, com os pés descalços, conversar com os pescadores pela manhã, comprar o peixe do almoço e viver com o necessário.
Chiiiiiiiii, tô surtando, gente! kkkkkk Não reparem, de vez emquando tenho umas dessas! kkkkkkkkkkkkk
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Queridoca,
sabe que eu adoro o meu país ne? e sabe o quanto eu posso ser feliz ai ne? mas sabe que todo santo dia, todo santo dia eu agradeço o fato de nao ter as tais motos zanzando com aquele barulho. Eu agradeço pelos carros pararem para eu atravessar a pe com meu filho, andando a 10 por hora.. ou eu de bicicleta.
Eu tambem agradeço não ter gente que desrespeita a hora de atravessar o transito e corre perigo... e eu detesto essa canseira que a cidade gigante e desorganizada como sao paulo me dava.
O meu problema e que nesse sentido do seu texto, minha cara, eu ando vivendo de brisa... e e tao dificil ver que uma vez deixado minha ilha tudo voltara ao que era antes... o lado bom e o lado bem ruim tambem...
uiuuiui.. beijos
Ihhhh Beth eu já fiz esta opção. Larguei o caos diário e vim pro mato literalmente, há um ano e meio quando cheguei, havia dias que eu não via uma pessoa sequer passando na rua, só os poucos moradores, agora é difícil não ver alguém estranho por aqui, tenho a impressão que muita gente está saindo da cidade e vindo pra cá. Lá no Centro da Cidade está difícil estacionar, não era assim. Porém não me vejo mais morando em apto nem em cidade grande, só a passeio raramente.
Beth, vida de cidade grande tem suas vantagens, mas essa desvantagem monstruosa do estresse. Eu pensava, quando mais mocinha, em mudar de Natal para uma cidade maior, vida mais agitada, mais opcões de lazer e cultura, algo mais urbano, São Paulo por exemplo, mas depois de um tempo vi que queria mesmo era uma casa no campo, morar em um lugarzinho pequeno, sem poluicão, sem barulho, sem tanto estresse.
Aqui é quase isso, não temos casa no campo, mas temos campo por todo lado em volta. Quando vim pra cá minha família e amigos achavam que eu não ia me adaptar, não sabiam que já tinha sido uma escolha.
Mas em Petrópolis acredito você tem muito sossego.
Bom final de semana!
Quem nao sonha em viver de brisa nem que seja por alguns instantes?
Feliz dia das maes!!!
Um beijo grande
todo mundo pensa assim em alguma fase de sua vida.
Ou pensa sempre...rs
Eu também queria uma vida menos agitada.Comer sentindo o gosto da comida, acordar e perceber o sol, molhar na chuva, andar sem pressa, ouvir e saborear uma boa musica...
ahhhhnnn
Ai que lindo isso!
Eu vivo numa cidade pequena, mas como é uma cidade turística a gente sofre isso, na temporada de verão. Eu fico implorando pelo meu "inverno" de novo!
Adorei o blog, vou voltar mais, obrigada ple visita! Bjs e bom final desemana!
Eu notei isso quando fui visitar minha cidade querida dessa ultima vez. Quando morava ai, ela nao era tao cheia assim, nao tinha tanto transito louco, nem muitas motos.
Fui no Zagatti com Zeze e Marcus numa das noites que estava ai e resolvemos sentar la fora, e mal dava pra conversar de tanto que o pessoalzinho passando ali de carro, ficavam buzinando. Ate comecei a achar ruim e ficar irritada!!!
Concordo contigo: prefiro um lugar mais sossegado e amo onde moro por isso. E' tranquilo, temos o parque e o lago aqui do lado, acordamos com o barulho da Natureza e nao com o do ser humano. E ainda por cima, e' so entrar no carro e dirigir entre 10 a 20 minutos (dependendo do lugar) que voce chega a lugares mais movimentados, inclusive o centro da cidade. Nao trocaria onde moro por nada (e quando nos mudar, quero achar um lugar parecido).
Minhas irmas sao loucas, pois gostam sim desse movimento e barulho que descreveu. E moram bem no meio disso. Semana passada que fiquei com o Peanut la no ape delas, quase me deixou louca, pois voce inclusive ouve tb ate os visinhos. Nao e' pra mim! rs
bjos
Nada melhor do que um ventinho gelado no final da tarde - na verdade, se aparecer pela manhã melhor ainda!
Amo lenços, agasalhos, botas, meias, pijaminhas e cobertor.
bjnhs
Beth,
Viver de brisa deve ser muito bom, mas acho que não por muito tempo.
Agora, que as cidades grandes estão ficando cada vez mais caóticas, estão mesmo.
Também acho um stress as motos em penca, passando entre os carros.
Beijos
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