.....................................................................................................................................................................Porque não só vives no mundo, mas o mundo vive em ti. .....................................................................................................

quinta-feira, 21 de maio de 2009

Abrindo as portas da memória


(foto de Ampersand)



Vocês conhecem aquela brincadeira de dar continuidade a uma estória e cada um vai colocando a sua parte e assim formando uma estória completa?
Pode ser um conto de memórias, aquelas que temos guardadas de bons tempos como as que falei no post abaixo.
Então, vamos lá, eu começo o conto e cada um vai colocando a continuidade nos comentários abaixo, podem usar suas próprias vivências da infância ou da juventude.


_

E lá estava eu a contemplar entretida as bolhinhas de sabão multicores que subiam no ar e estouravam por qualquer coisinha. Frágeis como a vida daquele menino que soprava num canudinho e ria ao mesmo tempo em vê-las levitando na frente do seu nariz. Eu também sorria e me lembrava dos dias, em que brincadeiras como esta, simples e criativa, me faziam passar o tempo e achar que a vida era como uma bolinha de sabão, brilhante, leve e divertida.
Naqueles tempos, as brincadeiras eram entremeadas com as lições de casa que minha mãe observava de longe, sempre atenta às minhas dispersões com alguma coisa que estivesse ao alcance das minhas mãos ou dos olhos e que me fariam tirar a atenção do caderno.
Os dias eram longos, mornos e ensolarados. Tempestades só mesmo nos verões abrasadores e sem ar condicionado, aquilo sim era verão!

(agora é com vocês)




(Milena continuou)

... Diante daquela cena, me reconectei aos verões da minha vida.
Ah! Se eu pudesse revivê-los só mais uma vez!
Se eu pudesse assistir novamente o sol se pôr naquele fim tarde cheio de promessas de amor!
Noite anunciando estrelas... uma aqui, outra ali num desvendar ofuscante de mistérios... Lua crescente no horizonte.
Meu caminhar solitário despertava canções.
Minha mente bailava em um canto lírico.
Meus olhos curiosos contemplavam a transformação dos tons de azul no céu.
Chega um momento em que dia e noite se confundem... se unem... se tornam um, como dois corpos invisíveis desfrutando o gozo do amor em frações de segundos que duram uma pequena eternidade.
As noites de verão são deliciosas de se dedilhar. São noites mágicas de canções próprias.
Agora compreendo o canto intenso e passional das cigarras ao anunciarem os raios de sol vindouros!

E o menino franzino continuava ali, sentado na calçada da pracinha, brincando com suas bolhinhas de sabão...
Na minha contemplação compreendi que ele sorria não apenas admirado pela leveza das bolhas, ele enxergava além. Em sua inocência e olhos acostumados com o fantástico, ele imaginava que em cada uma delas habitava uma fada de asas azuis...

(ML continua)

Cada uma dessas fadas de asas azuis, representadas por 1 bolhinha de sabão, encarnava um de seus entes querido, tocáveis ou não, mas sempre presentes.
Eram seus anjinhos da guarda.
Suas caras eram velhas e novas, mas sempre boas e queridas conhecidas.
Caras de avós, de netos, de cachorros (chame de focinho se quiser), emfim, de quem faz alguém se sentir bem...

(Dani continua)

....Essa fadinha de asas azuis, era a mesma dos seus sonhos, todas as noites enquanto todos na casa dormiam, somente ele poderia vê-la e ouvi-la em seus sonhos, era sua melhor amiga.
E todos os dias eles tinham um encontro marcado; com ela, ele voava sobre as nuvens, ouvia claramente o canto dos pássaros, sentia em suas mãos a água limpida e pura daquela cachoeira mágica.
Aquele mundinho em que ela vivia, o fazia renascer a cada manhã e com perspectivas cada vez maiores, em transformar sua geração, na geração do perdão, do amor e da plena vida.
Com seus pensamentos, embora distantes, continuava o menino, alí com suas bolinhas de sabão....

(Ciça continua)

E a fada azul era eu... e aquele menino sentado na calcada brincando com a bolha de sabão era meu filho, naquela doce idade onde as criancas acreditam que suas maes sao fadas ou ainda mais doces e lindas do que as fadas.

Meu coracao se aqueceu e eu fiquei imaginando os veroes futuros... quantos ainda se passariam até ser ele alí naquela paca a admirar seu filho admirando a leveza das bolhas de sabao?

(Heloísa continua)

"E essas fadas faziam parte da sua vida. Com elas, brincava, criava, sonhava e jamais imaginava que um dia esse sonho terminasse. As bolinhas, na sua fragilidade, podiam estourar, mas as fadas ali estavam para fazer parte de outras bolinhas, para permanecer com ele, e para manter seus sonhos".

(Lu Souza continua)

Estas fadas acalentavam os seus sonhos de um dia ver toda a sua familia unida novamente. Enquanto soltava as bolhinhas de sabão, ele imaginava como era doce o tempo em que podia conviver com seu pai e sua mãe, dando-lhe carinho, instrução, muitas broncas por tudo que ele aprontava. Sim, porque era um garoto bom, mas adorava aventuras. Sorria ao lembrar-se do dia que, contrariando a mãe, seguiu escondido, os seus irmãos mais velhos até a beira de um rio que não ficava muito longe de sua casa.
Por pouco não morreu afogado, pois, foi atrás do irmão que começava a nadar, não se importando com o fato de que ele (o irmão) era um tanto mais alto e achando que "daria pé", foi até ele. Começou entrar em desespero quando se viu afogando e descendo o rio, pois tinha correnteza. Por ironia do destino, seu irmão nao sabia nadar também, e só ia até onde conseguia manter-se de pé.
Naquele momento, mesmo em sua inocência e poucos anos de vida, pediu a Deus que enviasse um anjo, uma fada, alguém para lhe salvar.
E ela apareceu...uma moça simpática que lavava roupa na beira do rio, vendo aquele bando de crianças desesperadas pedindo socorro enquanto uma outra se afogava, nadou ate puxá-lo pelo cabelo e resgatou para a margem.
As fadas, pensa ele olhando as bolhinhas, nem sempre são como as dos contos. São pessoas boas que aparecem na hora que mais precisamos.
Neste momento, sua familia está despedaçada, com pai e mãe agredindo-se e disputando a sua guarda. Ele imagina que um fada aparecerá para resolver isso, porque o que mais quer, são os pais juntos novamente...

(Lucia Soares continua)

Meus dias de verão ensolarado foram muitos. Agora, olhando o menino que se divertia soprando as bolhas de sabão, seguia uma e outra, na sua subida no ar, antes de se explodir. Cada uma tinha um colorido, conforme minhas lembranças. Uma cor de rosa, como foi a minha infância e como deviam ser todas as infâncias. Outra azul, como o mar calmo que sempre busco em meus sonhos. Mais uma, esta verdinha, da esperança que tive de que sempre minha vida fluisse leve pelos ares, mas não frágil como a bolinha de sabão. Uma escurinha, meio negra, ah! não...é apenas o reflexo do asfalto. Agora ela subiu mais e está branca, refletindo as nuvens. Ou me dando uma nova chance de reescrever a minha história..

(Rui continua)

Lá estava meu irmão,mais novo seis anos que eu,maravilhdo com bolinhas que saíam daquele bocado de cana.
Sentado na minha bicicleta,pasta da escola pronta,esperava o meu vizinho Vitó a quem ia dar boleia para a Escola.
Nesse dia,mapa à frente,estivemos a aprender a existência dos diversos países do planeta,suas capitais,suas principais riquezas e hábitos dos seus povos.
Tal como as bolinhas de sabão,a nossa também foi uma "viagem" maravilhosa
...

(BarbieGirl continua)

E ele começou a pensar e amadurecer suas idéias, sempre com o olhar de esperança de um mundo melhor, onde aja sempre amor, luz, fé em Deus e que na realidade existem fadas e existem anjos, que são pessoas diferentes de nós, pessoas de outros lugares, outras estações mas que possuem uma semelhança, um coração puro, dócil e disposta a ajudar um menino, uma menina, ajudar, somente ajudar!
Ele queria a noite, mas ainda era cedo, porque quem sabe a fada amiga apareceria e o ajudava, mas falta muito até o anoitecer.
Resolveu voltor a pracinha, e começou a assoprar novas bolinhas, mas reparou melhor, via que elas íam de acordo com o vento, umas estoravam, outras simplesmente sumiam, bolinhas de pai e mãe, nem sempre ía na mesma direção, mas era preciso, só assim, talvez, eles se sentiriam felizes, pode ser que um dia houve amor, pode ser que não, mas deles tem um fruto e esse fruto era ele, aquilo os unia para sempre e o amor com o menino não ía mudar, porque hoje eles não querem mais ficar juntos.
E ele, assoprou mais bolinhas, umas maiores, outras menores, outras que nem formadas, já sumia...
Bolinhas numa tardinha de sol, tempo fresquinho, ares de esperança.
Naquela cena, posso me emocionar e lembrar de minha vida também, o menino vai crescer, estudar, formar família e desejamos que seja para sempre, mas nem sempre é possível.
A vida nos prega peça, mas muitas dessas peças, somos nós os culpados e gente precisa viver, precisa continuar, a vida não vai parar para que a gente conserte nossos problemas, é preciso levantar, erguer a cabeça, seguir em frente, pode ser que no caminho, alguém precise de nós.
E ele viu, que ama seus pais, que são duas pessoas, que quer vê-los felizes, juntos ou separados e que não podemos viver com alguém sem amor, ou porque é a vontade dele.

(Barbrinha continuou)

E o menino continua pulando atras das bolinhas de sabao, esticava as maozinhas para poder alcanca-las. A cada bolinha que estourava, ele vibrava, uma pequena parte do liquido caia em seus olhinhos, que mesmo ardendo sorriam.
Ele usava um macacao jeans e em cada bolso havia figurinhas, balas, moedas e pedacinhos de linha. No bolso que ficava entre seu peito tinha lugar para um passarinho que ele havia adotado como seu melhor amigo.
Eu assistia a tudo sentanda naquele banco da pracinha, via aquele menininho pulando, pulando, correndo e se divertindo.
Minhas lagrimas estavam prestes a cair, eu sabia que ele era meu filhinho que ainda habita em meu ventre e que logo mais estara aqui conosco, pulando, pulando, pulando e fazendo de nossas vidas uma alegria sem fim.
Fazia forca para nao acordar daquele sonho, queria ver seu rostinho mais uma vez, mas o despertador tocou e eu despertei.
Despertei naquela manha de verao e sentindo que o dia seria lindo, e a cada fechar de olhos via o meu menino pulando e suas bolinhas voando naquele ceu azul que acabara de nascer.

(Ro Costa continuou)

E foi nunca esquecendo desses momentos infantis e inocentes que os repeti com minha... o que me fez entender e compreender o que Milton Nascimento quis dizer com essa música:

Há um menino
Há um moleque
Morando sempre no meu coração
Toda vez que o adulto balança
Ele vem pra me dar a mão

Há um passado no meu presente
Um sol bem quente lá no meu quintal
Toda vez que a bruxa me assombra
O menino me dá a mão

E me fala de coisas bonitas
Que eu acredito
Que não deixarão de existir
Amizade, palavra, respeito
Caráter, bondade alegria e amor
Pois não posso
Não devo
Não quero
Viver como toda essa gente
Insiste em viver
E não posso aceitar sossegado
Qualquer sacanagem ser coisa normal

Bola de meia, bola de gude
O solidário não quer solidão
Toda vez que a tristeza me alcança
O menino me dá a mão
Há um menino
Há um moleque
Morando sempre no meu coração
Toda vez que o adulto fraqueja
Ele vem pra me dar a mão...' (Bola de meia, Bola de gude)



23 comentários:

Unknown disse...

... Diante daquela cena, me reconectei aos verões da minha vida.
Ah! Se eu pudesse revivê-los só mais uma vez!
Se eu pudesse assistir novamente o sol se pôr naquele fim tarde cheio de promessas de amor!
Noite anunciando estrelas... uma aqui, outra ali num desvendar ofuscante de mistérios... Lua crescente no horizonte.
Meu caminhar solitário despertava canções.
Minha mente bailava em um canto lírico.
Meus olhos curiosos contemplavam a transformação dos tons de azul no céu.
Chega um momento em que dia e noite se confundem... se unem... se tornam um, como dois corpos invisíveis desfrutando o gozo do amor em frações de segundos que duram uma pequena eternidade.
As noites de verão são deliciosas de se dedilhar. São noites mágicas de canções próprias.
Agora compreendo o canto intenso e passional das cigarras ao anunciarem os raios de sol vindouros!

E o menino franzino continuava ali, sentado na calçada da pracinha, brincando com suas bolhinhas de sabão...
Na minha contemplação compreendi que ele sorria não apenas admirado pela leveza das bolhas, ele enxergava além. Em sua inocência e olhos acostumados com o fantástico, ele imaginava que em cada uma delas habitava uma fada de asas azuis...

Lucia disse...

Eu vou ser expectadora (existe essa palavra?) Ultimamente estou ate mesmo meio sem cabeca pra postar algo substancial no meu cantinho, como ja deve ter reparado, rs. bjos mil.

Unknown disse...

Para Lucia:

E mesmo todo e qualquer devaneio transformado em palavras necessita de expectadores... São os que atribuem graça a continuidade, os que desprendem energia ao visualizarem acontecimentos que deixam de pertencer apenas ao escritor...
Palavras que partem de um e ganham o todo...
Palavras que levitam como as bolhinhas de sabão do menino esguio...

ML disse...

Cada uma dessas fadas de asas azuis, representadas por 1 bolhinha de sabão, encarnava um de seus entes querido, tocáveis ou não, mas sempre presentes.
Eram seus anjinhos da guarda.
Suas caras eram velhas e novas, mas sempre boas e queridas conhecidas.
Caras de avós, de netos, de cachorros (chame de focinho se quiser), emfim, de quem faz alguém se sentir bem...

ML disse...

Lasquei sua idéia (maravilhosa)no meu blog.

Espero que aprove...

bjnhs

Meire disse...

To como a Lucia Cintra, serei apenas leitora deste conto...
Bjs
Meire

Luciana disse...

Beth, acho que vou fazer como Lucia, ficar lendo, pelo menos por enquanto, também estou meio sem inspiracão para escrever, mas a vontade de escrever vai e volta, quem sabe ainda não pego o ritmo do post.
Beijo

Dani dutch disse...

....Essa fadinha de asas azuis, era a mesma dos seus sonhos, todas as noites enquanto todos na casa dormiam, somente ele poderia vê-la e ouvi-la em seus sonhos, era sua melhor amiga.
E todos os dias eles tinham um encontro marcado; com ela, ele voava sobre as nuvens, ouvia claramente o canto dos pássaros, sentia em suas mãos a água limpida e pura daquela cachoeira mágica.
Aquele mundinho em que ela vivia, o fazia renascer a cada manhã e com perspectivas cada vez maiores, em transformar sua geração, na geração do perdão, do amor e da plena vida.
Com seus pensamentos, embora distantes, continuava o menino, alí com suas bolinhas de sabão.....

Dani dutch disse...

Beth, tentei enviar minha continuação duas vezes, você recebeu
Bjusss

Ciça Donner disse...

E a fada azul era eu... e aquele menino sentado na calcada brincando com a bolha de sabão era meu filho, naquela doce idade onde as criancas acreditam que suas maes sao fadas ou ainda mais doces e lindas do que as fadas.

Meu coracao se aqueceu e eu fiquei imaginando os veroes futuros... quantos ainda se passariam até ser ele alí naquela paca a admirar seu filho admirando a leveza das bolhas de sabao?

Heloísa Sérvulo da Cunha disse...

Beth,
Uma pequena colaboração:

"E essas fadas faziam parte da sua vida. Com elas, brincava, criava, sonhava e jamais imaginava que um dia esse sonho terminasse. As bolinhas, na sua fragilidade, podiam estourar, mas as fadas ali estavam para fazer parte de outras bolinhas, para permanecer com ele, e para manter seus sonhos".

Beijos

Lu Souza disse...

Estas fadas acalentavam os seus sonhos de um dia ver toda a sua familia unida novamente. Enquanto soltava as bolhinhas de sabão, ele imaginava como era doce o tempo em que podia conviver com seu pai e sua mãe, dando-lhe carinho, instrução, muitas broncas por tudo que ele aprontava. Sim, porque era um garoto bom, mas adorava aventuras. Sorria ao lembrar-se do dia que, contrariando a mãe, seguiu escondido, os seus irmãos mais velhos até a beira de um rio que não ficava muito longe de sua casa.
Por pouco não morreu afogado, pois, foi atrás do irmão que começava a nadar, não se importando com o fato de que ele (o irmão) era um tanto mais alto e achando que "daria pé", foi até ele. Começou entrar em desespero quando se viu afogando e descendo o rio, pois tinha correnteza. Por ironia do destino, seu irmão nao sabia nadar também, e só ia até onde conseguia manter-se de pé.
Naquele momento, mesmo em sua inocência e poucos anos de vida, pediu a Deus que enviasse um anjo, uma fada, alguém para lhe salvar.
E ela apareceu...uma moça simpática que lavava roupa na beira do rio, vendo aquele bando de crianças desesperadas pedindo socorro enquanto uma outra se afogava, nadou ate puxá-lo pelo cabelo e resgatou para a margem.
As fadas, pensa ele olhando as bolhinhas, nem sempre são como as dos contos. São pessoas boas que aparecem na hora que mais precisamos.
Neste momento, sua familia está despedaçada, com pai e mãe agredindo-se e disputando a sua guarda. Ele imagina que um fada aparecerá para resolver isso, porque o que mais quer, são os pais juntos novamente...

aminhapele disse...

...
Lá estava meu irmão,mais novo seis anos que eu,maravilhdo com bolinhas que saíam daquele bocado de cana.
Sentado na minha bicicleta,pasta da escola pronta,esperava o meu vizinho Vitó a quem ia dar boleia para a Escola.
Nesse dia,mapa à frente,estivemos a aprender a existência dos diversos países do planeta,suas capitais,suas principais riquezas e hábitos dos seus povos.
Tal como as bolinhas de sabão,a nossa também foi uma "viagem" maravilhosa
...

Lúcia Soares disse...

Uau!Vai ficar uma história muito "doida", Beth! Cada um "viaja" como quer. Uns na alegria, outros no drama, outros ainda na expectativa de um final feliz. Vamos lá:
"Meus dias de verão ensolarado foram muitos. Agora, olhando o menino que se divertia soprando as bolhas de sabão, seguia uma e outra, na sua subida no ar, antes de se explodir. Cada uma tinha um colorido, conforme minhas lembranças. Uma cor de rosa, como foi a minha infância e como deviam ser todas as infâncias. Outra azul, como o mar calmo que sempre busco em meus sonhos. Mais uma, esta verdinha, da esperança que tive de que sempre minha vida fluisse leve pelos ares, mas não frágil como a bolinha de sabão. Uma escurinha, meio negra, ah! não...é apenas o reflexo do asfalto. Agora ela subiu mais e está branca, refletindo as nuvens. Ou me dando uma nova chance de reescrever a minha história..."
(não falei que ia ser um "samba do criolo doido"? Taí...

♕Miss Cíntia Arruda Leite ღ disse...

E ele começou a pensar e amadurecer suas idéias, sempre com o olhar de esperança de um mundo melhor, onde aja sempre amor, luz, fé em Deus e que na realidade existem fadas e existem anjos, que são pessoas diferentes de nós, pessoas de outros lugares, outras estações mas que possuem uma semelhança, um coração puro, dócil e disposta a ajudar um menino, uma menina, ajudar, somente ajudar!
Ele queria a noite, mas ainda era cedo, porque quem sabe a fada amiga apareceria e o ajudava, mas falta muito até o anoitecer.
Resolveu voltor a pracinha, e começou a assoprar novas bolinhas, mas reparou melhor, via que elas íam de acordo com o vento, umas estoravam, outras simplesmente sumiam, bolinhas de pai e mãe, nem sempre ía na mesma direção, mas era preciso, só assim, talvez, eles se sentiriam felizes, pode ser que um dia houve amor, pode ser que não, mas deles tem um fruto e esse fruto era ele, aquilo os unia para sempre e o amor com o menino não ía mudar, porque hoje eles não querem mais ficar juntos.
E ele, assoprou mais bolinhas, umas maiores, outras menores, outras que nem formadas, já sumia...
Bolinhas numa tardinha de sol, tempo fresquinho, ares de esperança.
Naquela cena, posso me emocionar e lembrar de minha vida também, o menino vai crescer, estudar, formar família e desejamos que seja para sempre, mas nem sempre é possível.
A vida nos prega peça, mas muitas dessas peças, somos nós os culpados e gente precisa viver, precisa continuar, a vida não vai parar para que a gente conserte nossos problemas, é preciso levantar, erguer a cabeça, seguir em frente, pode ser que no caminho, alguém precise de nós.
E ele viu, que ama seus pais, que são duas pessoas, que quer vê-los felizes, juntos ou separados e que não podemos viver com alguém sem amor, ou porque é a vontade dele.

rocosta disse...

E foi nunca esquecendo desses momentos infantis e inocentes que os repeti com minha... o que me fez entender e compreender o que Milton Nascimento quis dizer com essa música:

Há um menino
Há um moleque
Morando sempre no meu coração
Toda vez que o adulto balança
Ele vem pra me dar a mão

Há um passado no meu presente
Um sol bem quente lá no meu quintal
Toda vez que a bruxa me assombra
O menino me dá a mão

E me fala de coisas bonitas
Que eu acredito
Que não deixarão de existir
Amizade, palavra, respeito
Caráter, bondade alegria e amor
Pois não posso
Não devo
Não quero
Viver como toda essa gente
Insiste em viver
E não posso aceitar sossegado
Qualquer sacanagem ser coisa normal

Bola de meia, bola de gude
O solidário não quer solidão
Toda vez que a tristeza me alcança
O menino me dá a mão
Há um menino
Há um moleque
Morando sempre no meu coração
Toda vez que o adulto fraqueja
Ele vem pra me dar a mão...' (Bola de meia, Bola de gude)

Anônimo disse...

E o menino continua pulando atras das bolinhas de sabao, esticava as maozinhas para poder alcanca-las. A cada bolinha que estourava, ele vibrava, uma pequena parte do liquido caia em seus olhinhos, que mesmo ardendo sorriam.
Ele usava um macacao jeans e em cada bolso havia figurinhas, balas, moedas e pedacinhos de linha. No bolso que ficava entre seu peito tinha lugar para um passarinho que ele havia adotado como seu melhor amigo.
Eu assistia a tudo sentanda naquele banco da pracinha, via aquele menininho pulando, pulando, correndo e se divertindo.
Minhas lagrimas estavam prestes a cair, eu sabia que ele era meu filhinho que ainda habita em meu ventre e que logo mais estara aqui conosco, pulando, pulando, pulando e fazendo de nossas vidas uma alegria sem fim.
Fazia forca para nao acordar daquele sonho, queria ver seu rostinho mais uma vez, mas o despertador tocou e eu despertei.
Despertei naquela manha de verao e sentindo que o dia seria lindo, e a cada fechar de olhos via o meu menino pulando e suas bolinhas voando naquele ceu azul que acabara de nascer.

ML disse...

Ficou ótimo!

bjnhs

aminhapele disse...

Acho que é uma bela ideia,Beth.
Parabens.
Um abraço.

Anny disse...

Bolinhas de sabão me lembram a casa da minha avó. Não tinhamos canudos para soprar as bolinhas de sabão.
Então usávamos cabo da folha de mamão...
E talvez pela criatividade e pelo tempo de ser criança, nunca mais vi bolas tão coloridas...

Flávia Fayet disse...

Ah agora q vim colocar minha história, a história já ta pronta... Snif... Bolinhas de sabão fazem parte do meu dia a dia, o Bernardo adoraaaa e a minha mãe também! Hehehe Quando eu morava em Porto Alegre e ela ia me visitar comprava aqueles brinquedinhos de fazer as bolinhas e ficava na janela do apartamento fazendo... Parecia uma criança! Ela diziz q gostava de ver as bolinhas indo em direção às nuvens... Agora é ela e o Be fazendo...

Wilma disse...

Ah!! que boa idéia!! lá pelas madrugas vou ler tudinho, agora as tarefas do lar me chamam, hahaaa coisa chata!!! IRQ!! Bom final de semana!!!

Anônimo disse...

eu sem inspiracao....
escritora nata!! mas com a cabeca tendo uma crise de meia idade...
sera que isso exite mesmo??
ontem tava tudo bem... saimos, jantamos...
hoje...
...acordei pensando na vida....
ai ai....