.....................................................................................................................................................................Porque não só vives no mundo, mas o mundo vive em ti. .....................................................................................................

quinta-feira, 29 de janeiro de 2009

No escurinho do cinema-boas lembranças



Cinema é uma arte que me fascina, me transporta para outros mundos, e se pudesse iria toda a semana.

E à propósito de ir mesmo que sozinha ao cinema, gostaria de realçar um comentário feito pela Ana no post abaixo, onde expressa que muitas vezes ela também já fez isso e que pode ser visto como uma 'necessidade em estar sozinha consigo mesma', fazer aquilo que gostaria, sem se preocupar se o outro quer ou não fazer junto, ou seja, muitas vezes nosso companheiro, filho ou amigo nos acompanha pelo simples fato de nos acompanhar e não por ser aquilo que ele gostaria de fazer. Como é o caso de filmes b
rasileiros que meu marido não gosta, aí pode até ir comigo, mas não curte.

A Luciana também deixou um comentário interessante, '
Sozinha a gente vai pelos caminhos que a gente escolhe'. Muito bem dito e complementa o que falei anteriormente.

Portanto, hoje em dia é prá lá de normal encontrar ou ver mulheres sozinhas em cinemas ou exposições, viajando ou fazendo qualquer coisa que lhes dê prazer, ou até algo trivial como, ir ao cinema à tarde, por exemplo. A maturidade me ensinou coisas boas e belas e tenho me sentido segura para fazer certas atividades sozinha, em minha própria companhia.

Bem, o que quero mesmo é voltar a falar sobre cinema que é coisa que adoro e me atrai desde pequena, quando minha mãe levava a mim e minha irmã às matinês de domingo para assistir filmes do Elvis Presley e que a gente até dançava com os pés debaixo das cadeiras de tão vibrantes que eram aqueles musicais. Eu adorava, mas acho que quem adorava mesmo era minha mãe - o Elvis, claro! Depois fomos muitas outras vezes assistir filmes do Wal Disney, onde um indefeso Bambi me levava às lágrimas e a Cinderela povoava minha cabecinha por dias, relembrando os ratinhos segurando aquela cauda enoooooorme do vestido de baile da mocinha.

Na adolescência vi meu primeiro filme sério e longo. Fomos com meu pai, na época da Semana Santa, assistir aos '10 Mandamentos' com Charlton Heston (Moisés) e Yul Bryner (Ramsés II).
Fiquei dias pensando sobre aqueles efeitos especiais, que na época eram fantásticos, em que o mar abria para o povo de Israel passar e fechava depois sobre os soldados do faraó.
Ah, me apaixonei pelo careca Yul Bryner e só vivia pensando nele. Foi o primeiro careca de minha vida. rssss


Vi, também, muitos filmes na adolescência do engraçadíssimo Jerry Lewis e seu companheiro Dean Martin. Eram filmes que a família inteira ia e se divertia muito, nada de apimentado, apenas besteirol completo. E as caras que o sujeito fazia, lembra muito o atual Jim Carrey e era a alegria da galera naqueles tempos.

Depois, houve um tempo não muito atrativo, pois o cinema brasileiro só mostrava chanchadas e pornografia, sem contar que o som e a imagem eram terríveis e não conseguiam encher as salas de cinema.

Na verdade eram salões, enoooooooormes. Para se chegar aos lugares livres, tinha um homem com uma lanterna na mão que nos guiava até os locais e era chamado de 'lanterninha'. E antes do filme começar, tinha o famoso Canal-100, que sempre apresentava um resumo dos acontecimentos importantes da semana. O ponto alto era a apresentação dos times de futebol e seus atletas. A musiquinha era incrível e todo mundo vibrava quando o slogan do futebol aparecia na tela, acompanhado da trilha sonora marcante - "Que bonito é..."
Os chutes, pareciam reais, já que os cinegrafistas faziam suas tomadas deitados no campo.

Não existia essa rede chamada Cinemark que modernizou as salas, mas encolheu os espaços. Os cinemas do Rio eram muitos e lindos, alguns até com cafeteria e coisinhas gostosas, mas a turma do meu tempo gostava mesmo era do drops Dulcora de hortelã e os saquinhos de pipoca eram mais modestos, diferentemente de hoje em dia em que uma criança entra com um copázio de refrigerante e um balde de pipoca que pode ser degustado em três sessões. Aliás, percebi que criança com menos de 12 anos entra tranquilamente para assistir qualquer coisa, desde que acompnhados pelos pais. Esquisito, isso!
Outros tempos, mas acho também legal. Só não gosto de ver a quantidade de pipocas caídas entre uma sala e outra de projeção. As pessoas compram seu balde, cheio até a boca, e enquanto se encaminham para a sala, vão deixando pipoquinhas pelo caminho. Fico imaginando se não tem baratas ou ratos nesses lugares! Uia!

Bem, mas deixando prá lá as baratinhas, voltemos no tempo, já na minha juventude, quando uma amiga que estudava História da Arte me convidava a conhecer filmes incríveis como os de Buñuel, Ingmar Bergman e Woody Allen. Metidas à intelectuais, lá íamos nós todos os sábados ou domingos pros cinemas da Tijuca, na Praça Saens Peña, onde tinha cinema colado um no outro. Podíamos dar uma voltinha na praça e escolher o filme, ou víamos um e depois íamos para outro. Morangos Silvestres, Gritos e Sussurros, Noivo Neurótico, Noiva Nervosa; Sonhos Eróticos numa Noite de Verão, Belle de Jour e tantos outros que me encantaram e despertaram de vez a minha admiração por esta arte.

Mas, eu gostava também dos filmes europeus românticos e com lindas trilhas sonoras, como Candelabro Italiano, Matrimônio à Italiana com a minha artista predileta que era Sophia Loren e seu inseparável companheiro de tela, Marcelo Mastroianni.
N
unca me esquecerei do lindo 'Girassóis da Rússia' com imagens da neve e da Rússia e que já repeti, em casa, no canal da Sky que passa filmes de época.


Sempre fui, portanto, cinéfila de carteirinha e continuo encantada pelo escurinho do cinema e aquele mundo que vai desde 'O Mágico de Oz' aos dias atuais, onde a mente do cineasta e toda essa gente que trabalha com esta fantástica arte, nos arrasta para mundos incríveis e inesquecíveis.

Por falar nisso, qual o filme marcante de sua vida?

16 comentários:

Luciana disse...

Beth, divido com você essa paixão pelo cinema. Amo.
Ir sozinha é muito bom.
Outras coisas negativas sobre ir acompanhado é, por exemplo, a gente ir com alguém que não tá afim de ver aquele filme e no final entra com a gente e por não gostar do filme fica puxando conversa, impaciente. Outra coisa é assistir com quem não tá atento e fica perguntando o tempo todo, ou reclamando, ou dizendo que o filme não é bom, etc.
Ir sozinha ao cinema tem inúmeras vantagens.
Sair sozinha de vez em quando é muito bom também. Quando a gente tá acompanhado fica sempre o horário dividido, difícil conciliar vontades. Sempre me levo pra passear.
Vi quase todos os filmes de Elvis, era fã demais dele, Jerry Lewis tb, bom ler aqui e relembrar.
Beijo

Anônimo disse...

olá, bom dia!
Ja fui algumas vezes no cinema sozinha, as vezes pra distrair outras vezes para fazer uma horinha ate meu esposo vim me buscar.A primeira vez que fui no cinema sozinha era adolescente foi estranho mais inesquecível.....depois nunca mais deixei de ir ao cinema por falta de compania, adoro cinema tento ir pelo menos um vez no mês(é ainda acho muito pouco)
Ana Paula (amiga de trabalho da Francine de Petropólis)

Wilma disse...

Oi Beth, adorei a frase: "Sozinha a gente vai pelos caminhos que a gente escolhe", é isso aí.
O filme q me marcou muito e gostaria de ver novamente para confirmar tamanha emoção na ocasião, foi: Retratos da Vida...e mais recentemente adorei O Fabuloso Destino de Amélie Poulain, justo pq quando saia de casa tinha acontecido comigo o que vi retratado no filme: meu peixinho tinha pulado do aquário e quase perdi a hora do cinema, e também pq achei o filme lindo e singelo. (Já contei sobre isto no m/blog. Bom Dia!!!

Anônimo disse...

ah foram tantos.... cada um tem a sua época, o seu motivo. Gosto muito da Casa do Lago,com a Sandra Bullock e o Keanu Reeves. E do antigo "nunca te vi, sempre te amei" sem falar no "Apenas uma vez", vencedor de filme estrangeiro no ano passado. todos excelentes.beijo!!

Beth/Lilás disse...

Olá, meninas!
Já vi que tenho várias amigas apaixonadas pelo cinema e que são descoladas também na 'arte de caminhar sozinhas'. Que bom!
beijo a todas.
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Oi Ana Paula!
Muito prazer em tê-la aqui conosco.
Francine já me falou sobre você, ortanto fique à vontade para se manifestar sempre, ok.
beijinhos
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Anônimo disse...

Oi Beth....
teve uma epoca aqui que eu ia ao cinema pelo menos duas vezes na semana... Sempre sozinha...
Como eu disse antes, prefiro ir sozinha...
E eu tambem amo os filmes do Jerry Lewis.. Aprendi a gostar por causa do meu pai... Que saudade que bateu agora....
beijinhos amore...

Lúcia Soares disse...

"Viajei" no tempo com você, Beth. Esqueceu de falar do Cantinflas. Minhas manhãs de domingo eram no Cine Pathé, na Savassi. Hoje o cinema não existe mais. O prédio, sim. Como tantos outros de BH, que foram desativados e as salas forma para os Shoppings, o que já comentei. Cinema é uma mágica, nos leva onde talvez não pudéssemos ir por conta própria. Temos tanto em comum, eu e você! Sofia Loren era minha musa, mas nunca gostei do Mastroianni. Não tenho "o filme da minha vida", gosto de muitos. Mas me ocorre: Cinema Paradiso, Diário de uma paixão, Moulin Rouge, Uma linda mulher...enfim, românticos em geral me pegam. Não gosto de filme de guerra, nem gang-bang, em que pese os clássicos com John Wayne, por ex. Desses, gosto. "Assim caminha a humanidade", um show...Enfim, tantos...(Daria outro post. Rsrsrsr)

Lucia disse...

Eu nunca fui de ir em cinema, mas era a rainha de assistir videos em casa e continuo assim ate hoje (gracas ao Netflix que entregam meus filmes em casa).

Nem aqui vou mt no cinema, eh mt caro. O filme tem q parecer mt bom pra eu ir e sozinha eu nao tenho vontade.

Lembro de uns primeiros filmes que vi ai no Brasil foram 'De volta pro futuro' e 'A lenda' - um dos primeiros filmes do Tom Cruise.

Ainda prefiro assistir filmes em casa, mas os cinemas daqui sao excelentes e o que mais gosto eh que qdo vc compra um saco de pipoca grande com um copo de refri grande, tem refils ilimitados. E eu que sou viciada em pipoca fico no ceu!!!

Filme que mais me marcou: tem taaaantos... Um que me vem na cabeca agora eh o "Under the Tuscan sun" (nao sei o nome em portugues, mas eh com a Diane Lane). Me fez pensar na vida, sabe? No como eu devo fazer o que der na telha e fazer o melhor do que a vida me oferece em cada momento.

Um dia vou te levar no cinema daqui, ou melhor, em varios, pra vc conhece-los todos.

Bjos

Anônimo disse...

Bom diaaaaaaaaa!
Entonces, tb amo cinema, porém vivo uma fase de imersão, ampla geral e irrestrita, no artesanato e é o que mais gosto de ver e fazer no momento. Me solte numa loja de artesanato, que ficarei mais feliz que pinto no lixo (nunca vi um, mas dizem que eles amam)...rsssss.
Minha queridinha, acho um barato as pessoas que gostam e andam sozinhas, mas vc bem sabe, que ñ é minha praia...ops, minha montanha. Desde que comecei a namorar my love, nunca mais nada teve muita graça sem ele, e tenho piorado bastante...rssssss. Tá eu sei, que isso pode não ser saudável, mas fazer o que? Vício é vício...rsssss.
Ainda não fui ver SE EU FOSSE VC 2, por absoluta falta de tempo, mas gostaria muitíssimo.
Qto, ao "qual filme lhe marcou", foram vários, mas UMA LINDA MULHER é tãooooooooo lindo!!!
Filme dramático, nemmmmmm pensar, já basta o que somos obrigados a ver no dia-a dia.
Mil beijocas!!!

Lúcia Soares disse...

O filme que a Lucia citou é "Sob o sol da Toscana". É maravilhoso!
Tá vendo como não posso ter um preferido? Amoooo filmes!

Ana Paula Soldi disse...

Minha primeira vez foi aos 11, logo depois de ter me mudado para Curitiba, tao tarde porque sempre morei em cidades do interior(sem sala de cinema) meu primeiro filme foi Lua de Cristal da Xuxa, na companhia de uma amiga, logo depois veio Ghost, chorei como louca.
Atualmente nao tenho ido porque minha vida está meio complicada e sem tempo, mais amo cinema e o filme que me marcou nao tenho nenhum especifico gosto de muitos.
beijosss

anderson.head disse...

então. hoje não tenho ido mais ao cinema. tem ficado caro para um casal. mas ainda gostamos muito de ver filmes.
eu não tenho filme que marcou. tenho filmes que gostei. e vejo várias vezes, se puder. O Resgate do Soldado Ryan é um, que mesmo mostrando o tal patriotismo americano. achei muito interessante. mas o que gosto de verdade é Regras do Jogo! por se tratar de um tema atemporal, infelizmente.

abraço.

Anônimo disse...

Oi Beth...

Eita que entrei numa viagem gostosa numa época que não era a minha.
Vou confessar: sou cruinha de cinema. Morava numa cidade que não tinha (è vero) e o recurso sempre foi alugar. Mudando pra sampa, mesmo com tantas opções, trouxe o costume. Pra ficar melhor, meu quarto tem uma boa Tv, pufs e almofadas, porque a galera toda vai lá pra aos sábados.. Cinema mesmo é raridade.

Falando em musicais...ai eu amo!
E das coisas pra se fazer sozinha: pra mim é - ir a praia, fazer compras e viajar. Amo fazer isso sozinha!

Bjao

aminhapele disse...

Continuo a praticar o gosto de ver um filme numa sala de cinema.A maior parte das vezes,desde que estou reformado,vou durante a tarde e,normalmente,sózinho.
Na assistência,é costume encontrar muitas senhoras sózinhas.
Todos lá vamos pelo mesmo motivo:um filme só se vê,em condições,numa sala de cinema.
A única coisa que me incomoda é o novo hábito de assistir ao filme,comendo um grande cone de pipocas!
Além do lixo que deixam,é um barulho incomodativo.
Mas,confesso,é durante a tarde que ponho o "cinema" em dia...

Kenia Mello disse...

Sempre fui sozinha ao cine e não me incomodo nem um pouco. Claro que uma boa companhia é ótimo, mas não me privo por falta de.

Não me vem à mente um filme que tenha me marcado, foram vários. Mas Pulp Fiction com certeza está entre eles.

Beijos.

Anônimo disse...

Beth eu também amo filmes.
E não sou muito baladeira, mas não deixo nunca de ir a qualquer lugar por não estar acompanhada. Cinema então, essa semana mesmo fui assistir 'Linha de passe' sozinha. Aliás só dava eu e mais duas pessoas na sala heheh
E tenhos filmes que marcaram, mas nenhum iguala, em minha humilde opinião, ao 'E o vento levou'... amo esse filme.
Abraços, Lilas!