Tenho procurado deixar sempre por aqui algumas poesias, a fim de resgatar estas belezas escritas que tantos poetas nos deixaram e que ficaram esquecidas nos dias atuais, relegadas aos porões de nossas memórias.
O Tempo
Sou o tempo que passa, que passa
Sem princípio, sem fim, sem medida
Vou levando a Ventura e a Desgraça,
Vou levando as vaidades da Vida
A correr, de segundo em segundo
Vou formando os minutos que correm...
Formo as horas que passam no mundo,
Formo os anos que nascem e morrem.
Ninguém pode evitar os meus danos...
Vou correndo sereno e constante:
Desse modo, de cem em cem anos,
Formo um século e passo adiante.
Trabalhai, porque a vida é pequena
E não há para o tempo demora!
Não gasteis os minutos sem pena!
Não façais pouco caso das horas!
Olavo Bilac
(1865-1918)
Nenhum comentário:
Postar um comentário