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quarta-feira, 20 de agosto de 2014

"Amor não implica pacifismo"



A situação do humano, do animal e de todo eco-sistema neste planeta preocupa não só a mim, como a muitas outras pessoas que não estão apáticas ou apenas vivendo por viver. As constantes guerras, o abandono de alguns povos à própria sorte, doenças novas e sem controle, a poluição, exagero de carros nas ruas, trânsito assassino, crianças sendo mortas por questões religiosas ou políticas, animais explorados, mortos ou torturados, o uso indiscriminado de pesticidas e antibióticos, a escalada incessante rumo cada vez mais à civilização industrial e o consumo exacerbado em todo o mundo. São tantas as mazelas de nossa civilização que, para lutarmos por um mundo melhor e dar chance ao futuro, talvez seja preciso que haja mesmo uma reviravolta em nosso planeta e para tanto, alguns estudiosos nos alertam para o fato de que "Amor não implica pacifismo", ou melhor, algumas decisões radicais têm que ser tomadas, senão a vida na terra poderá se extinguir por completo.


"O mundo material é primário.  Isso não significa que
o espírito não existe, nem que o mundo material é tudo que existe.
Isso significa que o espírito se mistura com a carne.  Isso significa também
que as ações no mundo real têm consequências no mundo real.
Isso significa que não podemos confiar em Jesus, Papai Noel, a Grande Mãe,
ou mesmo no Coelho da Páscoa para nos tirar dessa bagunça.
Isso significa que essa bagunça é realmente uma bagunça e não só o 
movimento das sobrancelhas de Deus.  Isso significa que temos que enfrentar essa bagunça
nós mesmos.  Isso significa que durante o tempo que estamos aqui na
Terra - quer acabemos ou não em outro lugar depois que morrer e se
estamos condenados ou privilegiados a viver aqui - a Terra é o ponto. 
É primária. É o nosso lar.  Ela é tudo.  
É bobagem pensar ou agir como se este mundo não fosse real e primário.
É bobo e patético não viver nossas vidas se as nossas vidas são reais."

Derrick Jensen é um Ambientalista e ativista, que sobre este assunto já escreveu diversos livros como Endgame, The Culture of Make Believe e A Language Older than Words. Seu nome está entre aqueles que foram nomeados um dos "50 visionários que estão mudando o mundo" e ganhou o Prêmio Eric Hoffer, em 2008. Ele escreve para as revistas Orion, Audubon, e The Sun Magazine entre muitas outras.
No livro Endgame, ele deixou 20 premissas sobre a civilização moderna e sua influência no meio ambiente e na vida de uma maneira geral. Leia e reflita sobre estas 20 premissas AQUI.


Há uma linguagem mais antiga e mais profunda do que as palavras.
É a linguagem dos corpos, 
de corpo em corpo,
do vento na neve,
chuva nas árvores,
ondas nas pedras.
É uma linguagem dos sonhos,
do gesto,
do símbolo,
da memória.
Nós nos esquecemos desta linguagem,
esquecida por tanto tanto que nem me lembro que ela existe.
Se quisermos sobreviver, temos que lembrar mais uma vez dessa linguagem.
Devemos aprender a pensar como o planeta.
















Todas as imagens, Tumblr.










12 comentários:

chica disse...

Beth, que lindo e profundo post que mexe com tudo e nos faz refletir muito acerca do que vemos ,como vemos, como aceitamos e nos comportamos diante das coisas! Fazer é preciso.Não esperar que façam! Lindo e depois verei com a calma que merece o link por lá! bjs, chica

PAULO TAMBURRO. disse...

LILÁS,

o amor é tudo,sobrevive apesar de tudo e sempre que que dele corremos batemos de frente com o ódio!

Acho que a opção é absolutamente , óbvia.

Um abração carioca.

Maria Célia disse...

Olá Beth
É muito lindo, profundo, verdadeiro, mas é urgente que as palavras se transformem em "ação", caso contrário, todos pagaremos um alto preço.
Beijo.

Toninho disse...

Oi Beth, que bela postagem esta.
Não o conhecia e basta um olhar para dentro desta mãe, para sentir o arrepio de que estamos a cavar uma sepultura cada vez mais larga e profunda. O mundo está um verdadeiro lixão. Urge que todos estejam engajados no processo de fazer deste um lugar melhor, mas cada dia descobrimos a dificuldade deste sucesso, o mundo está perdido.

Uma semana de paz a voce, com alegria e saude.
Meu carinhoso abraço
Beijo

Silvana Haddad disse...

Beth:
É muito blá, blá, blá e pouca ação.
A maioria das pessoas não tem consciência ecológica e para piorar o consumo desenfreado causa danos ambientais graves diariamente ao nosso planeta.
A "bagunça" é a mudança urgente e necessária que precisamos fazer, para reverter essa situação caótica.
Bjs.:
Sil

Calu Barros disse...

Esta circularidade a que se refere D. Jensen está estrangulada em seu ritmo há décadas e as consequências disto aí estão, alarmantes, lamentáveis e inevitáveis; a natureza e os seres dela advindos têm sofrido toda sorte de desvios e ataques em nome duma materialidade absurda e aí dá-se o nó visto.Os ciclos são contínuos e ao serem interrompidos em seu fluxo sangram desenfreadamente.
Me anima saber que há muitas pessoas engajadas nesta busca pelos valores reais e primordiais da vida, como vc, Betinha, o autor e tantas outras que fazem a diferença.
Bela semana.Bjkas,
Calu

Lu Souza Brito disse...

Beth,
É de sangrar o coração as coisas que estão acontecendo no nosso planeta. Todos estes pontos mencionados, essa violência com e entre as pessoas, violência com o planeta, com a VIDA.
A saída é só o Amor e muitos já tem este entendimento e buscam, a sua maneira, fazer a sua parte. E acho que deve ser assim, até que se atinja o coletivo, mas penso que até que isso ocorra, será tarde demais. Penso que a vida neste planeta terá seu fim em breve. Como as pragas que varrem multidões a cada época, o planeta Terra precisará de uma varredura e um novo começo.

Crista disse...

Como seria se cada um fizesse a sua parte!
Amo passar por aqui...me encanta,me abre os olhos e o coração.
Beijão...

Unknown disse...

Oie Beth! A terra suspira geme e pede socorro. O ser (des)humano ignora e sofre as consequências e nem assim desiste de mutilar e colocar todos nós em risco. Ah que lindo seria se sumisse essa humanidade e ficasse só os animais, plantas, flores. Ando tão descrente com tudo o que vejo e leio....

Muito bom ler seu texto bjo

Felisberto T. Nagata disse...

Olá,Beth
...sempre vamos nos deparar com a lei de causa e efeito que regem as nossas vidas,explicando em parte, a causa dos males, individuais e coletivos, para o nosso planeta como um todo, e, que dissipa quaisquer dúvidas sobre a responsabilidade de nossas ações. Assim, quando ficamos convictos que para cada semeadura há uma colheita, encararemos como um dever a ser cumprido ,o processo de um mundo e futuro melhor, por meio do amor ativo. Pois, "Só" o amor não implica pacifismo, hão de haver atitudes radicais para evitar a derrocada planetária...
Gostei das mensagens do Derrick Jensen,também, e imagens escolhidas!
Obrigado pelo carinho e visita,belos dias,beijos!

Ivone disse...

Linda amiga Beth, amei ler aqui e li as premissas com interesse.
Lamentável o que vemos, pois a ambição não tem limites, mencionastes bem tudo o que é degradante, guerras infindas, crianças morrendo,mas parece que isso não vai mudar tão cedo, que pena, que pena que é assim!
Abraços apertados linda amiga!

Cristina Pavani disse...

Olá, Alfazema!
Esta é a balança que pende sempre para o lado dos interesses econômicos, deixando os ambientalistas ecoando ao longe as consequências visíveis.
Populações estão encolhendo, e envelhecendo. A população mundial está prestes a parar de crescer... por si só tal fato gerará mudanças sociais que afetarão profundamente as questões ambientais.
Consumir menos? Difícil... com dinheiro no bolso (mesmo que de plástico) há um acesso a bens e serviços sem precedentes, gerando lixo e devastação em habitat de outros seres vivos.
Solução? Talvez um mundo sem humanos. E não faremos falta nenhuma.

Bjs filosóficos