O fato de dois mendigos na zona leste de São Paulo terem entregado à polícia os 20 mil reais que acharam na rua, fruto de um roubo em restaurante ali perto, chamou muita atenção nos noticiários de hoje e vários jornalistas comentaram o fato, justificando inclusive que "honestidade não está ligada com classe social".
A mais pura verdade! Mais legal ainda foi a polícia que deu o destino certo para o dinheiro, porque poderia ter desaparecido ali também e assim o ciclo se cumpriu de uma maneira totalmente honesta. Para os dois moradores de rua, aquele dinheiro faria muita diferença em suas vidas, embora, talvez tivessem muitos problemas para explicarem como sairam daquela vida de uma hora para a outra se tivessem ficado com o dinheiro.
Essa história seria notícia em qualquer país do mundo, afinal 20 mil reais não é coisa pouca em lugar nenhum do planeta. Atitudes louváveis num país e época onde a corrupção grassa de forma galopante.
Honestidade não tem nada a ver com classe social, não importa se a pessoa tem dinheiro, pouco, muito ou dinheiro nenhum. Você é o não é honesto, esta é a realidade.
Na verdade este tipo de acontecimento diz mais respeito a nós do que aos próprios atores da ação, pois quando sabemos disso o primeiro pensamento remete a seguinte indagação "E se fosse eu que tivesse achado estes 20 mil reais, eu devolveria, eu ficaria com ele?"
Estas questões mexem com a gente, ajudam-nos a reformular certos conceitos e repensar atitudes.
Isto lembrou-me de um fato que ocorreu comigo quando fui visitar em Francavilla al Mare, na Itália, a querida amiga Léia e, logo que chegamos à Rodoviária em Roma, como ainda era muito cedo e dava para
um cafezinho com brioche, paramos, eu e o marido, numa cafeteria ali em frente e fizemos um lanche.
Em seguida entramos no ônibus e partimos. Dali a uma hora mais ou menos, dei falta de uma sacola que tinha pedido ao marido para carregar pra mim e que continha alguns presentinhos brasileiros que levava para Léia e que eu tinha escolhido com todo o carinho.
Qual não foi a nossa decepção ao constatarmos que tinha ficado lá, naquela cafeteria em que paramos logo cedo. Quando cheguei em sua casa, contei a ela e seu marido o ocorrido e, apesar de me consolarem, também ficaram com pena de não receber os mimos que separei para eles.
Então tive uma ideia e pedi ao marido dela, Michele, italiano, que me ajudasse a fazer um bilhete bem explicativo do que me acontecera naquele estabelecimento, pedindo que se achassem a sacola, ligassem para o meu celular no hotel tal e tal em Roma. Eu estava com grande esperança em reaver minha sacola na volta e queria deixar o bilhete debaixo da porta da loja, caso ela já estivesse fechada, porque o horário de volta era à noite e demorava mais de 3 horas a viagem da cidade deles para Roma.
O Michele não achava que iria funcionar, pois desacreditou piamente que se alguém, naquele local de muito fluxo, tivesse achado minha sacola iria entregar ou guardá-la, mas de qualquer forma fez o bilhete para mim e eu o levei para Roma. Lá chegando, fomos direto para a cafeteria que, apesar de muito tarde da noite, ainda estava aberta, acho que por causa da crise européia, o dono estava lá bem cedinho e ainda aquela hora e eu o reconheci logo na entrada. Disse Buona sera! a ele e sem nenhuma outra palavra a mais, estendi-lhe o bilhete e fiquei olhando a cara do homem lendo calado, depois fitou-me nos olhos rapidamente, virou-me as costas, entrou por uma pequena porta ao lado e saiu dela com a sacola cheinha nas mãos e me entregou sorridente. Eu mais ainda, um sorriso de ponta a ponta, toda contente fiquei com a
sacola de volta e que eu no dia seguinte, levei-a ao correio mais próximo e enviei-a a Léia que a recebeu um dia depois. No final tudo deu certo, e um dia que tinha começado estressante foi relembrado com alegria porque é muito bom a gente perceber que o mundo está cheio de pessoas boas e honestas.
A Honestidade, Clarice Lispector define assim em seu livro Água Viva - " amo a honestidade das pessoas, não a considero uma virtude, mas sim, um compromisso."
e complementa ainda: "... Acredito no amor universal e nas pessoas que o exercitam, as demais ignoro e lamento!"
E hoje, a notícia é a seguinte: Os proprietários do restaurante japonês que foi furtado na madrugada desta segunda-feira (9) ofereceram emprego para o casal de moradores de rua que encontrou, e devolveu, os R$ 20 mil levados pelos ladrões.
Um dos sócios do restaurante invadido, Miguel Kikuchi, de 42 anos, disse não ter acreditado quando a polícia ligou e o informou que o dinheiro havia sido encontrado e devolvido. “Pensei que era trote”, afirmou. “É inimaginável que alguém faria uma coisa dessas. Difícil de acreditar.”
Comovidos, os proprietários fizeram duas propostas: bancar a viagem dos dois para o Maranhão ou para o Paraná, onde cada um tem família, ou oferecer condições para que ambos saíssem da rua.
O casal, que trabalha catando material reciclável nas ruas da capital e vive há mais de um ano na rua, decidiu na hora pela proposta de emprego.
“Vou ganhar treinamento para me capacitar e aprender alguma coisa”, disse Rejaniel de Jesus Silva Santos, de 36 anos.
“Da limpeza até a cozinha, posso trabalhar onde quiserem.” O homem contou que era auxiliar de limpeza antes de ir morar na rua. “Eu perdi o emprego e tive que vender minha casa, na Divineia, região de São Mateus [Zona Leste].”
Depois de devolver o dinheiro, Santos e a mulher, Sandra Regina Domingues, também com 36 anos, foram levados até o restaurante japonês e fizeram uma refeição bem brasileira: bife, arroz, feijão e batata frita. “Uma vez na vida eu me lembrei que sou gente. Há tanto tempo eu não me sento para ter uma refeição tão boa.”
Rejaniel contou que ganha, em média, R$ 100 por mês. Com esse “salário”, para juntar os R$ 20 mil teria que trabalhar mais de 16 anos e meio, sem gastar nada. “Melhor ter o seu dinheiro suado do que usar um dinheiro roubado”, afirmou.
Apesar de estar feliz com a proposta de emprego, Sandra disse que se sente apreensiva. “Me ameaçaram depois que devolvi o dinheiro.” Por questão de segurança, o casal não voltará para o viaduto que usava como lar nos próximos dias. “Não quero voltar nunca mais para lá”, completou a mulher.
G1
Comovidos, os proprietários fizeram duas propostas: bancar a viagem dos dois para o Maranhão ou para o Paraná, onde cada um tem família, ou oferecer condições para que ambos saíssem da rua.
O casal, que trabalha catando material reciclável nas ruas da capital e vive há mais de um ano na rua, decidiu na hora pela proposta de emprego.
“Vou ganhar treinamento para me capacitar e aprender alguma coisa”, disse Rejaniel de Jesus Silva Santos, de 36 anos.
“Da limpeza até a cozinha, posso trabalhar onde quiserem.” O homem contou que era auxiliar de limpeza antes de ir morar na rua. “Eu perdi o emprego e tive que vender minha casa, na Divineia, região de São Mateus [Zona Leste].”
Depois de devolver o dinheiro, Santos e a mulher, Sandra Regina Domingues, também com 36 anos, foram levados até o restaurante japonês e fizeram uma refeição bem brasileira: bife, arroz, feijão e batata frita. “Uma vez na vida eu me lembrei que sou gente. Há tanto tempo eu não me sento para ter uma refeição tão boa.”
Rejaniel contou que ganha, em média, R$ 100 por mês. Com esse “salário”, para juntar os R$ 20 mil teria que trabalhar mais de 16 anos e meio, sem gastar nada. “Melhor ter o seu dinheiro suado do que usar um dinheiro roubado”, afirmou.
Apesar de estar feliz com a proposta de emprego, Sandra disse que se sente apreensiva. “Me ameaçaram depois que devolvi o dinheiro.” Por questão de segurança, o casal não voltará para o viaduto que usava como lar nos próximos dias. “Não quero voltar nunca mais para lá”, completou a mulher.
G1
22 comentários:
Lindo isso, Beth: "honestidade é compromisso".
Mas como aqui a "coisa" é rara, tb me comovi com a atitude dos sem teto.
Que civilidade - gente de 1ª.
Enquanto isso, festa na politicanagem... he, he, he, buáaaa!!!!!
bjnhs e ótima semana!
Honestidade é um compromisso, nao uma virtude, é isso mesmo, Clarice de novo, está certissima, ou vc tem ou nao tem esse compromisso consigo mesmo. Caramba,eu nunca poderia dormir bem sabendo que estou com algo que nao é meu. Os mendigos, puxa, um filhinho de papai, p. ex, dificilmente teria uma atiude assim, eles que matam mendigos e indios :-(
Legal vcs terem achado a sacola. Aqui na Alemanha tem sempre esses lugares: achados e perdidos. As pessoas levam as coisas que acham pra la direto. Qd vc perde alguma coisa, p ex., num bar, num cafe, quem achou normalmente e mt frequentemente, entrega ao dono do estabelecimento ou ao garcon e a pessoa que perdeu, volta la e sempre encontra. Outro dia uma amiga esqueceu varios livros novinhos num cafe, voltou la depois de uma semana e la estavam os livros esperando por ela, com o funcionario do cafe. E eu mesma, semana passada, uma amiga me emprestou o ticket da passagem de trem, porque eu sai da casa dela mt tarde com pedrinho e nao tinha como comprar tao rapido um ticket, no outro dia qd ia lhe devolver (ela mora em outra cidade) o ticket carissimo por sinal, notei que tinha perdido! Fiquei louca e sai procurando por todo os lugares onde havia parado na rua aquele dia. Depois de perguntar a varias pessoas se elas tinha visto o documento, no fim, numa barraca de flores, a dona da barraca falou: ahhh entao foi vc, aqui está.. ele havia caido da minha carteira enquanto eu pagava as flores e ela guardou. Abracei a senhorinha bem apertado pela gentileza.
Ganhei o dia sabe?
é assim que as coisas funcionam, lembra qd achei aquele celular e entreguei? pois é, lei da acao e reacao :-)
Bom dia amiga Beth!
Delícia de texto! Que bom que a sua história acabou bem, gostei do "compromisso" e o "lamento", porém continuo acreditando no lado bom e honesto do ser humano, as decepções são exceções!
Tenha um dia maravilhoso!
Beijooooooooo
Honestidade nos anima, faz acreditar... E quando vemos casos assim, lindos!! Na Itália também tive experiência assim...Adorei! beijos,lindo dia!chica
Tenho para mim que honestidade é uma questão de caráter, de boa formação, realmente um compromisso com a vida e com nossos semelhantes e portanto não deveria mesmo causar admiração. Mas anda sendo tão raro encontrá-la que, quando acontece, vira um espanto...
Beijos e lindo dia para você.
Chama a atenção pq, infelizmente, o que deveria ser "compromisso" é falta de... Que bacana o que lhe aconteceu Beth! Imagino sua alegria e surpresa. Ainda mais quando o próprio marido de sua amiga (italiano) desacreditava, né?
Beijuuss, consagrados, n.a.
Oi Beth!
Ver estes exemplos nos faz continuar a acreditar no ser humano, apesar dos pesares. A Clarice tem toda razão a honestidade é um compromisso, forja a nossa boa índole, o bom caráter. Estávamos em uma cidadezinha da Espanha almoçando e eu paguei a conta e coloquei a carteira, que estava com a metade de nosso dinheiro, dentro da bolsa, achei que coloquei, mas ela caiu no chão e eu não vi, menina ainda era o início da viagem, que prejuízo, saímos do restaurante e começamos a ouvir alguém gritar, nem achamos que era conosco, mas era uma pessoa do restaurante que viu a carteira embaixo da mesa e veio nos entregar, quase enfartei, só pensando na possibilidade de perder todo aqueles euros.rsss Ia acabar nossa viagem!
por aqui é muito raro isso acontecer, quando acontece vira notícia.rss
Beijinhos e tudo de bom!
Betinha,
que alento saber-se duma história destas.Renasce em nós a crença no ser humano apesar das condições circundantes em que vive.Tantos exemplos de um valor inestimável tido em desuso no país e no mundo, reforça sua importância e brilho, gravando para as gerações mais jovens que honestidade existe e está sendo praticada.
Ficou maravilhoso este post( aliás,como diversos por aqui).
Bjos efusivos,lindona,
Calu
Beth,
a melhor resposta foi a do Rejaniel a uma rádio, quando perguntado por que devolveu, a resposta: Não era MEU!
Queria ver algum corrupto responder assim...
bjs
Jussara
PS: Gostei da indicação do Rui Castro, vou procurar.
Beth, concordo plenamente que honestidade não é virtude, além de ser um compromisso, como diz a Lispector, é uma obrigação, simples assim.
O melhor de tudo é a oferta de emprego aos dois, uma gentileza a toda prova dos donos do restaurante. Deus abençoe a todos eles, os envolvidos na linda história. E que sejam muito felizes.
Sobre encontrar sua sacola, também achei linda a história, que coisa boa de ler.
Minha sobrinha foi roubada dentro de um metrô, em Paris, por um casal de hippies com quem ela batia papo, antes, os dois franceses. Quer dizer, há bons e maus elementos em qualquer lugar, é o que sempre digo. rsrs
Beijo!
meu pai sempre frisou a importância de sermos honestos. ele sempre dizia que nunca levaria nada do trabalho pra casa, mesmo q ele visse outros fazendo e nada acontecendo. acabei norteando minha moral da mesma forma. beijos, pedrita
Oi Beth
Bacana sua história com um final feliz, e a destes moradores de rua é um exemplo maravilhoso que é preciso ser adotado por muitos brasileiros sem escrúpulos.
Beijo.
Oi, Beth!
Saudade de bater uns papos pela blogosfera!
Essa tema é bom, é assunto pra mais de metro... hehehe
Sempre reflito sobre honestidade, não é algo inato, é aprendido. E penso não vem de berço, vemos em casa exemplos de quem nos educou, mas não bastam, temos de deixar nossos próprios exemplos. Por mais que nos policiemos sob nossos princípios, em grande parte apenas teóricos, só mesmo com as oportunidades que surgem é que comprovamos, provamos a nós mesmos, nossa honestidade. E mais, não acredito em honestidade variável, algo que seja condicionado por um "neste caso". Ou existe ou não. Se me foi dado por equívoco um dinheiro na conta bancária, não é meu, ainda que o banco seja uma instituição rica, aliás das que mais fatura no mundo. É uma chance de provar a honestidade, provar que sou capaz de exercê-la sem poréns.
Aqui em Lisboa, um amigo meu reencontrou um rapaz num caixa de uma pizzaria, um rapaz que um ano atrás havia lhe pedido 10 euros na rua... Bem, 10 euros não é um troco. E neste caso fez a diferença, tanto que o rapaz estava ali, empregado. Esse meu amigo ficou muito surpreso e feliz de ter ajudado.
Uma hora ou outra um ato de bondade mostra uma consequência e, para além disso, não há nada melhor que dormir de consciência tranquila.
Bjos! E vamos nos falando!
Muito gentil seu comentário no post da entrevista. Vc foi sempre muito gentil, Beth, obrigada mesmo.
Michelle
Oi Betinha,
Essa notícia me tocou muito...
A honestidade do casal (e da polícia, bem lembrado!!!) é digna de aplausos e vigora como um grande exemplo para a sociedade.
O ganho deles não será somente financeiro caso aceitem o trabalho no restaurante, mas também um ganho de valor, de reconhecimento na sociedade, um emprego honesto, salário limpo. Um ciclo de virtudes. É impressionante, quando fazemos o bem há uma corrente de coisas boas que se desencadeiam...
Que bom sua sacola em Roma ter sido guardada e devolvida querida... Eu passei por uma situação similar na Alemanha. Esqueci um óculos Bvlgari num restaurante e devolveram no caixa... Fiquei tão feliz... Lá não há aquele pensamento mesquinho de "se eu não pegar, um outro vai pegar". E isso faz toda a diferença!
Bjim
Márcia
Honestidade tá tão difícil que a gente se surpreende e acha extraordinário "fantástico e coisa e tal...
Muita gente até duvidou da veracidade do caso; houve uma enquete numa rádio por aqui e eles perguntavam: "quem faria a mesma coisa?...
A maioria disse q não devolveria o dinheiro¨* que os policiais não são sérios "roubam, enfim ...(
Ah, já aconteceu um caso comigo* parecido com o teu, aqui no Alemão.
Acredita?
Beijinhos.
Mery,
Acredito piamente, pois nos lugares mais humildes vemos atos extremamente humanos e sensíveis.
beijos
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Beth,
Que felicidade ter podido vir ao seu blog hoje e me deparar com um post tão bacana.
A história do casal é uma coisa linda e merece todo o destaque que foi dado. Infelizmente, deveria ser algo normal, mas não é, todos sabemos.
E, de quebra, fiquei sabendo do acontecido com a sacola de presentes pra Léia, nossa amiga querida, que um dia hei de conhecer. Muito legal!
Bjs. e bom final de semana.
Ainda tem pessoas honestas nesta sociedade degradada, o que me faz crer numa saida para a humanidade.O lado triste de tudo isto, é que estes pobres cidadãos não terão mais sossego,talvez ai a imprensa tenha falhado no mostrar os honestos.
Posso imaginar sua decepção ao perder a sacola com os mimos.
Por um mundo melhor onde as pessoas se respeitam e cooperam.Vamos sonhar Beth, come estes exemplos que nos comovem sempre,que vem a tona.
Um abração minha amiga.
Bjo.
Há muitas pessoas honestas, realmente. Surpreendeu-me foi o dinheiro voltar às mãos de seu verdadeiro dono, depois de passar pelas autoridades policia. Infelizmente, nós é que perdemos a confiança no ser humano. E tratamos como exceções os que são íntegros.
Bjs.
Beth
Mesmo para os excluídos sempre aparece uma oportunidade.
A honestidade, rara neste mundo de hoje me comoveu.
Muita luz
Bjs.
Disse tudo: a honestidade é um compromisso. Relações que dao espaço para a falsidade, sao tb falsas, baseadas em uma confiança que nao existe.
Via a honestidade.
Bjos da Cam
Essa historia eh um exemplo de muita honestidade e dignidade. Fico feliz por eles terem conseguido um emprego, pois mais vale a vara de pescar do que o peixe pro dia.
Menina, e que incrivel que vocë conseguiu sua sacola de volta, eh realmente surpreendente, e so eh surpreendente porque a gente sabe como a humanidade esta. Aqui na Noruega, ate dia desses a honestidade reinava, mas ja venho percebendo que o clima não eh mais o mesmo, infelizmente.
Beijo
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