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terça-feira, 2 de fevereiro de 2010

Meu pintinho amarelinho


Ainda ontem no jantar estávamos lembrando de coisas que fazíamos quando crianças, peripécias, peraltices ou bizarrices que eram comuns naqueles tempos, como por exemplo, ganhar pintinhos de verdade para brincar como se fossem animaizinhos de estimação ou de pelúcia.

É que nossos pais, para nos agradarem e sem nenhuma consciência do mal que faziam, nos davam, vez em quando, pintinhos vivos comprados nas feiras livres aqui no Rio de Janeiro.


Toda vez que íamos juntos à feira com a mãe ou o pai, perturbávamos para ganhar este tipo de agrado, mas nem sempre sabíamos o que fazer depois, quando o pintinho tornava-se um galetinho e virava galinha ou galo.
Imaginem como era complicado criar uma galinha dentro de um apartamento?!  Aliás, não criávamos, porque não dava tempo, já que as brincadeiras com o tal pintinho vivo não durava muito tempo e o pobre coitado logo morria de canseira nas mãos agitadas de criancinhas que só queriam ... "brincar" com o pobrezinho.  


Minha amiga que estava junto à mesa, lembrou, inclusive, que uma vez tinha ganhado um desses pintinhos amarelinhos de feira e ele foi crescendo, acabou virando um galo esquisito com pescoço pelado e, como eles moravam em casa com terreiro atrás, coisa comum também naqueles dias, o galinho vivia ali todo feliz. Até que um dia, deu uma escapulida e foi pra rua.  O resultado final foi a  triste constatação que o galinho virou o jantar do vizinho ali perto e uma choradeira sem fim da minha amiga que era criança e não entendeu porque de tanta maldade.

Ainda bem que não existe mais isso hoje em dia, pelo menos não vejo mais crianças ganhando pintinhos para serem levados para casa como brinquedos!  Evoluimos alguma coisa nestas últimas décadas, mas precisamos evoluir bem mais. Ainda fazem muitas maldades com animais e muito desrespeito, esquecendo que eles também fazem parte dessa mesma nave mãe.

(Imagem-Jane Burton)

No entanto, notícia boa,  li hoje, no site da BBC Brasil,  que a Suíça estará realizando em março um referendo sobre uma proposta que prevê que cada cantão do país seja obrigado a indicar um advogado para proteger animais domésticos de abusos - sejam eles bichos de estimação ou criados em fazendas.


Recentemente o país mudou sua Constituição para garantir a proteção da "dignidade" da fauna e aprovou lei no ano passado estabelecendo os direitos de criaturas como canários, porquinhos da índia e peixinhos dourados.
"Os seres humanos acusados de crueldade contra os animais podem contratar um advogado ou ter um indicado para eles mas os animais não podem", disse o advogado Antoine Goetschel, segundo o jornal britânico The Sunday Times.
Em 2007, o cantão de Zurique indicou Goetschel como "defensor dos animais" em uma experiência cujo sucesso encorajou grupos de defesa dos animais a organizarem uma campanha para o referendo. O Sunday Times disse que o grupo recolheu mais do que as 100 mil assinaturas necessárias para a realização da consulta popular a nível nacional.

Mas governo e fazendeiros são contrários à proposta, por temerem a adoção de normas mais rigorosas se a moção for aprovada no dia 7 de março. Na semana passada, foi organizada uma comissão chamada "Não à Iniciativa para Advogados Inúteis para Animais".
De acordo com reportagem do Sunday Times, a lei para proteger aminais domesticados prevê que "animais sociáveis" como canários e porquinhos da índia não sejam criados sozinhos.
Tanques com peixinhos dourados não podem ter todas as suas faces de material transparente porque o peixe precisa de abrigo. As pessoas que quiserem ter cachorro têm que fazer um curso de quatro horas sobre os cuidados com bichos de estimação antes de adquirirem um animal.




14 comentários:

Silvia Masc disse...

Isso me lembrou de uma garota no prédio que morei que ganhou um pintinho, e deve ter sido muito carinhosa porque o tal virou um frango e depois um galo, e virou o despertador coletivo, já que o talzinho cantava toda manhã (leia-se entre 4 e 5 horas) de segunda a segunda incluindo feriados. Criou-se uma polêmica no prédio, eu particularmente não me incomodava, sempre imaginava um despertar no campo. rs
Ah, e o mais engraçado, é que ela passeava com o galo nas áreas externas do condomínio com o galo na coleira.
Até que um dia, descobriram que no clube que ela frequemtava, o galo seria aceito, em uma área que já tinha galos galinhas e marrecos, e lá foi ele morar no Esporte Clube Banespa.
Pintinho nunca tivemos aqui, mas a fase de darem como lembrancinha de aniversário os famosos peixinhos vermelhos , tivemos e quando morriam era aquela choradeira, com direito a velório e sepultamento no jardim.
Creio que teve nisso um aprendizado, de que tudo que não é cuidado, morre cedo, e o proprio entendimento da morte.

òtimo tema.
beijos

Lucia disse...

Eu lembro bem disso, pois minha irma e eu tb ganhamos dois quando criancas. Seus nomes era Pity e Tipy. Trouxemos pra casa, cuidamos deles por umas semanas, mas nao sei o que aconteceu...

Fomos viajar e parece que nossas empregadas tomariam conta deles. Quando voltamos, eles tinham desaparecido assim do nada. Me lembro de ter ficado super triste, achando super estranho eles terem fugido assim e agora ate me pergunto se nao foram meus pais quem os deram pra alguem e nao quiseram nos contar.

Hummm... vou ate perguntar pro meu pai pra ver se ele lembra disso. bjos

Unknown disse...

Ehehehehe...eu também adorava ganhar esses pobrezinhos quando eu ia até a feira com minha mãe. Eu e meus irmãos ficávamos semanas no maior amor com os pintinhos, mas derrepente eles sumiam. Tchan..tchan..tchan..e era sempre a mesma resposta....ele foi embora. Anos mais tarde eu descobri que eles foram embora para panela de alguns tios e tias.
Bjs

Anônimo disse...

mUITO LEGAL, ESPERO QUE SEJA APENAS UM COMEÇO DE MUDANÇAS FELIZ EM NOSSO PLANETA!

http://saia-justa-georgia.blogspot.com/ disse...

Beth, muito bem lembrado esse seu post. Me lembrei que eu também tive pintinhos amarelinhos. Sim, infelizmente como vc tao bem colocou, nós brincávamos tanto com ele, passando de uma mao para outra que eles morriam. Hoje em dia sao os games boys, nitendo, coisa mais cara, mas também ajuda a proteger os animais. Me lembro que qdo fomos buscar o nosso porquinho da india num orfanato de bichos ele chegou tao asustado porque as criancas onde ele estava queriam brincar com ele o tempo todo e esse bichinho já é por si só muito assustado.

Um bjao

Glorinha L de Lion disse...

Oi amiga! Muito certo isso! só assim pra essa gente que resolve dar cachorro ou outro bicho pro filho, sem pensar no trabalho que dá, e depois abandona o pobre coitado como se fosse um objeto inanimado...É por isso que a SUIPA está superlotada! Eu, nunca tive coragem de ir, mas uma amiga foi e disse que dá dor no coração!
Tomara que essa lei vá pro resto do mundo.
Beijos.

Lúcia Soares disse...

Ainda hoje se compram pintinhos amarelinhos pras crianças, sim, Beth. Pelo menos aqui em BH, uma metrópole-roça ou uma roça-metrópole, sei lá. Lá em casa também ganhávamos, e como tínhamos quintal, eles cresciam e viravam galinhas ou frangos, e eram "sacrificados" um belo dia. Mas o normal era que morressem ainda pintinhos, mesmo.
Quanto à lei, sei não..Tem coisa mais importante pra se pensar, eu acho.
Bj

Unknown disse...

Eu também me lembro dos tais pintinhos, e se eu ganhei algum foi parar no galinheiro lá de casa. Além de galinhas, nós tínhamos preás, cachorro. Foi onde eu cresci... cercada de bichinhos. Acho que não foi a toa que optei por ser Bióloga quando cresci.
Lendo seu post me lembrei de que alguém comentou comigo há tempos atrás que foi a uma festa infantil (isso mais ou menos recente) que o tema foi A Pequena Sereia e como lembrança deram para as crianças aqueles saquinhos com um peixinho dentro. Quanta maldade! Se meu filho ganhasse um saquinho desse eu não saberia o que fazer porque não temos aquário e nem intenção de ter um. Certamente, eu teria que recusar e ele ficaria bravo comigo, já que todas as crianças ganharam e ele não. É uma sinuca de bico!
Desejo que as coisas definitivamente se invertam e parem de abusar dos pobres inocentes animais que não têm nada a ver com isso. Barbaridade!!

Beijos

Cristiane A. Fetter disse...

Beth, estou sumida mesmo,rs. Sabe como é vida de quem nao tem empregada, tem que se desdobrar em mil, rs.
Mas esta históra do pintinho me fez lembrar a última vez que ganhei um quando era criança. Acabei caindo sentada em cima dele, já que estava fazendo a cadeira que eu estava sentada de balanço e ela não era de balanço.
Claro que o pobrezinho morreu na hora, esmagado, depois disso nunca mais minha mae deixou a gente comprar outros.
bjks

Anônimo disse...

hahah.....eu tbem tive varios desses pintinhos, fora os coelhinhos da china, os coelhos de orelha comprida e afins.....

Sem a minima nocao do que eu estava fazendo, exatamente isso que vc escreveu no post.

Maridex, quando era menino, morava no Libano e conta que tbem teve varios pintinhos. Um dia ele os colocou na laje da casa, que nao tinha muro. A noite veio um vento forte e levou embora todos os pintinhos. :(

Ainda bem que evoluimos!!!!!

Beijos web-mamys

Fiquem com Deus

Barbrinha e Bebejinho

Luciana disse...

Lembro bem desses pintinhos, lá pelo Nordeste pintavam eles de rosa, azul, ... era estranho demais. Eu nunca tive, achava super estranho ter um pinto colorido dentro de casa para brincar, e até a cor não era natural, mas lembro que eles eram bem populares nas feiras, entäo acredito que por lá muita gente comprava também.
Que bom que as coisas mudaram e pintinhos já não säo mais usados como brinquedos, mas concordo que muita coisa ainda precisa melhorar.

Beijo

aminhapele disse...

Achei deliciosa essa sua história dos pintinhos.
Não fazia ideia da existência desse tipo de presentes...
Eu também vivi com pintaínhos,mas eles andavam em fila atrás da mãe,aqui no quintal.
Estranho era que os restantes animais,gatos e cães,respeitavam a galinha e os seus rebentos e,que me lembre,não houve casos de serem atacados pelos outros animais,que habitavam no mesmo quintal...
Actualmente,conheço casos semelhantes sobretudo com cachorrinhos.Quando são pequeninos são um novelinho bonito,a que as crianças não resistem.E os papás,compram o pequenino cachorro à criança.Depois eles cescem e começam os problemas,a maior parte das vezes resolvidos com o abandono.
Conheço o caso de um boxer,a viver num pequeno estúdio de um 10º andar.
Um dia o boxer "desapareceu"...
Quanto ao referendo suíço,não sei se é bom se mau.
Ainda há pouco houve sobre construção de minaretes nas mesquitas...

ML disse...

Beth: gente como a gente não entende pq ainda é necessério informar que bicho não é coisa.
Não é "it".
O que lamento é o quanto a humanidade é "burra" (que me perdoem os burrinhos, muito fofos, quanta unjustiça da minha parte).
Espero que estas iniciativas tornem-se LEI!

bjnhs

Dani dutch disse...

Eu como fui criada até os 7 anos no Paraná e meus pais moravam no campo, tinha meus pintinhos e minhas galinhas... era uma festa andava e eles iam atrás de mim...
Mas nada de mals tratos.
Bjusss