Depois de um dia lindo como o de ontem, ensolarado e prazeroso pela companhia agradável da Heloísa, hoje, ao contrário, o céu despencou e caiu água o dia inteiro.
Encaramos a bonita e longa Rodovia dos Imigrantes de Santos a São Paulo com as nuvens baixas e chuva fina e incessante. O motorista que nos levou até o Aeroporto de Congonhas é um expert das estradas paulistas e conhece trajetos mais rápidos para cortar caminho, mas mesmo assim, imaginem como é estar no trânsito de Sampa num dia como de hoje, chuvoso e ainda por cima véspera de feriadão! Mas, chegamos a tempo tranquilamente, tomamos um lanchinho depois do check-in e embarcamos num vôo de 45 minutos até Curitiba. Dizer que foi tranquilo não posso, pois a cada vez que olhava pela janelinha, estávamos sempre dentro de uma densa nuvem branca e uma leve turbulência me atormentou as idéias. Então, para desanuviar meus pensamentos e despistar o tempo e o medo, o marido sugeriu-me que ajudasse a ele nas palavras cruzadas da revistinha que a TAM oferece. Fizemos tudo, mesmo que de vez em quando alguns brancos me davam e eu não conseguia saber o que perguntava o jogo ou botar atenção na página.
Chegamos em Curitiba, ufa!!! Não demorou e já estávamos assentados em outra aeronave igualzinha aquela e que fazia a conexão Curitiba-Londrina.
Lá fora a chuva continuava e o céu púmbleo não era nada auspicioso. Adoro esta nova palavra "auspicioso" que a novela da Índia fala todo minuto! Bem, pra encurtar a estória, ficamos nesta aeronave, parados, sentados de 16 às 19 horas aguardando a liberação da pista de Londrina. O avião simplesmente não saiu de Curitiba devido à neblina e pouca visibilidade da pista de Londrina. O comandante do vôo falou aos passageiros mais de 6 vezes pelo microfone, sempre informando passo a passo das condicões meteorológicas e eu, adivinhem, angustiada e fazendo baixinho uma oração para que o avião não decolasse mesmo, já não confiava em sair de Curitiba com aquele tempo ruim e ainda por cima correr o risco de chegar em Londrina e não poder pousar.
Cruz credo! E foi assim que depois de quase três horas, sentados naquele charuto voador, o comandante anunciou o que eu tanto torcia para acontecer. Vôo cancelado e com opção de viagem para Londrina em ônibus por 6 horas, não nos interessou, claro, ou um vôo amanhã às 10:30hs da manhã, com estada em hotel pago pela TAM. Então, o marido foi para a enorme fila que se formou de passageiros para fazerem esta mudança e não adiantou muito ter o tal cartão Fidelidade, pois com a demanda de pessoas no Aeroporto hoje, sonhando com o feriado pela frente, a única coisa que se tem que ter é pa-ci-ên-ci-a, mesmo depois de um dia inteiro perdido entre vôos e não vôos.
Como é época de Festas Juninas no Brasil, a TAM contratou um trio caipira com bumbo, triângulo e sanfona nordestina para tocar naquele hall, cheio de gente, tentando distrair os passageiros, mas as atendentes da TAM, coitadas, não aguentavam mais ouvir aquelas mesmas musiquinhas que já duravam todo o dia de hoje no aeroporto confuso e lotado.
Mas, até que não foi tão mal, ficamos num hotel tipo apart, confortável, bacaninha, padrão curitibano e vamos passar a noite aqui vendo o jogo do Brasil. Ficamos com peninha do Daniel e Maíra que nos esperavam ansiosos com uma surpresinha para o jantar.
Volto a dizer que voar, definitivamente, não é a minha praia e depois que li que o grande Oscar Niemeyer nunca voou e não entra em avião nem amarrado, cheguei à conclusão de que é por isso que ele conseguiu chegar aos 102 anos assim, tão bem, feliz, tranquilex, lúcido e casado de novo.
Amanhã a saga continua e mais uma vez, estarei lá na cadeirinha do charuto voador esperando chegar ao nosso destino, mas já decidi que chego por ar ou por terra de qualquer jeito.
Inté, pessoal
Encaramos a bonita e longa Rodovia dos Imigrantes de Santos a São Paulo com as nuvens baixas e chuva fina e incessante. O motorista que nos levou até o Aeroporto de Congonhas é um expert das estradas paulistas e conhece trajetos mais rápidos para cortar caminho, mas mesmo assim, imaginem como é estar no trânsito de Sampa num dia como de hoje, chuvoso e ainda por cima véspera de feriadão! Mas, chegamos a tempo tranquilamente, tomamos um lanchinho depois do check-in e embarcamos num vôo de 45 minutos até Curitiba. Dizer que foi tranquilo não posso, pois a cada vez que olhava pela janelinha, estávamos sempre dentro de uma densa nuvem branca e uma leve turbulência me atormentou as idéias. Então, para desanuviar meus pensamentos e despistar o tempo e o medo, o marido sugeriu-me que ajudasse a ele nas palavras cruzadas da revistinha que a TAM oferece. Fizemos tudo, mesmo que de vez em quando alguns brancos me davam e eu não conseguia saber o que perguntava o jogo ou botar atenção na página.
Chegamos em Curitiba, ufa!!! Não demorou e já estávamos assentados em outra aeronave igualzinha aquela e que fazia a conexão Curitiba-Londrina.
Lá fora a chuva continuava e o céu púmbleo não era nada auspicioso. Adoro esta nova palavra "auspicioso" que a novela da Índia fala todo minuto! Bem, pra encurtar a estória, ficamos nesta aeronave, parados, sentados de 16 às 19 horas aguardando a liberação da pista de Londrina. O avião simplesmente não saiu de Curitiba devido à neblina e pouca visibilidade da pista de Londrina. O comandante do vôo falou aos passageiros mais de 6 vezes pelo microfone, sempre informando passo a passo das condicões meteorológicas e eu, adivinhem, angustiada e fazendo baixinho uma oração para que o avião não decolasse mesmo, já não confiava em sair de Curitiba com aquele tempo ruim e ainda por cima correr o risco de chegar em Londrina e não poder pousar.
Cruz credo! E foi assim que depois de quase três horas, sentados naquele charuto voador, o comandante anunciou o que eu tanto torcia para acontecer. Vôo cancelado e com opção de viagem para Londrina em ônibus por 6 horas, não nos interessou, claro, ou um vôo amanhã às 10:30hs da manhã, com estada em hotel pago pela TAM. Então, o marido foi para a enorme fila que se formou de passageiros para fazerem esta mudança e não adiantou muito ter o tal cartão Fidelidade, pois com a demanda de pessoas no Aeroporto hoje, sonhando com o feriado pela frente, a única coisa que se tem que ter é pa-ci-ên-ci-a, mesmo depois de um dia inteiro perdido entre vôos e não vôos.
Como é época de Festas Juninas no Brasil, a TAM contratou um trio caipira com bumbo, triângulo e sanfona nordestina para tocar naquele hall, cheio de gente, tentando distrair os passageiros, mas as atendentes da TAM, coitadas, não aguentavam mais ouvir aquelas mesmas musiquinhas que já duravam todo o dia de hoje no aeroporto confuso e lotado.
Mas, até que não foi tão mal, ficamos num hotel tipo apart, confortável, bacaninha, padrão curitibano e vamos passar a noite aqui vendo o jogo do Brasil. Ficamos com peninha do Daniel e Maíra que nos esperavam ansiosos com uma surpresinha para o jantar.
Volto a dizer que voar, definitivamente, não é a minha praia e depois que li que o grande Oscar Niemeyer nunca voou e não entra em avião nem amarrado, cheguei à conclusão de que é por isso que ele conseguiu chegar aos 102 anos assim, tão bem, feliz, tranquilex, lúcido e casado de novo.
Amanhã a saga continua e mais uma vez, estarei lá na cadeirinha do charuto voador esperando chegar ao nosso destino, mas já decidi que chego por ar ou por terra de qualquer jeito.
Inté, pessoal
17 comentários:
Nossa, quanta confusão! Que tempão dentro do avião e nada do "bicho" levantar voo!!! Eu é que ia sair correndo, isso sim! Digo, voando! Hehehe! Mas fica bem Beth, bons sonhos... e Bom feriado! Beijs
Senti direitinho esse momento, Beth, Também já passei por uma, indo de BH para SP, rumo a Londrina.
Outro que vara o Brasil do Oiapoque ao Chuí, como ele mesmo diz, e de ônibus, pois em avião nunca entrou, é o sanfoneiro Dominguinhos. Eta gente de opinião! Acho que vou aderir!
Quanta confusão mesmo.
Boa viajem amanhã!
Recebeste meu e-mail?
Beijo geladooo! ( frioinho por aqui, né?)
Beth, três horas dentro de um avião esperando, eu fico doida. Mas ainda bem que não decolaram, respeitaram o mau tempo e conduziram vocês pra um lugar confortável.
Boa viagem hoje.
Beijo
OI Beth tudo bem ?
Depois do Air France, dá um friozinho mesmo na barriga quando a gente entra dentro de um avião. Mas aproveita o feriado e vamos todos os dias pedir proteção a DEus e que ele nos conforte em pensamentos também ..
BJusss
3 horas esperando é muito Beth...acha nervos e paciencia.
Adorei o termo "charuto voadro"...rs
Bjs
Beth,
Que maratona!
Para quem não está muito afim de avião, foi um dia complicado.
Gostei da sua elegância no aeroporto. Arrasou ...
Espero que hoje tudo corra muito bem.
Beijos.
Ai Web-mae, tive que rir, pois vc ja tem medo de voar, e ainda passa por uma situacao dessas... Assim nao ajuda vc a acostumar, ne? Rsrs
Bjinhos
Nossa que aventura, Beth!
Que bom que vcs já estao em terra firme.
Um beijao
Compartilho com você esse desagrado em viajar de avião. Não me sinto nenhum pouco confortável.
Vou ser sincera, depois dos últimos acidentes aéreos, estou começando a ficar com medo de aviao, aliás depois que vim morar aqui nos esteites e passei a viajar com o filho, é que o medo começou a aparecer.
Antes eu só viajava sozinha então não tinha traumas, mas agora, ai jisuis.
Have a nice trip.
bjks
nossa isso tá paracendo até um filme de busca do tesouro... hehehehe... tipo indiana jones ou coisa do tipo!!!
agora, essa da TAM hein? musiquinha caipira dentro do aeroporto?? êta lê lê!!!!
aguardemos, cena do próximo capitulo!!
As suas reportagens são uma maravilha.
Fico à espera de mais.
Continuação de bons dias.
Isso da turbulência ultrapassa-se bem.
Um abraço.
Beth que bom que depois destes contratempos vocês chegaram bem!!!É provável que se fosse em outros tempos eles decolariam com o tempo ruim mesmo, mas valeu esperar por três horas e desistir, enfrentar a cara feia da natureza não é bom negócio. Fiquei surpresa de saber que o Oscar N. (arquiteto) conhecido internacionalmente nunca viajou de avião, como conseguiu?? Nem acredito. Bons passeios por aí!!!
Ai que medo... minha filha pegará avião amanhã. :-(
Beijão
Nossa Beth, que bom que não foram e puderam descansar. Eu sou super destemida pra voar e tal, mas se o tempo fica ruim minha coragem desaparece!
Beijosss
Desculpa, Beth, mas este post me fez rir.
Não da "saga", mas da idéia da TAM de contratar um trio caipira para "distrair".
Fala sério!
Eu ia ficar doidinha!
Ou saia dançando ali mesmo ;>)
bjnhs
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