.....................................................................................................................................................................Porque não só vives no mundo, mas o mundo vive em ti. .....................................................................................................

quarta-feira, 26 de outubro de 2011

Onde fomos felizes um dia

“Nada é mais inabitável do que o lugar onde se foi feliz”
(Cesar Pavese-escritor italiano)

(foto-Toshihiro Oshima)

Noutro dia li no jornal O Globo, uma crônica que me reavivou a memória a respeito dos lugares que fomos felizes um dia, onde nossos afetos e lembranças ficaram gravados na memória, mas que pelas circunstâncias da vida, fomos nos distanciando e muitas vezes, como eu, abandonando completamente.
Desde a última vez que visitei as redondezas do Colégio Público que estudei todo o meu primário e ginásio e vi os muros escuros, sem pintura e grades horrorosas que descaracterizavam a bonita arquitetura do prédio, fazendo-o parecer uma prisão e não uma escola, resolvi não mais voltar por ali, naquele subúrbio da zona norte do Rio, onde cresci e fui criada toda a minha infância e adolescência.  A grande igreja católica ainda está lá em frente ao colégio. 


As lembranças que daquele lugar eu guardava de um jeito meio romantizado, foram se desmanchando e eu não tenho a mínima vontade de reavivar para não machucar meu coração, pois a escola representou os dias mais lindos, intensos em descobertas, e mais charmosos dos anos 60, quando minha professora, dona Maria Luiza, chegava em seu lindo carro bicolor-rabo-de-peixe, um Cinca Chambord, dirigido pelo marido e que a deixava na porta do colégio, onde ela descia elegantemente vestida de tailleur e sapatos altos com ar de dama fina que era, nossa professora, mestra. Os alunos a adoravam e era chamada de Professora Maria Luiza com todo o respeito.


O colégio era enorme, com pátio interno e externo, onde grandes árvores como um Tamarineiro, que dava sombra e reunia os alunos com suas merendas na hora do lanche ou que ao seu redor a gente brincava de correr pique esconde ou pique pega. Dois andares acima tinha um auditório novinho com cortina de veludo vermelho e que se abria vez ou outra para apresentações ou para algum trabalho que o MEC desenvolvia com seus professores e alunos. Um desses trabalhos, lembro-me bem, pois saí de lá enrubescida e escondendo o pacotinho, foi a apresentação naqueles idos dos anos 60, do absorvente higiênico que estava sendo lançado no Brasil e a marca era a que ficou famosa e que fez muitas pessoas só chamarem o mesmo de Modess. Além disso, professores fizeram uma explanação de como usá-lo e uma breve aula de educação sexual para as meninas. Os meninos não foram a esta apresentação e ficaram curiosos para saber o que estava rolando no auditório e quando a turminha de meninas chegou na sala de aula, eles, dando uma de espertinhos, gritavam em coro: ganhou Modess, ganhou Modess!
Ah, a gente era boba mesmo e morria de vergonha, escondendo o embrulhinho rosa! 


Ali, perto do colégio, era o bairro onde morava e que fui feliz, brincando com meus irmãos e amiguinhas na vila de casas, muito comum na época nos bairros do Rio, onde podíamos ficar tranquilos até de noite e as brincadeiras eram as mais variadas, como "pera, uva ou maçã" e que eu torcia para dar um beijo no menino mais bonito da vizinhança, até a hora de minha mãe dizer que estava na hora de dormir e a gente entrar meio resmungando, mas no outro dia, tudo se repetia, e as horas duravam uma eternidade.

Tudo bem, você pode me dizer que é besteira, que ao voltar a esses lugares a gente tem que ter um novo olhar sobre as coisas! Mas eu não, eu prefiro guardar essas belezas nostálgicas da minha vida do que enfrentar a dura realidade que é hoje reinante nestes lugares dos subúrbios desta cidade complexa. Ou, quem sabe, não seria uma covardia minha em ver o atual e descobrir quebradas minhas doces lembranças!?
Imaginem se eu der de cara com aquele garoto bonitinho, o Renato, que eu torcia para ganhar um beijo no jogo, e minhas lembranças quebrarem-se como um cristal partido e eu viver frustrada pro resto da vida porque não tenho mais as emoções intensas daquele passado, contemplado com cheiro e gosto dos tamarindos!


(Igreja Coração de Maria-Méier)

(Bairro do Méier e adjacências-RJ)









Post re-editado - escrito em 19 de maio 2009













39 comentários:

Isabella disse...

Nossa, Beth, como concordo com vc! Certos locais, pessoas, aromas são pra ficarem na memória.

Quando o Orkut surgiu e me mandavam convites pra entrar, eu sempre recusava. Não queria ficar vivendo um passado com pessoas que não me diziam anada. Porque assim como a sboas lembranças, as más lembranças tb devem ficar lá no fundo do baú!

bjs meus e do Filhote pra vc : )

Unknown disse...

Eu tb me sinto exatamente do mesmo jeito quando passo pelo condomínio que morei quando tinha meus 11, 12 anos de idade. Virou favela! A sorte é que não tenho motivos para passar por lá, pois não é caminho para nenhum lugar que eu, por ventura, vá sempre.

As coisas mudam mesmo... mas dá tristeza constatar que algumas mudam para pior.

Adorei os detalhes que você colocou no post. Consegui visualizar tudinho!

beijos

Ana disse...

Me emocionei...
Nem sei como falar, o que dizer.

Deixei um link, no Roccana, para este post!

Doces lembranças, Beth!

Obrigada!

Luciana disse...

Beth, recordar é viver, já diziam.
Eu também gostaria de um dia voltar e rever o lugar onde cresci, visitar a escola onde estudei quando crianca, que acredito conserva ainda a mesma estrutura, só aderindo um pouco às modernidades, mas como era um colégio católico, eles preservam o máximo que podem. Mas acho que vou ficar só no querer, porque a distância é grande.
Entendo seus sentimentos e a melancolia do post.
Beijo

Meire disse...

Beth!
Este post me fez voltar ao passado.
Eu atraves da Net consegui reunir alguns ex alunos do ginasio, e estamos programando uma visita ao Colegio qdo eu for ao Brasil em julho.
Uma pessoa me alertou para me preparar para sofrer ao ver os muros e as grades tal como vc citou no post.
Tb tive a aula de educaçao sexual e ganhei o Modess.

Bjs

Ciça Donner disse...

Nao é maravilhoso ter coisas boas a recordar? Cheiro, cor... tudo que for capaz de nos fazer viajar ao tempo delicioso que vivemos!

Celia Rodrigues disse...

Bonitas as suas lembranças, Beth! Dá até pra visualizar as imagens através da sua descrição. Há momentos na nossa vida que ficam para sempre e é tão bom relembrar, né...
Abraço!

Anônimo disse...

Web-Mana,

Que saudades de escrever aqui no seu cantinho!!!!

Amei esse post, ele faz a gente viajar pelas asventuras dessa vida maravilhosa.

Vou te mandar um e-mail hj contando as novidades do seu web-neto!!!!

Beijos nossos

Fiquem com Deus

Barbrinha & Bebejinho

anlene gomes disse...

que bonito beth! há certos lugares que realmente estão maelhor guardados na memória! beijos

♕Miss Cíntia Arruda Leite ღ disse...

"O que a memória amou, fica eterno"

beijos

Lúcia Soares disse...

Como concordo com você! Embora nem sempre se consiga, o certo seria guardar na memória apenas as boas lembranças. As ruins deveriam ser apagadas. Assim também penso sobre pessoas, ídolos. Não gostaria de conhecer nenhum de perto. A gente valoriza o mito e depois se decepciona ao ver "ao vivo".
Minha tristeza ao ver meu colégio tão amado agora "jogadao às traças" me fere profundamente.

Heloísa Sérvulo da Cunha disse...

Beth,
Você colocou muito bem os fatos. Há lembranças que devem ficar só na "lembrança", como as da sua antiga escola que, por falta de cuidados, degradou-se.
Mas há outras que merecem ser revividas, porque além da saudade, nos trazem coisas boas.
Beijos

Anônimo disse...

Que lindo o jeito que vc descreveu suas memórias! E concordo com vc parciapalmente... algumas memórias é melhor ficar mesmo no passado, quando a emoção era bem intensa! Mas tb morro de curiosidade de saber como está um monte de gente que eu convivia e agora perdi o contato.. saber se aquele garoto lindo ainda está lindo...

Ah... eu amava Dawson's creek, comprei todas as temporadas em dvd quando estive nos EUA!

bjs

ML disse...

Quantas memórias boas!
Comecei a lembrar da minha infância e tb fiquei com saudades!

bjnhs

Anônimo disse...

sei exatamente o que vc estah falando...
ainda mais agora, morando longe de casa... as vezes ateh choro pensando nos lugares e na felicidades de estar nas ferias nos lugares diferentes que iamos sempre, toda a familia reunida...
ai como eu era feliz e nao sabia...
beijos!!

PS: vou falar pra minha madrinha comecar a vir te visitar... acho que vcs duas tem o mesmo jeito de pensar e falar... adoro!!!

20epcosanos disse...

Oiii,

Sou nova no mundo dos blogs, mas adorei essa sessão nostalgia!! hehehe

Beiijo

aminhapele disse...

Tenho a sorte de viver numa cidade pequena.Tem menos de 90.000 habitantes.Todos os dias passo pelos lugares que,em criança,frequentei.
A maioria,está ao abandono e em degradação profunda.
Outros,têm hoje outras actividades.
Quando tenho memórias semelhantes noto uma grande diferença:quando era criança brincava na rua,com toda a segurança!
As coisas mudaram,em nome do desenvolvimento...
No Pedecabra,deixei uma postagem sobre o que se passa em Rio Pardo,Rondónia.
Qual será a memória das crianças de Flona de Bom Futuro?!

Lucia disse...

Eu ja penso o contrario. Eu tb amei aquela minha epoca de colegio, foi a melhor epoca da minha vida e onde conheci praticamente todos os amigos que tenho hoje em dia.

Fiquei com o coracao partido de nao ter tido a oportunidade de visitar meu colegio nessa minha ultima visita ao Brasil, e ate mesmo de ter visto um predio no lugar onde ficava minha antiga casa, onde passei momentos maravilhosos de infancia e adolescencia. Mas nao consigo que isso tudo fique so na memoria. Precisava pelo menos passar em frente, sugar a energia do lugar, rever tudo mundo daquela epoca. E fiquei feliz e muito renovada por ter feito isso, principalmente por ter visto e passado um tempinho legal com meus amigos de coracao.
Nao importa quanto tempo passa, ou se o tempo faz com que as coisas materiais como predios e casas se acabem, as memorias nunca mais morrem, mesmo nao as vendo mais ali. Eh algo que realmente preciso manter , sabe? Bjos

DOIDINHA DA SILVA disse...

Menina, que lindo seu Blog !
Vim aqui através do Blog da Heloísa...Quero voltar mais vezes...
Que texto, me deu vontade de chorar...

Beth/Lilás disse...

Isabella,
Você sabia que eu consegui contatar algumas pessoas do tempo de escola pelo Orkut, mas aquilo não vingou, pois a gente não sabe o que falar depois de tanto tempo, tantas coisas vividas e interesses e vidas tão diferentes. Bem lembrado isso do Orkut.
Deixa no báu mesmo! hehe
bjs
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Milinha,

É que você, como eu, sabe bem o que se transformaram os bairros do nosso Rio e Grande Rio, portanto o sentimento é o mesmo.
beijos
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Ana,

Somos da mesma geração, por isso a gent se emociona quando uma lembra algo que a gente também viveu, né mesmo!
beijos e obrigada!
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Luciana,

Menia, vc está tão longe disso aqui e acho que quando vier não vai querer ficar procurando essas coisas, quererá ver a modernidade e o que se fez de melhor.
beijos

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Meire,

Você também é da minha época, sabe bem o quanto nós eramos bobas e ingênuas e como um pacote rosa daquele Modess nos deixava sem graça.
Espero que o encontro com estes amigos seja gostoso e que a escola não lhe traga decepões.
beijos
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Ciça,
E você, quando virá para sentir o cheirinho do Açaí, da castanha de cajú e balançar nas rees do Norte. Quando? Tô te esperando, mas venha de pink! haha
beijos
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Célia,

Muito obrigada pela visita e pelo comentário!
Volte sempre e um beijo carioca prá você.
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Barbrinhaaaaaaaaa,

Web-filha2, que saudades!
Você sabe bem do que falo, pois quando estava lá no Egitão sabia recordar direitinho a sua Sampa querida.
beijos

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Beth/Lilás disse...

Alene,

Obrigada pela visita, quanta honra, pois você também escreve tão bem e me deixou feliz você por aqui.
beijos e volte sempre

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Barbie,

Vocêzinha com esta frase disse tudo. Amei!
beijinhos

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Lucia S.

Você é mais outra da minha geração e sabe bem do que me refiro ao ver nossos 'amores' assim tão abandonados, por isso é melhor mesmo não ver de perto.

beijocas

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Heloísa,

Claro, você tem razão, mas só quando se trata de coisas boas ou rever lugares que a gente sabe que não degradou, pois ver os bairros que no meu Rio eram considerados maravilhosos, famíliares, ajardinados e hoje está no abandono, dói, dói muito!
beijocas

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Bia,

Mas você ainda é muito jovenzinha, o tempo ainda não se passou tanto, portanto vale a pena rever certos lugares da sua infância.
Viciadinha também no Dawnson's creek, né!

beijocas

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ML,

Você, então, não fica com saudades dos lugares que estudou ou morou lá em Petrópolis?! Aquilo lá, também está ficando meio desfigurado com tanta gente estranha que foi prá lá nestes últimos anos, não acha?
beijinhos

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Renatinha,

Não fala assim que eu fico com muita tristeza de não ter podido te ver aí nos States agora. Doeu meu coração, sabia?
Te adoro, menina!

beijinhos
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20pcsanos,

Que legal você ter gostado da sessão nostalgia, volte sempre, obrigada!
bjs

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Rui,

Amigo, e você ainda tem o privilégio de ver sempre de perto os lugares em que conviveu quando jovem, de saber dos amigos ou juntar-se com eles. Já vi muito bem aquela Confraria de comes e bebes lá no seu blog e imagino que sejam amigos de longa data, né mesmo?!

abraço

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Lucinha,
Querida, você foi uma das que me tirou o sono quando disse que viria visitar e queria ver tudo o que sentia falta do seu passdo.
Pergunte pra Zezé em como liguei pra ela preocupada em você se decepcionar com os lugares, com a cidade e com os amigos?
Depois falei com a Amara também sobre isso, mas ela achava que não, que você estava sempre em contato co elas e sabia, mesmo ao longe como eram as coisas hoje em dia aqui no Brasil.
Mas, uma noite tive até pesadelo pensando que poderia acontecer algum tiroteio e você estivesse no meio aqui na cidade. Eu tive medo que você se decepcionasse, mas pelo visto, mesmo vendo as encrencas que o país vive, você foi muito mimada e badalada. Senti que você se realizou totalmente no contato com os amigos, a cidade e a escola.
Tamos esperando-a para a segunda prte, junto com o Al, claro!

beijinhos
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Mônica Loureiro,

Que bom que você gostou do meu pedaço! Volte sempre e, creia, não era minha intenção que você chorasse. Chora não!

beijinhos

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Sonho Meu disse...

Nasci e me criei em Recife. Meses atras voltei as minahs origens, visitando a casa velha onde morei, o colegio centenario onde estudei. Tudo estar muito diferente, inclusive a casa que foi derrubada internamente e so restou a fachada(é patrimonio historico). O colegio passou por uma fase ruim, mas tao tentando ressulcita-lo...mas mesmo assim me emocionei e deixei as lembranças fluirem na minha cabeça. Foi bom !

Fernanda disse...

Recordar eh viver neh? E as vezes entao eh melhor manter apenas na memoria do que tentar voltar a "ver" uma passado que ja nao existe! Adorei o texto, otima reflexao!
Beijos!

Sonia H. disse...

Concordo plenamente, Beth. Que lindo texto! Ao mesmo tempo que é nostálgico, é poético e a nostalgia passou para mim. Vivemos situações semelhantes em nossa infância. Estudei em escola pública com ensino de qualidade excelente. No tempo em que o colégio público era respeitadíssimo. Ah, velhos tempos. Eu quero sim guardar estes belos tempos na memória. Porém, sinto-me triste quando vejo que muita coisa mudou para pior. Mas confesso que gostaria muito de saber notícias de amigos de infância que sumiram pela vida. Sei que muitos deverão estar diferentes demais, mas eu certamente também mudei. Todos mudamos. Uma amiga que estudou comigo no primário me encontrou no orkut ou eu a encontrei e foi algo muito legal que aconteceu. Vê-la adulta, seu esposo e três filhos.
Beijos,

Beth/Lilás disse...

Sonia,
Só faltava você aparecer aqui com suas lembranças que eu sabia seriam parecidas com as minhas, afinal somos cariocas e daqueles tempos bons.
Dá uma saudade, né!
beijos
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Andreia disse...

Olá! Tudo bem? Vim retribuir a visita :)
Eu sou do Méier e adorei ver essa foto do meu bairro. Muitas saudades de lá!
Bjs!

http://graceolsson.com/blog disse...

Beth, a unica saudade que me move é do BRASIL.
Por que da África, breve vai diminuir, pois estou de aprtida p<ra lá.

O que elas estao lendo!? disse...

Bethinha, saudades nao tem idade e li com saudades este teu texto, lembrando do meu, cidade vizinha a tua, Cascadura, foi onde eu estudei e com certezanada por lá tem o cheiro de antigamente. Uma pena que perdemos esses sentimentos. O bom é que na nossa memória tudo fica como foi.

Passei para te avisar que vc está no ar.

Bjao Georgia

Rebeca Clemente disse...

Oiee Beth seu Blog é muito lindo ,eu amei as imagens,muito lindas,o cabeçalho do seu blog é muito lindo tambem,essa postagem eu tambem li,Olha convido vc para vim visitar meu Bloguinho e conferir a historia do sapo e a flor,ja estou siguindo,mil beijos
Rebequinha

Lúcia Soares disse...

Beth, lembro-me bem desse post, quando comecei a ler pensei: "Ué! Tô doida! Já li isso pro aqui!" mas ainda assim fiquei na dúvida. Quando li as respostas que vc conservou, acertei, então.
Continuo achando que só deveríamos nos lembrar de coisas boas...Ou que o tempo não degradasse tantos prédios, casas, ruas, bairros e pudéssemos curtir tudo, cada vez que passássemos por ali.
O meu grupo escolar fica na avenida que vai dar no Palácio da Liberdade (por coincidência, hj passe por ela, depois de alguns meses) e ainda comentei com marido como a avenida é bem conservada, mas é claro, vai dar exatamente em frente à praça onde fica a sede do governo (ficava, agora ela está em outra área de BH).
Minha escola é linda, enorme, sempre bem pintada, só me dá prazer vê-la.
Agora chama-se "Escola Estadual", ma antes era "Grupo Escolar" e tenho muito prazer em ver meu Grupo Escolar Affonso Pena, que foi um governador de Minas entre 1892 e 1894 e vice-presidente em 1903, no governo de Rodrigues Alves. (rsrs Desculpa, mas não resisti e fui ao Google...Nem eu me lembrava quem era o homenageado. rsrs)
Beijo! Adorei ler o post de novo.

pensandoemfamilia disse...

Oi Beth
Eu também vivi no Rio e tenho essas boas lembranças, mas já retornei a alguns lugares e não me senti nostálgica. Não tem jeito mesmo, como no diz a música, como uma onda no mar, nada será igual. O bom é que vivemos e temos nossa memória.
bjs,

Liz - Como as Cerejas da Minha Janela... disse...

Ah, Beteh, que tema mais gostoso...!

Fuçar nosso baú de memórias...delícia...e pra mim, nostálgico demais...

Falaria de lugares de Campo Grande -MS, onde nasci, cresci e vivi um pedaço da adolescência...me lembro muito de família grande, enorme, na fazenda da minha tia, todo fim de semana...rios e cachoeiras com meu pai querido, que adorava nadar no rio...serenatas que eu participava com meu tio que é músico...acordar com o galo cantando na casa da minha vózinha querida e amada, levantar e ir ao galinheiro ver os lindos pintinhos correndo pra lá e pra cá...pés de jabuticaba e manga, que eu subia para catar as frutas fresquinhas e comer ali mesmo, em cima das árvores...ai, tantas lembranças maravilhosas...me emocionam...

Daria um post...
Beijos, querida...mais um post amado...
Liz

Liz - Como as Cerejas da Minha Janela... disse...

Betita, sabia que o seu blog não está atualizando no link do sidebar, o blogroll? é que dou umas passadas e vejo que tem post novo mas já faz uns 3 posts que voce tem que não atualizou no meu blog. Vê isso, tá?
bjcas

UBIRAJARA COSTA JR disse...

Concordo com você, Beth. São lembranças que nos acalantam, lembranças que devemos cultivar com carinho...

Beijos

Elisa T. Campos disse...

Beth

Que linda saudade.
Agora lá está irreconhecível.
Mas a lembrança do que era, as emoções que viveu é o que importa.

Todos nós temos lembranças
da infáncia. As boas deixaram marcas
Que fizeram de nós o que somos hoje.

Beijos

Paloma disse...

BETH, acho que tive mais sorte,pois minha escola primária foi transformada em Centro Cultural,após ser reformada. Ela fica no centro do Rio, na Rua Camerino.

Abraços

Valéria disse...

Oi Beth!
Quando recebi sua atualização do blog foi que percebi que passei batido em dois posts, não recebi estas atualizações, estranho!
Mas, adorei seu post, este sentimento, esta nostalgia me enchem o coração vez em quando. As minhas momórias estão tão vívidas que sinto o cheiro da minha bolsa escolar, do chiclete que eu adorava na época e das árvores do colégio. Bom guaradar estas lembranças, não quebrá-las, deixá-las assim, pé a nossa história. Quanto ao bonitão, noooossa, o meu vi um dia desses depois quase 40 anos e saiba, quebrou o encanto, virou um sapo.rsssssss
Beijinhos e um suuuuper fds!

Dani dutch disse...

O lugar que eu fui mais feliz na minhda vida, que tenho a sensaçao de ter me encontrado realmente, foi aqui na Holanda.
Seria muito melhor se estivesse minha familia perto, mas aqui é meu cantinho. bjuss

Inaie disse...

Eu revisitei casas onde morei quando crianca e elas estavam completamente diferentes. Algumas diferencas eram reais - as casas tinham sido reformadas ( depois de 20 anos...) mas outras eram puramente imaginarias.

As casas mudavamd e tamanho, de localizacao, as arvores eram diferentes.

Corri apagar as memorias recem criadas e mantive as que eu guardava com carinho no coracao.

Quem precisa ed realidade na vida?

Eu nao!