Por mim, e por vós, e por mais aquilo que está onde as outras coisas nunca estão, deixo o mar bravo e o céu tranqüilo: quero solidão.
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Meu caminho é sem marcos nem paisagens.
E como o conheces? - me perguntarão.
- Por não ter palavras, por não ter imagens.
Nenhum inimigo e nenhum irmão.
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Que procuras? Tudo. Que desejas? - Nada.
Viajo sozinha com o meu coração.
Não ando perdida, mas desencontrada.
Levo o meu rumo na minha mão.
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A memória voou da minha fronte.
Voou meu amor, minha imaginação...
Talvez eu morra antes do horizonte.
Memória, amor e o resto onde estarão?
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Deixo aqui meu corpo, entre o sol e a terra.
(Beijo-te, corpo meu, todo desilusão!
Estandarte triste de uma estranha guerra...)
Quero solidão.
Cecília Meireles
3 comentários:
Lindo demais Beth!
Uau, Beth, que poema mais maravilhoso - li rápido para achar logo o autor: Cecília Meireles.
Estou encantada com a frase "não ando perdida, mas desencontrada".
Me "achei".
Muito obrigada por este prazer inenarrável chamado cultura.
bjnhs e bom final de semana para você e família.
Lindo, Lndo, Lindo!!!!
Beijos e fiquem com Deus
Barbrinha
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