Passava, lotado de malas, um homem corpulento que lembrava algum trabalhador do leste euro
O cidadão retornou e, vermelho, bufando de raiva encaminhou-se na direção de sua cuspida. Meu marido e o amigo nem ousaram levantar os olhos para ficar observando a ce
Enfim, limpou sua própria sujeira e retornou rapidamente para pegar suas malas e desaparecer envergonhado.
Este, provavelmente, nunca mais repetirá um ato semelhante na vida. Cuspir em um local público e fechado.
Outro fato estranhíssimo também, no Canadá, numa estação de Metrô, em que um homem, aparentemente indiano, passou por meu marido e jogou um resto de cigarro no chão. Como este não é um ato normal, nem mesmo aqui nos metrôs brasileiros (o do Rio é incrivelmente limpo e exemplar), meu marido olhou pro cara achando aquilo errado. Bastou somente este olhar crítico para que o sujeito saísse em debandada, pensando talvez que meu marido era um "tira", alguém da lei naquele país. Foi até engraçada a cena.
Aí eu volto lá em cima na minha pergunta.
Pois neste caso, num país onde as leis são bem aplicadas, indivíduos como este não se criam. Concordam? Ou, terão que a cada dia aprender a viver dentro dos contextos que regem a boa educação e o respeito à convivência mútua.
Daí, hoje após o almoço, fomos tomar um cafezinho naquelas cafete
Quando meu marido aproximou-se da única mesinha disponível, percebeu que só tinha uma cadeira e uma mulher veio em sua direção tentando pegar esta cadeira também. Aí quando ela viu que eu vinha me juntar a ele, desistiu e disse que tudo bem, ela arranjaria outra. Só que o marido dela estava sentado numa e ela teve que se virar numa dessas cadeirinhas de pernas altas. Coitada!
Enquanto isto eu tentei achar uma outra e olhando pro lado vi que tinha um casal utilizando mais duas cadeirinhas inutilmente, pois numa tinha as bolsas deles e a outra seu garotinho de uns 3 aninhos empurrava-a prá lá e prá cá como se fosse um carrinho de brinquedo. Pedi a ela se pode
Aí, percebi que além do menininho ser um azougue, seu pai era um estrangeiro, com sotaque algo assim germânico ou holandês, casado com uma brasileira e que estavam extasiados olhando para as reinações do seu querido rebento.
Nem perceberam, ou se perceberam, não deram a mínima bo
A moça do balcão vendo aquilo, impotente e resignada, pegou uma vassoura e começou a limpar.
Será então que algumas pessoas educadas e longe de seus países, os quais aplicam suas leis de forma implacável, sem desculpas, deixam de ser educados quando longe deles?
8 comentários:
Ja vi mt gente sem educacao por aqui tb. Esse comportamento pode ter vindo da falta de educacao de receberam ou nao dos proprios pais ou da caracteristica da pessoa mesmo.
Bem feito pra esse cara ter sido obrigado a limpar o que fez. Quem dera se fosse assim em tudo quanto e' lugar, pois so assim as pessoas aprendem. Muito feio! bjos
Nem é questão de educação. É questão de classe, de berço, que não tem nada a ver com ter ou não dinheiro e posição social.
Muito interessante a sua colocação, Lilás! Tipo assim: como nem todo mundo tem vergonha na cara, a lei bem aplicada é uma alternativa para se manter a ordem. Beijos pra carioca.
Uma coisa que me tem deixado "espantado",no Rio,uma cidade que tem pouco a ver com a limpeza,é que o Metro é impecável.
Nunca o utilizei em hora de ponta,mas tudo é limpo e agradável e sente-se,até,alguma segurança...
Nas capitais europeias,de limpeza assinalável,o metro é,na generalidade,sujo,vandalizado,com mau aspecto interior e exterior...
Quanto às cenas condenáveis que refere,tenho-as "visto" um pouco por todo o mundo.
Mas,quanto a mim,isso não tem a ver com estrangeiros,cores,raças,etc.
Tem a ver com a educação individual.
Se eu estou habituado a atirar a beata para o chão,aqui em Portugal,dificilmente não farei o mesmo na Suiça ou na Áustria...
Se eu não me levanto,aqui,para dar o lugar a uma senhora,também não o farei em qualquer outro país...
Concorda?
Amigo Rui,
Você tem razão quando disse que ao menos o metrô do Rio é verdadeiramente limpo. E é mesmo como eu afirmei no meu texto.
E, como a Lucia aí em cima disse e você também, não é uma questão de raça, nem cor e sim daquilo que trazemos em nossa bagagem que vem desde o berço, do aprendizado com nossos pais.
Gosto de colocar estas observações que faço por onde ando, por aquilo que está a minha volta e trago para o blog a fim de fazermos essa análise conjunta, pois sei que aqueles que por aqui passam são todos pessoas conscientes e que desejam o melhor para o mundo.
Obrigada a todos pelos comentários que vão adicionando maior entendimento a este e outros fatos.
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Uma coisa é certa: o comportamento que consideramos adequados não são os mesmos que outras culturas consideram: aí entra a tolerância cultural. Na China é comum escarrar na rua e as pessoas fazem isso o tempo todo. Seria isso errado? Caso sim, quem estabeleceu isso? É claro que, como ocidentais e dominadores do mundo, temos a tendência em considerar os nossos hábitos os corretos.
Aqui no metrô de Londres não há lixeiras. Nenhuma. A razão é simples: como qualquer um pode esconder facilmente uma bomba em uma lixeira, retiraram todas como prevenção a ataques terroristas. Esse fato justificaria o ato das pessoas deixarem lixo nos vagões, plataformas (TODO o tipo de lixo!)? Há quem diga que sim, há quem diga que não!
Não estou tentando justificar lixo na rua e falta de educação, mas depois de ver tanta gente fazendo tanta coisa diferente achando que estavam certos, aprendi a tolerar e ignorar, fazendo somente o que EU acho certo. É um desafio e tanto, mas, como diria o Chico, a gente vai levando!
Denise,
Isso mesmo, vi num documentário à época das Olimpíadas que os chineses têm este "estranho" hábito de cuspir no chão.
Mas, o governo de lá, se empenhou até para exterminar este e outros hábitos mal-educados e que hoje, no mundo globalizado, já não cabe mais.
Quanto à sua última reflexão, acho que vou começar a usá-la também, ou seja, tolerar e ignorar. Talvez, seja melhor para o que ando sentindo atualmente, diante de tanta coisa errada que presencio.
Obrigada por seus comentários.
beijos
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Putz! Eu fico injuriada!
Reconheço que a educação vem de berço (até rimou!), mas, quando ela falha, algum mecanismo tem que entrar em cena: os professores, na escola, a polícia, na rua...
Campanhas na TV seriam importantes, mas as novelas deseducam tanto!
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